O que há de novo no Python 2.7

Autor:

A.M. Kuchling (amk at amk.ca)

Este artigo explica os novos recursos do Python 2.7. O Python 2.7 foi lançado em 3 de julho de 2010.

A manipulação numérica foi aprimorada de várias maneiras, tanto para números de ponto flutuante quanto para a classe Decimal. Existem algumas adições úteis à biblioteca padrão, como um módulo unittest bastante aprimorado, o módulo argparse para analisar as opções da linha de comando, classes convenientes OrderedDict e Counter no módulo collections e muitas outras melhorias.

O Python 2.7 está planejado para ser o último dos lançamentos 2.x, por isso trabalhamos para torná-lo um bom lançamento a longo prazo. Para ajudar na migração para o Python 3, vários novos recursos da série Python 3.x foram incluídos no 2.7.

Este artigo não tenta fornecer uma especificação completa dos novos recursos, mas fornece uma visão geral conveniente. Para detalhes completos, você deve consultar a documentação do Python 2.7 em https://docs.python.org. Se você deseja entender a lógica do design e implementação, consulte a PEP para obter um novo recurso específico ou o problema em https://bugs.python.org no qual uma alteração foi discutida. Sempre que possível, o “O que há de novo no Python” é vinculado ao item de bug/patch de cada alteração.

O futuro para o Python 2.x

Python 2.7 é o último grande lançamento da série 2.x, já que os mantenedores do Python mudaram o foco de seus esforços de desenvolvimento de novos recursos para a série Python 3.x. Isso significa que, embora o Python 2 continue recebendo correções de bugs e seja atualizado para construir corretamente em novo hardware e versões de sistemas operados com suporte, não haverá novos lançamentos de recursos completos para a linguagem ou biblioteca padrão.

No entanto, embora haja um grande subconjunto comum entre Python 2.7 e Python 3, e muitas das mudanças envolvidas na migração para esse subconjunto comum, ou diretamente para Python 3, podem ser automatizadas com segurança, algumas outras mudanças (principalmente aquelas associadas ao tratamento Unicode) pode exigir uma consideração cuidadosa e, de preferência, conjuntos de testes de regressão automatizados robustos, para migrar com eficácia.

Isso significa que o Python 2.7 permanecerá em vigor por um longo tempo, fornecendo uma plataforma base estável e com suporte para sistemas de produção que ainda não foram portados para Python 3. O ciclo de vida completo esperado da série Python 2.7 é detalhado na PEP 373.

Algumas consequências principais da significância de longo prazo de 2.7 são:

  • Conforme observado acima, a versão 2.7 tem um período de manutenção muito mais longo em comparação com as versões 2.x anteriores. Atualmente, espera-se que o Python 2.7 continue com o suporte da equipe de desenvolvimento central (recebendo atualizações de segurança e outras correções de bugs) até pelo menos 2020 (10 anos após seu lançamento inicial, em comparação com o período de suporte mais típico de 18-24 meses).

  • Conforme a biblioteca padrão do Python 2.7 envelhece, fazer uso efetivo do Python Package Index (diretamente ou por meio de um redistribuidor) torna-se mais importante para os usuários do Python 2. Além de uma grande variedade de pacotes de terceiros para várias tarefas, os pacotes disponíveis incluem backports de novos módulos e recursos da biblioteca padrão do Python 3 que são compatíveis com o Python 2, bem como várias ferramentas e bibliotecas que podem tornar mais fácil migre para Python 3. O Guia de Usuário para Empacotamento de Python fornece orientação sobre como baixar e instalar software do Python Package Index.

  • Embora a abordagem preferida para aprimorar o Python 2 agora seja a publicação de novos pacotes no Python Package Index, essa abordagem não funciona necessariamente em todos os casos, especialmente aqueles relacionados à segurança de rede. Em casos excepcionais que não podem ser tratados adequadamente com a publicação de pacotes novos ou atualizados no PyPI, o processo de Proposta de Melhoria do Python, ou PEP, pode ser usado para justificar a adição de novos recursos diretamente à biblioteca padrão do Python 2. Quaisquer adições, e as versões de manutenção onde foram adicionadas, serão observadas na seção Novos recursos adicionados às versões de manutenção do Python 2.7 abaixo.

Para projetos que desejam migrar de Python 2 para Python 3, ou para desenvolvedores de bibliotecas e frameworks que desejam oferecer suporte a usuários em Python 2 e Python 3, há uma variedade de ferramentas e guias disponíveis para ajudar a decidir sobre uma abordagem adequada e gerenciar alguns dos os detalhes técnicos envolvidos. O ponto de partida recomendado é o guia Como portar códigos do Python 2 para o Python 3.

Mudanças no tratamento de avisos de descontinuação

Para Python 2.7, uma decisão política foi feita para silenciar avisos apenas de interesse para desenvolvedores por padrão. DeprecationWarning e seus descendentes agora são ignorados a menos que solicitado de outra forma, evitando que os usuários vejam avisos acionados por uma aplicação. Essa mudança também foi feita no branch que se tornou o Python 3.2. (Discutido em stdlib-sig e realizado em bpo-7319.)

Em versões anteriores, as mensagens DeprecationWarning eram habilitadas por padrão, fornecendo aos desenvolvedores de Python uma indicação clara de onde seu código pode quebrar em uma versão principal futura do Python.

No entanto, há cada vez mais usuários de aplicações baseadas em Python que não estão diretamente envolvidos no desenvolvimento dessas aplicações. Mensagens de DeprecationWarning são irrelevantes para tais usuários, fazendo-os se preocupar com uma aplicação que está realmente funcionando corretamente e sobrecarregando os desenvolvedores de aplicações com a resposta a essas preocupações.

Você pode reativar a exibição de mensagens DeprecationWarning executando Python com a opção -Wdefault (forma curta: -Wd) ou definindo a variável de ambiente PYTHONWARNINGS para "default" (ou "d") antes de executar o Python. O código Python também pode reativá-los chamando warnings.simplefilter('default').

O módulo unittest também reativa automaticamente os avisos de depreciação ao executar testes.

Recursos do Python 3.1

Assim como o Python 2.6 incorporou recursos do Python 3.0, a versão 2.7 incorpora alguns dos novos recursos do Python 3.1. A série 2.x continua a fornecer ferramentas para migração para a série 3.x.

Uma lista parcial de recursos do 3.1 que foram transferidos para o 2.7:

  • A sintaxe para conjuntos de literais ({1,2,3} é um conjunto mutável).

  • Compreensões de dicionário e conjunto ({i: i*2 for i in range(3)}).

  • Vários gerenciadores de contexto em uma única instrução with.

  • Uma nova versão da biblioteca io, reescrita em C para melhor desempenho.

