os.path — Manipulações comuns de nomes de caminhos

Código-fonte: Lib/genericpath.py, Lib/posixpath.py (para POSIX) e Lib/ntpath.py (para Windows).


Este módulo implementa algumas funções úteis em nomes de caminho. Para ler ou escrever arquivos veja open(), e para acessar o sistema de arquivos veja o módulo os. Os parâmetros de caminho podem ser passados como strings, ou bytes, ou qualquer objeto que implemente o protocolo os.PathLike.

Ao contrário de um shell Unix, Python não faz nenhuma expansão automática de caminho. Funções como expanduser() e expandvars() podem ser invocadas explicitamente quando uma aplicação deseja uma expansão de caminho no estilo do shell. (Veja também o módulo glob.)

Ver também

O módulo pathlib oferece objetos de caminho de alto nível.

Nota

Todas essas funções aceitam apenas bytes ou apenas objetos de string como seus parâmetros. O resultado é um objeto do mesmo tipo, se um caminho ou nome de arquivo for retornado.

Nota

Uma vez que diferentes sistemas operacionais têm diferentes convenções de nome de caminho, existem várias versões deste módulo na biblioteca padrão. O módulo os.path é sempre o módulo de caminho adequado para o sistema operacional em que o Python está sendo executado e, portanto, pode ser usado para caminhos locais. No entanto, você também pode importar e usar os módulos individuais se quiser manipular um caminho que esteja sempre em um dos diferentes formatos. Todos eles têm a mesma interface:

  • posixpath para caminhos no estilo UNIX

  • ntpath para caminhos do Windows

Alterado na versão 3.8: exists(), lexists(), isdir(), isfile(), islink() e ismount() agora retornam False em vez de levantar uma exceção para caminhos que contêm caracteres ou bytes não representáveis no nível de sistema de operacional.

os.path.abspath(path)

Retorna uma versão normalizada e absolutizada do nome de caminho path. Na maioria das plataformas, isso é equivalente a chamar a função normpath() da seguinte forma: normpath(join(os.getcwd(), path)).

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.basename(path)

Retorna o nome base do caminho path. Este é o segundo elemento do par retornado pela passagem de path para a função split(). Observe que o resultado desta função é diferente do programa Unix basename; onde basename para '/foo/bar/' retorna 'bar', a função basename() retorna uma string vazia ('').

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.commonpath(paths)

Retorna o subcaminho comum mais longo de cada nome de caminho na sequência paths. Levanta ValueError se path contiverem nomes de caminho absolutos e relativos, os paths estiverem em unidades diferentes ou se paths estiverem vazios. Ao contrário de commonprefix(), retorna um caminho válido.

Novo na versão 3.5.

Alterado na versão 3.6: Aceita uma sequência de objetos caminho ou similar.

os.path.commonprefix(list)

Retorna o prefixo de caminho mais longo (obtido caractere por caractere) que é um prefixo de todos os caminhos em list. Se list estiver vazia, retorna a string vazia ('').

Nota

Esta função pode retornar caminhos inválidos porque funciona um caractere por vez. Para obter um caminho válido, consulte commonpath().

>>> os.path.commonprefix(['/usr/lib', '/usr/local/lib'])
'/usr/l'

>>> os.path.commonpath(['/usr/lib', '/usr/local/lib'])
'/usr'

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.dirname(path)

Retorna o nome do diretório do nome de caminho path. Este é o primeiro elemento do par retornado passando path para a função split().

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.exists(path)

Retorna True se path se referir a um caminho existente ou um descritor de arquivo aberto. Retorna False para links simbólicos quebrados. Em algumas plataformas, esta função pode retornar False se a permissão não for concedida para executar os.stat() no arquivo solicitado, mesmo se o path existir fisicamente.

Alterado na versão 3.3: path agora pode ser um inteiro: True é retornado se for um descritor de arquivo aberto, False caso contrário.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.lexists(path)

Retorna True se path se referir a um caminho existente, incluindo links simbólicos quebrados. Equivalente a exists() em plataformas sem os.lstat().

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.expanduser(path)

No Unix e no Windows, retorna o argumento com um componente inicial de ~ ou ~user substituído pelo diretório inicial daquele usuário user.

No Unix, um ~ no início é substituído pela variável de ambiente HOME se estiver definida; caso contrário, o diretório pessoal do usuário atual é procurado no diretório de senha através do módulo embutido pwd. Um ~user no início é procurado diretamente no diretório de senhas.

No Windows, USERPROFILE será usada se definida; caso contrário, uma combinação de HOMEPATH e HOMEDRIVE será usada. Um ~user inicial é tratado verificando se o último componente do diretório home do usuário atual corresponde a USERNAME, e substituindo-o se for o caso.

Se a expansão falhar ou se o caminho não começar com um til, o caminho será retornado inalterado.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

Alterado na versão 3.8: Não usa mais HOME no Windows.

os.path.expandvars(path)

Retorna o argumento com as variáveis de ambiente expandidas. Substrings da forma $name ou ${name} são substituídas pelo valor da variável de ambiente name. Nomes de variáveis malformados e referências a variáveis não existentes permanecem inalterados.

No Windows, expansões %name% são suportadas juntamente a $name e ${name}.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.getatime(path)

Retorna a hora do último acesso de path. O valor de retorno é um número de ponto flutuante dando o número de segundos desde a Era Unix (veja o módulo time). Levanta OSError se o arquivo não existe ou está inacessível.

os.path.getmtime(path)

Retorna a hora da última modificação de path. O valor de retorno é um número de ponto flutuante dando o número de segundos desde a Era Unix (veja o módulo time). Levanta OSError se o arquivo não existe ou está inacessível.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.getctime(path)

Retorna o ctime do sistema que, em alguns sistemas (como Unix) é a hora da última alteração de metadados, e, em outros (como Windows), é a hora de criação de path. O valor de retorno é um número que fornece o número de segundos desde a Era Unix (veja o módulo time). Levanta OSError se o arquivo não existe ou está inacessível.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.getsize(path)

Retorna o tamanho, em bytes, de path. Levanta OSError se o arquivo não existe ou está inacessível.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.isabs(path)

Retorna True se path for um nome de caminho absoluto. No Unix, isso significa que começa com uma barra, no Windows começa com uma barra (invertida) depois de eliminar uma possível letra de unidade.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.isfile(path)

Retorna True se path for um arquivo regular existente. Isso segue links simbólicos, então islink() e isfile() podem ser verdadeiros para o mesmo caminho.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.isdir(path)

Retorna True se path for um diretório existente. Isso segue links simbólicos, então islink() e isdir() podem ser verdadeiros para o mesmo caminho.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.isjunction(path)

Retorna True se path se referir a uma entrada de diretório existente que é uma junção. Sempre retorna False se junções não forem suportados na plataforma atual.

Novo na versão 3.12.

Retorna True se path se referir a uma entrada de diretório existente que é um link simbólico. Sempre False se links simbólicos não forem suportados pelo tempo de execução Python.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.ismount(path)

Retorna True se o nome de caminho path for um ponto de montagem: um ponto em um sistema de arquivos onde um sistema de arquivos diferente foi montado. No POSIX, a função verifica se o pai de path, path/.., está em um dispositivo diferente de path, ou se path/.. e path apontam para o mesmo nó-i no mesmo dispositivo – isso deve detectar pontos de montagem para todas as variantes Unix e POSIX. Não é capaz de detectar confiavelmente montagens bind no mesmo sistema de arquivos. No Windows, uma raiz de letra de unidade e um UNC de compartilhamento são sempre pontos de montagem e, para qualquer outro caminho, GetVolumePathName é chamado para ver se é diferente do caminho de entrada.

Alterado na versão 3.4: Adicionado suporte para detecção de pontos de montagem não raiz no Windows.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.isdevdrive(path)

Retorna True se o nome do caminho path estiver localizado em um Windows Dev Drive. Um Dev Drive é otimizado para cenários de desenvolvedor e oferece desempenho mais rápido para leitura e gravação de arquivos. É recomendado para uso em código-fonte, diretórios de construção temporários, caches de pacotes e outras operações com uso intensivo de ES.