  • O tipo de dicionário ordenado descrito na PEP 372: Adicionando um dicionário ordenado a coleções.

  • O novo especificador de formato "," descrito na PEP 378: Especificador de formato para separador de milhares.

  • O objeto memoryview.

  • Um pequeno subconjunto do módulo importlib, descrito sob.

  • O repr() de um ponto flutuante x é mais curto em muitos casos: agora é baseado na string decimal mais curta que é garantida para arredondar de volta para x. Como nas versões anteriores do Python, é garantido que float(repr(x)) recupera x.

  • As conversões de ponto flutuante para string e string para ponto flutuante são arredondadas corretamente. A função round() também está agora corretamente arredondada.

  • O tipo PyCapsule, usado para fornecer uma API C para módulos de extensão.

  • A função de API C PyLong_AsLongAndOverflow().

Outros novos avisos do modo Python3 incluem:

  • operator.isCallable() e operator.sequenceIncludes(), que não são suportados no 3.x, agora disparam avisos.

  • A opção -3 agora habilita automaticamente a opção -Qwarn que causa avisos sobre o uso de divisão clássica com inteiros e inteiros longos.

PEP 372: Adicionando um dicionário ordenado a coleções

Dicionários regulares no Python iteram sobre pares de chave/valor em ordem arbitrária. Ao longo dos anos, vários autores escreveram implementações alternativas que lembram a ordem em que as chaves foram inseridas originalmente. Com base nas experiências dessas implementações, 2.7 introduz uma nova classe OrderedDict no módulo collections.

A API OrderedDict fornece a mesma interface que os dicionários regulares, mas itera sobre chaves e valores em uma ordem garantida dependendo de quando uma chave foi inserida pela primeira vez:

>>> from collections import OrderedDict
>>> d = OrderedDict([('first', 1),
...                  ('second', 2),
...                  ('third', 3)])
>>> d.items()
[('first', 1), ('second', 2), ('third', 3)]

Se uma nova entrada substituir uma entrada existente, a posição de inserção original permanece inalterada:

>>> d['second'] = 4
>>> d.items()
[('first', 1), ('second', 4), ('third', 3)]

Excluir uma entrada e reinseri-la irá movê-la para o final:

>>> del d['second']
>>> d['second'] = 5
>>> d.items()
[('first', 1), ('third', 3), ('second', 5)]

O método popitem() tem um argumento opcional last cujo valor padrão é True. Se last for true, a chave adicionada mais recentemente é retornada e removida; se for falso, a chave mais antiga é selecionada:

>>> od = OrderedDict([(x,0) for x in range(20)])
>>> od.popitem()
(19, 0)
>>> od.popitem()
(18, 0)
>>> od.popitem(last=False)
(0, 0)
>>> od.popitem(last=False)
(1, 0)

A comparação de dois dicionários ordenados verifica as chaves e os valores e exige que o pedido de inserção seja o mesmo:

>>> od1 = OrderedDict([('first', 1),
...                    ('second', 2),
...                    ('third', 3)])
>>> od2 = OrderedDict([('third', 3),
...                    ('first', 1),
...                    ('second', 2)])
>>> od1 == od2
False
>>> # Move 'third' key to the end
>>> del od2['third']; od2['third'] = 3
>>> od1 == od2
True

Comparar um OrderedDict com um dicionário regular ignora a ordem de inserção e apenas compara as chaves e valores.

Como funciona a OrderedDict? Ela mantém uma lista duplamente vinculada de chaves, acrescentando novas chaves à lista à medida que são inseridas. Um dicionário secundário mapeia as chaves para seu nó de lista correspondente, portanto, a exclusão não precisa percorrer toda a lista vinculada e, portanto, permanece O(1).

A biblioteca padrão agora oferece suporte ao uso de dicionários ordenados em vários módulos.

  • O módulo ConfigParser os usa por padrão, o que significa que os arquivos de configuração agora podem ser lidos, modificados e então escritos de volta em sua ordem original.

  • O método _asdict() para Collections.namedtuple() agora retorna um dicionário ordenado com os valores aparecendo na mesma ordem que os índices de tupla subjacentes.

  • O construtor de classe JSONDecoder do módulo json foi estendido com um parâmetro object_pairs_hook para permitir que instâncias OrderedDict sejam construídas pelo decodificador. O suporte também foi adicionado para ferramentas de terceiros como PyYAML.

Ver também

PEP 372 - Adicionando um dicionário ordenado às coleções

PEP escrita por Armin Ronacher e Raymond Hettinger; implementada por Raymond Hettinger.

PEP 378: Especificador de formato para separador de milhares

Para tornar a saída do programa mais legível, pode ser útil adicionar separadores a números grandes, renderizando-os como 18,446,744.073,709,551,616 em vez de 18446744073709551616.

A solução totalmente geral para fazer isso é o módulo locale, que pode usar diferentes separadores (“,” na América do Norte, “.” na Europa) e diferentes tamanhos de agrupamento, mas locale é complicado para usar e inadequado para aplicativos multithread onde diferentes threads estão produzindo saída para diferentes localidades.

Portanto, um mecanismo simples de agrupamento de vírgulas foi adicionado à minilinguagem usada pelo método str.format(). Ao formatar um número de ponto flutuante, basta incluir uma vírgula entre a largura e a precisão:

>>> '{:20,.2f}'.format(18446744073709551616.0)
'18,446,744,073,709,551,616.00'

Ao formatar um número inteiro, inclua a vírgula após a largura:

>>> '{:20,d}'.format(18446744073709551616)
'18,446,744,073,709,551,616'

Este mecanismo não é adaptável de forma alguma; vírgulas são sempre usadas como separadores e o agrupamento é sempre em grupos de três dígitos. O mecanismo de formatação de vírgula não é tão geral quanto o módulo locale, mas é mais fácil de usar.

Ver também

PEP 378 - Especificador de formato para separador de milhares

PEP escrita por Raymond Hettinger; implementada por Eric Smith.

PEP 389: O módulo argparse para analisar linhas de comando

O módulo argparse para analisar argumentos de linha de comando foi adicionado como um substituto mais poderoso para o módulo optparse.

Isso significa que Python agora oferece suporte a três módulos diferentes para analisar argumentos de linha de comando: getopt, optparse e argparse. O módulo getopt se assemelha muito à função getopt() da biblioteca C, portanto continua útil se você estiver escrevendo um protótipo Python que eventualmente será reescrito em C. optparse torna-se redundante, mas não há planos para removê-lo porque muitos scripts ainda o utilizam e não há uma maneira automatizada de atualizar esses scripts. (Tornar a API argparse consistente com a interface de optparse foi discutido, mas rejeitado por ser muito confuso e difícil.)

Resumindo, se você está escrevendo um novo script e não precisa se preocupar com a compatibilidade com versões anteriores do Python, use argparse ao invés de optparse.

Aqui está um exemplo:

import argparse

parser = argparse.ArgumentParser(description='Command-line example.')

# Add optional switches
parser.add_argument('-v', action='store_true', dest='is_verbose',
                    help='produce verbose output')
parser.add_argument('-o', action='store', dest='output',
                    metavar='FILE',
                    help='direct output to FILE instead of stdout')
parser.add_argument('-C', action='store', type=int, dest='context',
                    metavar='NUM', default=0,
                    help='display NUM lines of added context')

# Allow any number of additional arguments.
parser.add_argument(nargs='*', action='store', dest='inputs',
                    help='input filenames (default is stdin)')

args = parser.parse_args()
print args.__dict__

A menos que você o substitua, as opções -h e --help são adicionadas automaticamente e produzem uma saída formatada de maneira organizada:

-> ./python.exe argparse-example.py --help
usage: argparse-example.py [-h] [-v] [-o FILE] [-C NUM] [inputs [inputs ...]]

Command-line example.

positional arguments:
  inputs      input filenames (default is stdin)

optional arguments:
  -h, --help  show this help message and exit
  -v          produce verbose output
  -o FILE     direct output to FILE instead of stdout
  -C NUM      display NUM lines of added context

Como em optparse, as opções e argumentos da linha de comando são retornados como um objeto com atributos nomeados pelos parâmetros dest:

-> ./python.exe argparse-example.py -v
{'output': None,
 'is_verbose': True,
 'context': 0,
 'inputs': []}

-> ./python.exe argparse-example.py -v -o /tmp/output -C 4 file1 file2
{'output': '/tmp/output',
 'is_verbose': True,
 'context': 4,
 'inputs': ['file1', 'file2']}

argparse tem uma validação muito mais sofisticada que optparse; você pode especificar um número exato de argumentos como um inteiro, 0 ou mais argumentos passando '*', 1 ou mais passando '+', ou um argumento opcional com '?'. Um analisador de nível superior pode conter sub-analisadores para definir subcomandos que possuem diferentes conjuntos de opções, como em svn commit, svn checkout, etc. Você pode especificar o tipo de um argumento como FileType, que abrirá arquivos automaticamente para você e entende que '-' significa entrada ou saída padrão.

Ver também

Documentação do argparse

A página de documentação do módulo argparse.

Upgrading optparse code

Parte da documentação do Python, descrevendo como converter o código que usa optparse.

PEP 389 - argparse - Novo módulo de análise sintática de linha de comando

PEP escrita e implementada por Steven Bethard.

PEP 391: Configuração baseada em dicionário para logging

O módulo logging é muito flexível; os aplicativos podem definir uma árvore de subsistemas de log e cada logger nessa árvore pode filtrar determinadas mensagens, formatá-las de maneira diferente e direcionar mensagens para um número variável de manipuladores.

Toda essa flexibilidade pode exigir muita configuração. Você pode escrever instruções Python para criar objetos e definir suas propriedades, mas uma configuração complexa requer um código detalhado, mas enfadonho. logging também suporta uma função fileConfig() que analisa um arquivo, mas o formato do arquivo não oferece suporte à configuração de filtros, e é mais confuso gerar programaticamente.

O Python 2.7 adiciona uma função dictConfig() que usa um dicionário para configurar o log. Existem muitas maneiras de produzir um dicionário a partir de diferentes fontes: construir um com código; analisar um arquivo contendo JSON; ou use uma biblioteca de análise de YAML se houver uma instalada. Para mais informações veja Configuration functions.

O exemplo a seguir configura dois loggers, o logger raiz e um logger denominado “network”. As mensagens enviadas para o registrador raiz serão enviadas para o log do sistema usando o protocolo syslog, e as mensagens para o logger “network” serão gravadas em um arquivo network.log que será rotacionado assim que o log atingir 1 MB.

import logging
import logging.config

configdict = {
 'version': 1,    # Configuration schema in use; must be 1 for now
 'formatters': {
     'standard': {
         'format': ('%(asctime)s %(name)-15s '
                    '%(levelname)-8s %(message)s')}},

 'handlers': {'netlog': {'backupCount': 10,
                     'class': 'logging.handlers.RotatingFileHandler',
                     'filename': '/logs/network.log',
                     'formatter': 'standard',
                     'level': 'INFO',
                     'maxBytes': 1000000},
              'syslog': {'class': 'logging.handlers.SysLogHandler',
                         'formatter': 'standard',
                         'level': 'ERROR'}},

 # Specify all the subordinate loggers
 'loggers': {
             'network': {
                         'handlers': ['netlog']
             }
 },
 # Specify properties of the root logger
 'root': {
          'handlers': ['syslog']
 },
}

# Set up configuration
logging.config.dictConfig(configdict)

# As an example, log two error messages
logger = logging.getLogger('/')
logger.error('Database not found')

netlogger = logging.getLogger('network')
netlogger.error('Connection failed')

Três melhorias menores no módulo logging, todas implementadas por Vinay Sajip, são:

  • A classe SysLogHandler agora tem suporte a syslogging sobre TCP. O construtor tem um parâmetro socktype que fornece o tipo de soquete a ser usado, socket.SOCK_DGRAM para UDP ou socket.SOCK_STREAM para TCP. O protocolo padrão permanece UDP.

  • As instâncias Logger ganharam um método getChild() que recupera um logger descendente usando um caminho relativo. Por exemplo, depois de recuperar um logger fazendo log = getLogger('app'), chamar log.getChild('network.listen') é equivalente a getLogger('app.network.listen').

  • A classe LoggerAdapter ganhou um método isEnabledFor() que pega um level e retorna se o logger subjacente processaria uma mensagem desse nível de importância.

Ver também

PEP 391 - Configuração baseada em dicionário para logging

PEP escrita e implementada por Vinay Sajip.

PEP 3106: Views de dicionário

Os métodos de dicionário keys(), values() e items() são diferentes no Python 3.x. Eles retornam um objeto chamado view em vez de uma lista totalmente materializada.

Não é possível alterar os valores de retorno de keys(), values() e items() no Python 2.7 porque muito código seria interrompido. Em vez disso, as versões 3.x foram adicionadas com os novos nomes viewkeys(), viewvalues() e viewitems().