Pode levantar um erro para um caminho inválido, por exemplo, um sem uma unidade reconhecível, mas retorna False em plataformas que não provêm suporte a Dev Drives. Consulte a documentação do Windows para obter informações sobre como habilitar e criar Dev Drives.

Disponibilidade: Windows.

Novo na versão 3.12.

os.path.join(path, *paths)

Junta um ou mais segmentos do caminho de forma inteligente. O valor de retorno é a concatenação de path e todos os membros de *paths com exatamente um separador de diretório seguindo cada parte não vazia exceto a última. Significa que o resultado só terminará em um separador se a última parte estiver vazia ou terminar em um separador. Se um segmento for um caminho absoluto (que no Windows requer a unidade/drive e uma raiz), todos os segmentos anteriores serão ignorados e a união continuará a partir do segmento do caminho absoluto.

No Windows, a unidade não é redefinida quando um segmento de caminho raiz (por exemplo, r'\foo') é encontrado. Se um segmento contiver uma unidade diferente ou um caminho absoluto, todos os segmentos anteriores serão ignorados e a unidade será redefinida. Observe que, como há um diretório atual para cada unidade, os.path.join("c:", "foo") representa um caminho relativo ao diretório atual na unidade C: (c:foo), e não c:\foo.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar para path e paths.

os.path.normcase(path)

Normaliza o estado de letras maiúsculas/minúsculas de um nome de caminho. No Windows, converte todos os caracteres do nome do caminho em minúsculas e também converte barras normais em barras invertidas. Em outros sistemas operacionais, retorna o caminho inalterado.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.normpath(path)

Normaliza um nome de caminho retirando separadores redundantes e referências de nível superior para que A//B, A/B/, A/./B e A/foo/../B todos se tornem A/B. Essa manipulação de string pode mudar o significado de um caminho que contém links simbólicos. No Windows, ele converte barras normais em barras invertidas. Para normalizar o estado de letras maiúsculas/minúsculas, use normcase().

Nota

Em sistemas POSIX, de acordo com IEEE Std 1003.1 2013 Edition; 4.13 Pathname Resolution, se um nome de caminho começa com exatamente duas barras, o primeiro componente após os caracteres iniciais pode ser interpretado em um forma definida pela implementação, embora mais de dois caracteres iniciais devam ser tratados como um único caractere.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.realpath(path, *, strict=False)

Retorna o caminho canônico do nome do arquivo especificado, eliminando quaisquer links simbólicos encontrados no caminho (se esses forem suportados pelo sistema operacional).

Se um caminho não existe ou um loop de link simbólico é encontrado, e strict é True, OSError é levantada. Se strict for False, o caminho será resolvido tanto quanto possível e qualquer resto é anexado sem verificar se existe.

Nota

Esta função emula o procedimento do sistema operacional para tornar um caminho canônico, que difere ligeiramente entre o Windows e o UNIX no que diz respeito à interação dos links e dos componentes do caminho subsequentes.

As APIs do sistema operacional tornam os caminhos canônicos conforme necessário, portanto, normalmente não é necessário chamar esta função.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

Alterado na versão 3.8: Links simbólicos e junções agora são resolvidos no Windows.

Alterado na versão 3.10: O parâmetro script foi adicionado.

os.path.relpath(path, start=os.curdir)

Retorna um caminho de arquivo relativo a caminho do diretório atual ou de um diretório start opcional. Este é um cálculo de caminho: o sistema de arquivos não é acessado para confirmar a existência ou natureza de path ou start. No Windows, ValueError é levantada quando path e start estão em unidades diferentes.

start tem como padrão os.curdir.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.samefile(path1, path2)

Retorna True se ambos os argumentos de nome de caminho se referem ao mesmo arquivo ou diretório. Isso é determinado pelo número do dispositivo e número do nó-i e levanta uma exceção se uma chamada os.stat() em qualquer um dos caminhos falhar.

Alterado na versão 3.2: Adicionado suporte ao Windows.

Alterado na versão 3.4: O Windows agora usa a mesma implementação que todas as outras plataformas.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.sameopenfile(fp1, fp2)

Retorna True se os descritores de arquivo fp1 e fp2 fazem referência ao mesmo arquivo.