>>> d = dict((i*10, chr(65+i)) for i in range(26))
>>> d
{0: 'A', 130: 'N', 10: 'B', 140: 'O', 20: ..., 250: 'Z'}
>>> d.viewkeys()
dict_keys([0, 130, 10, 140, 20, 150, 30, ..., 250])

As views podem ser iteradas, mas as exibições de chave e item também se comportam como conjuntos. O operador & realiza a interseção, e o | realiza uma união:

>>> d1 = dict((i*10, chr(65+i)) for i in range(26))
>>> d2 = dict((i**.5, i) for i in range(1000))
>>> d1.viewkeys() & d2.viewkeys()
set([0.0, 10.0, 20.0, 30.0])
>>> d1.viewkeys() | range(0, 30)
set([0, 1, 130, 3, 4, 5, 6, ..., 120, 250])

A view acompanha o dicionário e seu conteúdo muda à medida que o dicionário é modificado:

>>> vk = d.viewkeys()
>>> vk
dict_keys([0, 130, 10, ..., 250])
>>> d[260] = '&'
>>> vk
dict_keys([0, 130, 260, 10, ..., 250])

No entanto, observe que você não pode adicionar ou remover chaves enquanto estiver iterando na view:

>>> for k in vk:
...     d[k*2] = k
...
Traceback (most recent call last):
  File "<stdin>", line 1, in <module>
RuntimeError: dictionary changed size during iteration

Você pode usar os métodos de exibição no código Python 2.x, e o conversor 2to3 irá alterá-los para os métodos padrão keys(), values() e items().

Ver também

PEP 3106 - Repaginação de dict.keys(), .values() e .items()

PEP escrita por Guido van Rossum. Backported para 2.7 por Alexandre Vassalotti; bpo-1967.

PEP 3137: O objeto memoryview

O objeto memoryview fornece uma visão do conteúdo da memória de outro objeto que corresponde à interface do tipo bytes.

>>> import string
>>> m = memoryview(string.letters)
>>> m
<memory at 0x37f850>
>>> len(m)           # Returns length of underlying object
52
>>> m[0], m[25], m[26]   # Indexing returns one byte
('a', 'z', 'A')
>>> m2 = m[0:26]         # Slicing returns another memoryview
>>> m2
<memory at 0x37f080>

O conteúdo da viewq pode ser convertido em uma string de bytes ou uma lista de inteiros:

>>> m2.tobytes()
'abcdefghijklmnopqrstuvwxyz'
>>> m2.tolist()
[97, 98, 99, 100, 101, 102, 103, ... 121, 122]
>>>

Objetos memoryview permitem modificar o objeto subjacente se for um objeto mutável.

>>> m2[0] = 75
Traceback (most recent call last):
  File "<stdin>", line 1, in <module>
TypeError: cannot modify read-only memory
>>> b = bytearray(string.letters)  # Creating a mutable object
>>> b
bytearray(b'abcdefghijklmnopqrstuvwxyzABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ')
>>> mb = memoryview(b)
>>> mb[0] = '*'         # Assign to view, changing the bytearray.
>>> b[0:5]              # The bytearray has been changed.
bytearray(b'*bcde')
>>>

Ver também

PEP 3137 - Bytes imutáveis e buffer mutável

PEP escrita por Guido van Rossum. Implementada por Travis Oliphant, Antoine Pitrou e outros. Portado para 2.7 por Antoine Pitrou; bpo-2396.

Outras mudanças na linguagem

Alguma das mudanças menores feitas no núcleo da linguagem Python são:

  • A sintaxe para set literais foi portada do Python 3.x. Os colchetes são usados para cercar o conteúdo do conjunto mutável resultante; os literais definidos são diferenciados dos dicionários por não conterem caracteres de dois pontos e valores. {} continua a representar um dicionário vazio; use set() para um conjunto vazio.

    >>> {1, 2, 3, 4, 5}
    set([1, 2, 3, 4, 5])
    >>> set() # empty set
    set([])
    >>> {}    # empty dict
    {}
    

    Portado por Alexandre Vassalotti; bpo-2335.

  • As compreensões de dicionário e conjunto são outro recurso importado do 3.x, generalizando as compreensões de lista/gerador para usar a sintaxe literal para conjuntos e dicionários.

    >>> {x: x*x for x in range(6)}
    {0: 0, 1: 1, 2: 4, 3: 9, 4: 16, 5: 25}
    >>> {('a'*x) for x in range(6)}
    set(['', 'a', 'aa', 'aaa', 'aaaa', 'aaaaa'])
    

    Portado por Alexandre Vassalotti; bpo-2333.

  • A instrução with agora pode usar vários gerenciadores de contexto em uma instrução. Os gerenciadores de contexto são processados da esquerda para a direita e cada um é tratado como o início de uma nova instrução with. Isso significa que:

    with A() as a, B() as b:
        ... suite of statements ...
    

    é equivalente a:

    with A() as a:
        with B() as b:
            ... suite of statements ...
    

    A função contextlib.nested() fornece uma função muito similar, então não é mais necessária e foi descontinuada.

    (Proposta em https://codereview.appspot.com/53094; implementada por Georg Brandl.)

  • As conversões entre números de ponto flutuante, ou float. e strings agora são arredondadas corretamente na maioria das plataformas. Estas conversões ocorrem em muitos lugares diferentes: str() em floats e números complexos; os construtores float e complex; formatação numérica; serializar e desserializar floats e números complexos usando os módulos marshal, pickle e json; análise de float e literais imaginários no código Python; e a conversão Decimal-para-float.

    Relacionado a isso, o repr() de um número de ponto flutuante x agora retorna um resultado baseado na string decimal mais curta que é garantida para arredondar de volta para x sob o arredondamento correto (com o modo de arredondamento round-half-to-even). Anteriormente, fornecia uma string baseada no arredondamento x para 17 dígitos decimais.

    A biblioteca de arredondamento responsável por essa melhoria funciona no Windows e em plataformas Unix usando os compiladores gcc, icc ou suncc. Pode haver um pequeno número de plataformas onde a operação correta deste código não pode ser garantida, então o código não é usado em tais sistemas. Você pode descobrir qual código está sendo usado verificando sys.float_repr_style, que será short se o novo código estiver em uso e legacy se não estiver.

    Implementada por Eric Smith and Mark Dickinson, usando a biblioteca dtoa.c de David Gay; bpo-7117.

  • As conversões de inteiros longos e inteiros regulares para ponto flutuante agora arredondam de maneira diferente, retornando o número de ponto flutuante mais próximo ao número. Isso não importa para pequenos inteiros que podem ser convertidos exatamente, mas para grandes números que inevitavelmente perderão a precisão, o Python 2.7 agora se aproxima mais. Por exemplo, o Python 2.6 computou o seguinte:

    >>> n = 295147905179352891391
    >>> float(n)
    2.9514790517935283e+20
    >>> n - long(float(n))
    65535L
    

    O resultado de ponto flutuante do Python 2.7 é maior, mas muito mais próximo do valor verdadeiro:

    >>> n = 295147905179352891391
    >>> float(n)
    2.9514790517935289e+20
    >>> n - long(float(n))
    -1L
    

    (Implementada por Mark Dickinson; bpo-3166.)

    A divisão inteira também é mais precisa em seus comportamentos de arredondamento. (Também implementada por Mark Dickinson; bpo-1811.)

  • A coerção implícita para números complexos foi removida; o interpretador nunca mais tentará chamar um método __coerce__() em objetos complexos. (Removido por Meador Inge e Mark Dickinson; bpo-5211.)

  • O método str.format() agora tem suporte à numeração automática dos campos de substituição. Isso torna o uso de str.format() mais parecido com o uso da formatação %s:

    >>> '{}:{}:{}'.format(2009, 04, 'Sunday')
    '2009:4:Sunday'
    >>> '{}:{}:{day}'.format(2009, 4, day='Sunday')
    '2009:4:Sunday'
    

    A numeração automática leva os campos da esquerda para a direita, então o primeiro especificador {...} usará o primeiro argumento para str.format(), o próximo especificador usará o próximo argumento e breve. Você não pode misturar a numeração automática e a numeração explícita – numerar todos os seus campos especificadores ou nenhum deles – mas você pode misturar a numeração automática e os campos nomeados, como no segundo exemplo acima. (Contribuição de Eric Smith; bpo-5237.)

    Números complexos agora suportam corretamente o uso com format(), e o padrão é alinhamento à direita. A especificação de uma precisão ou separação por vírgula aplica-se às partes reais e imaginárias do número, mas uma largura de campo e alinhamento especificados são aplicados a toda a saída 1.5+3j resultante. (Contribuição de Eric Smith; bpo-1588 e bpo-7988.)

    O código de formato ‘F’ agora sempre formata sua saída usando caracteres maiúsculos, então agora produzirá ‘INF’ e ‘NAN’. (Contribuição de Eric Smith; bpo-3382.)

    Uma alteração de baixo nível: o método object.__format__() agora aciona um PendingDeprecationWarning se for passado uma string de formato, porque o método __format__() para object converte o objeto para uma representação de string e formata isso. Anteriormente, o método aplicava silenciosamente a string de formato à representação da string, mas isso poderia ocultar erros no código Python. Se você estiver fornecendo informações de formatação, como alinhamento ou precisão, presumivelmente espera que a formatação seja aplicada de alguma maneira específica do objeto. (Correção de Eric Smith; bpo-7994.)

  • Os tipos int() e long() ganharam um método bit_length que retorna o número de bits necessários para representar seu argumento em binário:

    >>> n = 37
    >>> bin(n)
    '0b100101'
    >>> n.bit_length()
    6
    >>> n = 2**123-1
    >>> n.bit_length()
    123
    >>> (n+1).bit_length()
    124
    

    (Contribuição de Fredrik Johansson e Victor Stinner; bpo-3439.)

  • A instrução import não tentará mais uma importação absoluta se uma importação relativa (por exemplo, from .os import sep) falhar. Isso corrige um bug, mas pode possivelmente quebrar certas instruções import que estavam funcionando apenas por acidente. (Correção de Meador Inge; bpo-7902.)

  • Agora é possível para uma subclasse do tipo embutido unicode substituir o método __unicode__(). (Implementado por Victor Stinner; bpo-1583863.)

  • O método translate() do tipo bytearray agora aceita None como seu primeiro argumento. (Correção de Georg Brandl; bpo-4759.)

  • Ao usar @classmethod e @staticmethod para agrupar métodos como classe ou métodos estáticos, o objeto wrapper agora expõe a função agrupada como seu atributo __func__. (Contribuição de Amaury Forgeot d’Arc, após sugestão de George Sakkis; bpo-5982.)

  • Quando um conjunto restrito de atributos foi definido usando __slots__, excluir um atributo não definido não levantaria AttributeError como seria de esperar. Correção de Benjamin Peterson; bpo-7604.)

  • Duas novas codificações agora são suportadas: “cp720”, usado principalmente para texto em árabe; e “cp858”, uma variante do CP 850 que adiciona o símbolo do euro. (CP720 foi contribuição de Alexander Belchenko e Amaury Forgeot d’Arc em bpo-1616979; CP858 foi contribuição de Tim Hatch em bpo-8016.)

  • O objeto file agora definirá o atributo filename na exceção IOError ao tentar abrir um diretório em plataformas POSIX (observado por Jan Kaliszewski; bpo-4764) , e agora verifica explicitamente e proíbe a gravação em objetos arquivo somente leitura em vez de confiar na biblioteca C para detectar e relatar o erro (correção de Stefan Krah; bpo-5677).

  • O tokenizador do Python agora traduz as próprias terminações de linha, então a função embutida compile() agora aceita código usando qualquer convenção de terminação de linha. Além disso, não requer mais que o código termine em uma nova linha.

  • Parênteses extras em definições de função são ilegais no Python 3.x, o que significa que você obtém um erro de sintaxe de def f((x)): pass. No modo de aviso do Python3, o Python 2.7 agora avisará sobre esse uso estranho. (Notado por James Lingard; bpo-7362.)

  • Agora é possível criar referências fracas para objetos de classe de estilo antigo. As classes de novo estilo sempre tiveram referências fracas. (Correção de Antoine Pitrou; bpo-8268.)

  • Quando um objeto de módulo é coletado como lixo, o dicionário do módulo agora só é limpo se ninguém mais estiver mantendo uma referência ao dicionário (bpo-7140).

Alterações no interpretador

Uma nova variável de ambiente, PYTHONWARNINGS, permite controlar os avisos. Deve ser definido como uma string contendo configurações de aviso, equivalentes àquelas usadas com a opção -W, separadas por vírgulas. (Contribuição de Brian Curtin; bpo-7301.)

Por exemplo, a configuração a seguir imprimirá avisos toda vez que ocorrerem, mas transformará os avisos do módulo Cookie em um erro. (A sintaxe exata para definir uma variável de ambiente varia entre sistemas operacionais e shells.)

export PYTHONWARNINGS=all,error:::Cookie:0

Otimizações

Vários aprimoramentos de desempenho foram adicionados:

  • Um novo opcode foi adicionado para executar a configuração inicial das instruções with, procurando os métodos __enter__() e __exit__(). (Contribuição de Benjamin Peterson.)

  • O coletor de lixo agora funciona melhor para um padrão de uso comum: quando muitos objetos estão sendo alocados sem desalocar nenhum deles. Anteriormente, isso levaria um tempo quadrático para coleta de lixo, mas agora o número de coletas de lixo completas é reduzido à medida que o número de objetos no heap aumenta. A nova lógica só executa uma passagem completa de coleta de lixo quando a geração intermediária tiver sido coletada 10 vezes e quando o número de objetos sobreviventes da geração intermediária exceder 10% do número de objetos da geração mais antiga. (Sugerido por Martin von Löwis e implementado por Antoine Pitrou; bpo-4074.)