Alterado na versão 3.2: Adicionado suporte ao Windows.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.samestat(stat1, stat2)

Retorna True se as tuplas de estatísticas stat1 e stat2 fazem referência ao mesmo arquivo. Essas estruturas podem ter sido retornadas por os.fstat(), os.lstat() ou os.stat(). Esta função implementa a comparação subjacente usada por samefile() e sameopenfile().

Alterado na versão 3.4: Adicionado suporte ao Windows.

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.split(path)

Divide o caminho path em um par, (cabeça, rabo) onde rabo é o último componente do nome do caminho e cabeça é tudo o que leva a isso. A parte rabo nunca conterá uma barra; se path terminar com uma barra, tail ficará vazio. Se não houver uma barra no path, o head ficará vazio. Se path estiver vazio, cabeça e rabo estarão vazios. As barras finais são retiradas da cabeça, a menos que seja a raiz (uma ou mais barras apenas). Em todos os casos, join(cabeça, rabo) retorna um caminho para o mesmo local que path (mas as strings podem ser diferentes). Veja também as funções dirname() e basename().

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.splitdrive(path)

Divide o nome do caminho path em um par (unidade, rabo) onde unidade é um ponto de montagem ou uma string vazia. Em sistemas que não usam especificações de unidade, unidade sempre será a string vazia. Em todos os casos, unidade + rabo será o mesmo que path.

No Windows, divide um nome de caminho em unidade/ponto de compartilhamento UNC e caminho relativo.

Se o caminho contiver uma letra de unidade, a unidade conterá tudo, incluindo os dois pontos:

>>> splitdrive("c:/dir")
("c:", "/dir")

Se o caminho contiver um caminho UNC, a unidade conterá o nome do host e o compartilhamento:

>>> splitdrive("//host/computer/dir")
("//host/computer", "/dir")

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.splitroot(path)

Divide o nome de caminho path em uma tupla de 3 itens (drive, root, tail) onde drive é um nome de dispositivo ou ponto de montagem, root é uma string de separadores após a unidade e tail é tudo depois da raiz. Qualquer um desses itens pode ser uma string vazia. Em todos os casos, drive + root + tail será igual a path.

Em sistemas POSIX, drive está sempre vazio. A root pode estar vazia (se path for relativo), uma única barra (se path for absoluto) ou duas barras (definidas pela implementação de acordo com IEEE Std 1003.1-2017; 4.13 Pathname Resolution.) Por exemplo:

>>> splitroot('/home/sam')
('', '/', 'home/sam')
>>> splitroot('//home/sam')
('', '//', 'home/sam')
>>> splitroot('///home/sam')
('', '/', '//home/sam')

No Windows, drive pode estar vazio, ser um nome de letra de unidade, um compartilhamento UNC ou um nome de dispositivo. root pode estar vazio, ser uma barra ou uma barra invertida. Por exemplo:

>>> splitroot('C:/Users/Sam')
('C:', '/', 'Users/Sam')
>>> splitroot('//Server/Share/Users/Sam')
('//Server/Share', '/', 'Users/Sam')

Novo na versão 3.12.

os.path.splitext(path)

Divida o nome do caminho path em um par (root, ext) de modo que root + ext == path, e a extensão, ext, esteja vazia ou comece com um ponto e contenha no máximo um período.

Se o caminho não contiver extensão, ext será '':

>>> splitext('bar')
('bar', '')

Se o caminho contiver uma extensão, ext será definido para esta extensão, incluindo o ponto inicial. Observe que os períodos anteriores serão ignorados:

>>> splitext('foo.bar.exe')
('foo.bar', '.exe')
>>> splitext('/foo/bar.exe')
('/foo/bar', '.exe')

Os períodos iniciais do último componente do caminho são considerados parte da raiz:

>>> splitext('.cshrc')
('.cshrc', '')
>>> splitext('/foo/....jpg')
('/foo/....jpg', '')

Alterado na versão 3.6: Aceita um objeto caminho ou similar.

os.path.supports_unicode_filenames

True se strings Unicode arbitrárias podem ser usadas como nomes de arquivo (dentro das limitações impostas pelo sistema de arquivos).