  • O coletor de lixo tenta evitar o rastreamento de contêineres simples que não podem fazer parte de um ciclo. No Python 2.7, isso agora é verdade para tuplas e dicts contendo tipos atômicos (como ints, strings, etc.). Transitivamente, um dict contendo tuplas de tipos atômicos também não será rastreado. Isso ajuda a reduzir o custo de cada coleta de lixo diminuindo o número de objetos a serem considerados e percorridos pelo coletor. (Contribuição de Antoine Pitrou; bpo-4688.)

  • Inteiros longos agora são armazenados internamente na base 2**15 ou na base 2**30, sendo a base determinada no momento da compilação. Anteriormente, eles eram sempre armazenados na base 2**15. O uso de base 2**30 oferece melhorias significativas de desempenho em máquinas de 64 bits, mas os resultados de benchmark em máquinas de 32 bits foram mistos. Portanto, o padrão é usar base 2**30 em máquinas de 64 bits e base 2**15 em máquinas de 32 bits; no Unix, há uma nova opção de configuração --enable-big-digits que pode ser usada para substituir esse padrão.

    Além das melhorias de desempenho, essa alteração deve ser invisível para os usuários finais, com uma exceção: para fins de teste e depuração, há um novo structseq sys.long_info que fornece informações sobre o formato interno, fornecendo o número de bits por dígito e o tamanho em bytes do tipo C usado para armazenar cada dígito:

    >>> import sys
    >>> sys.long_info
    sys.long_info(bits_per_digit=30, sizeof_digit=4)
    

    (Contribuição de Mark Dickinson; bpo-4258.)

    Outro conjunto de alterações tornou os objetos longos alguns bytes menores: 2 bytes menores em sistemas de 32 bits e 6 bytes em sistemas de 64 bits. (Contribuição de Mark Dickinson; bpo-5260.)

  • O algoritmo de divisão para números inteiros longos ficou mais rápido apertando o laço interno, fazendo deslocamentos em vez de multiplicações e corrigindo uma iteração extra desnecessária. Vários benchmarks mostram acelerações entre 50% e 150% para divisões inteiras longas e operações de módulo. (Contribuição de Mark Dickinson; bpo-5512.) Operações bit a bit também são significativamente mais rápidas (patch inicial de Gregory Smith; bpo-1087418).

  • A implementação de % verifica se o operando do lado esquerdo é uma string Python e usa casos especiais; isso resulta em um aumento de desempenho de 1 a 3% para aplicativos que usam frequentemente % com strings, como bibliotecas de modelos. (Implementação de Collin Winter; bpo-5176.)

  • Compreensões de lista com uma condição if são compiladas em bytecode mais rápido. (Patch de Antoine Pitrou, retroportado para 2.7 por Jeffrey Yasskin; bpo-4715.)

  • A conversão de um inteiro ou inteiro longo em uma string decimal ficou mais rápida com o uso de maiúsculas e minúsculas especiais na base 10, em vez de usar uma função de conversão generalizada que oferece suporte a bases arbitrárias. (Patch por Gawain Bolton; bpo-6713.)

  • Os métodos split(), replace(), rindex(), rpartition() e rsplit() de tipos semelhantes a strings (strings, Strings Unicode e objetos bytearray) agora usam um algoritmo de pesquisa reversa rápida em vez de uma varredura caractere por caractere. Às vezes, isso é mais rápido por um fator de 10. (Adicionado por Florent Xicluna; bpo-7462 e bpo-7622.)

  • Os módulos pickle e cPickle agora internalizam automaticamente as strings usadas para nomes de atributos, reduzindo o uso de memória dos objetos resultantes da desserialização com pickle. (Contribuição de Jake McGuire; bpo-5084.)

  • O módulo cPickle agora usa dicionários de casos especiais, reduzindo quase pela metade o tempo necessário para serializá-los com pickle. (Contribuição de Collin Winter; bpo-5670.)

Módulos Novos ou Aprimorados

Como em todas os lançamentos, a biblioteca padrão do Python recebeu diversas melhorias e correções de bugs. Aqui está uma lista parcial das mudanças mais notáveis, classificadas em ordem alfabética por nome do módulo. Consulte o arquivo Misc/NEWS na árvore de código-fonte para uma lista mais completa de alterações, ou procure nos logs do Subversion para todos os detalhes.

  • A classe de depuração base do módulo bdb Bdb ganhou um recurso para pular módulos. O construtor agora usa um iterável contendo padrões estilo glob como django.*; o depurador não entrará nos quadros de pilha de um módulo que corresponda a um desses padrões. (Contribuição de Maru Newby após sugestão de Senthil Kumaran; bpo-5142.)

  • O módulo binascii agora oferece suporte à API de buffer, então ele pode ser usado com instâncias memoryview e outros objetos buffer similares. (Backport de 3.x por Florent Xicluna; bpo-7703.)

  • Módulo atualizado: o módulo bsddb foi atualizado de 4.7.2devel9 para a versão 4.8.4 do pacote pybsddb. A nova versão apresenta melhor compatibilidade com Python 3.x, várias correções de bugs e adiciona vários novos sinalizadores e métodos BerkeleyDB. (Atualizado por Jesús Cea Avión; bpo-8156. O changelog do pybsddb pode ser lido em https://hg.jcea.es/pybsddb/file/tip/ChangeLog.)

  • O BZ2File do módulo bz2 agora oferece suporte ao protocolo de gerenciamento de contexto, então você pode escrever with bz2.BZ2File(...) as f:. (Contribuição de Hagen Fürstenau; bpo-3860.)

  • Nova classe: a classe Counter no módulo collections é útil para contabilizar dados. As instâncias Counter se comportam principalmente como dicionários, mas retornam zero para chaves ausentes em vez de levantar uma exceção KeyError:

    >>> from collections import Counter
    >>> c = Counter()
    >>> for letter in 'here is a sample of english text':
    ...   c[letter] += 1
    ...
    >>> c 
    Counter({' ': 6, 'e': 5, 's': 3, 'a': 2, 'i': 2, 'h': 2,
    'l': 2, 't': 2, 'g': 1, 'f': 1, 'm': 1, 'o': 1, 'n': 1,
    'p': 1, 'r': 1, 'x': 1})
    >>> c['e']
    5
    >>> c['z']
    0
    

    Existem três métodos Counter adicionais. most_common() retorna os N elementos mais comuns e suas contagens. elements() retorna um iterador sobre os elementos contidos, repetindo cada elemento tantas vezes quanto sua contagem. subtract() pega um iterável e subtrai um para cada elemento em vez de adicionar; se o argumento for um dicionário ou outro Counter, as contagens são subtraídas.

    >>> c.most_common(5)
    [(' ', 6), ('e', 5), ('s', 3), ('a', 2), ('i', 2)]
    >>> c.elements() ->
       'a', 'a', ' ', ' ', ' ', ' ', ' ', ' ',
       'e', 'e', 'e', 'e', 'e', 'g', 'f', 'i', 'i',
       'h', 'h', 'm', 'l', 'l', 'o', 'n', 'p', 's',
       's', 's', 'r', 't', 't', 'x'
    >>> c['e']
    5
    >>> c.subtract('very heavy on the letter e')
    >>> c['e']    # Count is now lower
    -1
    

    Contribuição de Raymond Hettinger; bpo-1696199.

    Nova classe: OrderedDict é descrita na seção anterior PEP 372: Adicionando um dicionário ordenado a coleções.

    Novo método: O tipo de dados deque agora tem um método count() que retorna o número de elementos contidos igual ao argumento fornecido x, e um reverse() método que inverte os elementos do deque no local. deque também expõe seu comprimento máximo como o atributo somente leitura maxlen. (Ambos os recursos adicionados por Raymond Hettinger.)

    A classe namedtuple agora possui um parâmetro opcional rename. Se rename for verdadeiro, os nomes de campos inválidos porque foram repetidos ou não são identificadores Python legais serão renomeados para nomes legais derivados da posição do campo na lista de campos:

    >>> from collections import namedtuple
    >>> T = namedtuple('T', ['field1', '$illegal', 'for', 'field2'], rename=True)
    >>> T._fields
    ('field1', '_1', '_2', 'field2')
    

    (Adição de Raymond Hettinger; bpo-1818.)

    Finalmente, a classe base abstrata Mapping agora retorna NotImplemented se um mapeamento for comparado a outro tipo que não seja um Mapping. (Correção de Daniel Stutzbach; bpo-8729.)

  • Construtores para as classes de análise no módulo ConfigParser agora recebem um parâmetro allow_no_value, cujo padrão é false; se verdadeiro, opções sem valores serão permitidas. Por exemplo:

    >>> import ConfigParser, StringIO
    >>> sample_config = """
    ... [mysqld]
    ... user = mysql
    ... pid-file = /var/run/mysqld/mysqld.pid
    ... skip-bdb
    ... """
    >>> config = ConfigParser.RawConfigParser(allow_no_value=True)
    >>> config.readfp(StringIO.StringIO(sample_config))
    >>> config.get('mysqld', 'user')
    'mysql'
    >>> print config.get('mysqld', 'skip-bdb')
    None
    >>> print config.get('mysqld', 'unknown')
    Traceback (most recent call last):
      ...
    NoOptionError: No option 'unknown' in section: 'mysqld'
    

    (Contribuição de Mats Kindahl; bpo-7005.)

  • Função descontinuada: contextlib.nested(), que permite lidar com mais de um gerenciador de contexto com uma única instrução with, foi descontinuada porque a instrução with agora oferece suporte a múltiplos contextos gerentes.

  • O módulo cookielib agora ignora cookies que possuem um campo de versão inválido, que não contém um valor inteiro. (Correção de John J. Lee; bpo-3924.)

  • A função deepcopy() do módulo copy agora copiará corretamente os métodos de instância vinculados. (Implementado por Robert Collins; bpo-1515.)

  • O módulo ctypes agora sempre converte None em um ponteiro C NULL para argumentos declarados como ponteiros. (Alterado por Thomas Heller; bpo-4606.) A biblioteca libffi subjacente foi atualizada para a versão 3.0.9, contendo várias correções para diferentes plataformas. (Atualizado por Matthias Klose; bpo-8142.)

  • Novo método: a classe timedelta do módulo datetime ganhou um método total_seconds() que retorna o número de segundos na duração. (Contribuição de Brian Quinlan; bpo-5788.)

  • Novo método: a classe Decimal ganhou um método de classe from_float() que realiza uma conversão exata de um número de ponto flutuante para um Decimal. Essa conversão exata busca a maior aproximação decimal do valor da representação de ponto flutuante; o valor decimal resultante ainda incluirá a imprecisão, se houver. Por exemplo, Decimal.from_float(0.1) retorna Decimal('0.1000000000000000055511151231257827021181583404541015625'). (Implementado por Raymond Hettinger; bpo-4796.)

    Comparar instâncias de Decimal com números de ponto flutuante agora produz resultados sensatos com base nos valores numéricos dos operandos. Anteriormente, essas comparações recorreriam às regras padrão do Python para comparar objetos, que produziam resultados arbitrários com base em seu tipo. Observe que você ainda não pode combinar Decimal e ponto flutuante em outras operações, como adição, já que você deve escolher explicitamente como converter entre float e Decimal. (Corrigido por Mark Dickinson; bpo-2531.)

    O construtor para Decimal agora aceita números de ponto flutuante (adicionados por Raymond Hettinger; bpo-8257) e caracteres Unicode não europeus, como dígitos árabe-índicos (contribuição de Mark Dickinson; bpo-6595).

    A maioria dos métodos da classe Context agora aceitam números inteiros, bem como instâncias Decimal; as únicas exceções são os métodos canonical() e is_canonical(). (Patch de Juan José Conti; bpo-7633.)

    Ao usar instâncias Decimal com o método format() de uma string, o alinhamento padrão era anteriormente o alinhamento à esquerda. Isso foi alterado para alinhamento à direita, que é mais sensato para tipos numéricos. (Alteração de Mark Dickinson; bpo-6857.)

    Comparações envolvendo um valor NaN de sinalização (ou sNAN) agora sinalizam InvalidOperation em vez de retornar silenciosamente um valor verdadeiro ou falso dependendo do operador de comparação. Valores silenciosos de NaN (ou NaN) agora são hasheáveis. (Corrigido por Mark Dickinson; bpo-7279.)

  • O módulo difflib agora produz uma saída que é mais compatível com as ferramentas diff/patch modernas através de uma pequena mudança, usando um caractere de tabulação em vez de espaços como separador no cabeçalho, fornecendo o nome do arquivo. (Correção de Anatoly Techtonik; bpo-7585.)

  • O comando Distutils sdist agora sempre regenera o arquivo MANIFEST, pois mesmo que os arquivos MANIFEST.in ou setup.py não tenham sido modificados, o usuário pode ter criado alguns novos arquivos que deveriam ser incluídos. (Correção de Tarek Ziadé; bpo-8688.)

  • O sinalizador IGNORE_EXCEPTION_DETAIL do módulo doctest irá agora ignorar o nome do módulo que contém a exceção que está sendo testada. (Patch de Lennart Regebro; bpo-7490.)

  • A classe Message do módulo email agora aceitará uma carga útil com valor Unicode, convertendo automaticamente a carga útil para a codificação especificada por output_charset. (Adição de R. David Murray; bpo-1368247.)

  • A classe Fraction agora aceita uma única instância float ou Decimal, ou dois números racionais, como argumentos para seu construtor. (Implementação de Mark Dickinson; racionais adicionados em bpo-5812 e float/decimal em bpo-8294.)

    Ordenar comparações (<, <=, >, >=) entre frações e números complexos agora levanta um TypeError. Isso corrige um descuido, fazendo com que Fraction corresponda aos outros tipos numéricos.

  • Nova classe: FTP_TLS no módulo ftplib fornece conexões FTP seguras usando encapsulamento TLS de autenticação, bem como controle subsequente e transferências de dados. (Contribuição de Giampaolo Rodola; bpo-2054.)

    O método storbinary() para envios de binários agora pode reiniciar envios graças a um parâmetro rest adicionado (patch de Pablo Mouzo; bpo-6845.)

  • Novo decorador de classe: total_ordering() no módulo functools pega uma classe que define um método __eq__() e um de __lt__() , __le__(), __gt__() ou __ge__() e gera os métodos de comparação ausentes. Como o método __cmp__() está sendo descontinuado no Python 3.x, esse decorador facilita a definição de classes ordenadas. (Adicionado por Raymond Hettinger; bpo-5479.)

    Nova função: cmp_to_key() usará uma função de comparação de estilo antigo que espera dois argumentos e retornará um novo chamável que pode ser usado como parâmetro key para funções como sorted(), min() e max(), etc. O principal uso pretendido é ajudar a tornar o código compatível com Python 3.x. (Adição de Raymond Hettinger.)

  • Nova função: o is_tracked() do módulo gc retorna verdadeiro se uma determinada instância for rastreada pelo coletor de lixo, falso caso contrário. (Contribuição de Antoine Pitrou; bpo-4688)

  • O GzipFile do módulo gzip agora oferece suporte ao protocolo de gerenciamento de contexto, então você pode escrever with gzip.GzipFile(...) as f: (contribuição de Hagen Fürstenau; bpo-3860), e agora implementa o io.BufferedIOBase ABC, então você pode envolvê-lo com io.BufferedReader para processamento mais rápido (contribuição de Nir Aides; bpo-7471). Agora também é possível substituir o horário de modificação registrado em um arquivo compactado, fornecendo um registro de data e hora opcional ao construtor. (Contribuição de Jacques Frechet; bpo-4272.)

    Arquivos no formato gzip podem ser preenchidos com zero bytes à direita; o módulo gzip agora consumirá esses bytes finais. (Correção de Tadek Pietraszek e Brian Curtin; bpo-2846.)

  • Novo atributo: o módulo hashlib agora possui um atributo algorithms contendo uma tupla nomeando os algoritmos suportados. No Python 2.7, hashlib.algorithms contém ('md5', 'sha1', 'sha224', 'sha256', 'sha384', 'sha512'). (Contribuição de Carl Chenet; bpo-7418.)

  • A classe padrão HTTPResponse usada pelo módulo httplib agora oferece suporte a buffering, resultando em uma leitura muito mais rápida de respostas HTTP. (Contribuição de Kristján Valur Jónsson; bpo-4879.)

    As classes HTTPConnection e HTTPSConnection agora oferecem suporte a um parâmetro source_address, uma tupla de 2 elementos (host, port) fornecendo o endereço de origem que será usado para a conexão. (Contribuição de Eldon Ziegler; bpo-3972.)

  • O módulo ihooks agora oferece suporte a importações relativas. Observe que ihooks é um módulo mais antigo para personalizar importações, substituído pelo módulo imputil adicionado no Python 2.0. (Suporte relativo à importação adicionado por Neil Schemenauer.)

  • O módulo imaplib agora oferece suporte a endereços IPv6. (Contribuição de Derek Morr; bpo-1655.)

  • Nova função: getcallargs() do módulo inspect pega um chamável e seus argumentos nomeados e posicionais, e descobre quais dos parâmetros do chamável receberão cada argumento, retornando um dicionário mapeando nomes de argumentos para seus valores. Por exemplo:

    >>> from inspect import getcallargs
    >>> def f(a, b=1, *pos, **named):
    ...     pass
    ...
    >>> getcallargs(f, 1, 2, 3)
    {'a': 1, 'b': 2, 'pos': (3,), 'named': {}}
    >>> getcallargs(f, a=2, x=4)
    {'a': 2, 'b': 1, 'pos': (), 'named': {'x': 4}}
    >>> getcallargs(f)
    Traceback (most recent call last):
    ...
    TypeError: f() takes at least 1 argument (0 given)
    

    Contribuição de George Sakkis; bpo-3135.

  • Módulo atualizado: A biblioteca io foi atualizada para a versão fornecida com Python 3.1. Para 3.1, a biblioteca de E/S foi totalmente reescrita em C e é de 2 a 20 vezes mais rápida dependendo da tarefa que está sendo executada. A versão original do Python foi renomeada para o módulo _pyio.

    Uma pequena mudança resultante: a classe io.TextIOBase agora tem um atributo errors fornecendo a configuração de erro usada para erros de codificação e decodificação (um dos 'strict' , 'replace', 'ignore').

    A classe io.FileIO agora levanta uma exceção OSError quando passa um descritor de arquivo inválido. (Implementado por Benjamin Peterson; bpo-4991.) O método truncate() agora preserva a posição do arquivo; anteriormente, mudaria a posição do arquivo para o final do novo arquivo. (Correção de Pascal Chambon; bpo-6939.)

  • Nova função: itertools.compress(data, selectors) aceita dois iteradores. Elementos de data serão retornados se o valor correspondente em selectors for verdadeiro:

    itertools.compress('ABCDEF', [1,0,1,0,1,1]) =>
      A, C, E, F
    

    Nova função: itertools.combinations_with_replacement(iter, r) retorna todas as combinações possíveis de elementos de comprimento r do iter iterável. Ao contrário de combinations(), elementos individuais podem ser repetidos nas combinações geradas:

    itertools.combinations_with_replacement('abc', 2) =>
      ('a', 'a'), ('a', 'b'), ('a', 'c'),
      ('b', 'b'), ('b', 'c'), ('c', 'c')
    

    Observe que os elementos são tratados como únicos dependendo de sua posição na entrada, não de seus valores reais.

    A função itertools.count() agora tem um argumento step que permite incrementar por valores diferentes de 1. count() agora também permite argumentos nomeados e o uso de valores não inteiros, como floats ou Decimal instâncias. (Implementação de Raymond Hettinger; bpo-5032.)

    itertools.combinations() e itertools.product() anteriormente levantavam ValueError para valores de r maiores que o iterável de entrada. Isto foi considerado um erro de especificação, então agora elas retornam um iterador vazio. (Corrigido por Raymond Hettinger; bpo-4816.)

  • Módulo atualizado: O módulo json foi atualizado para a versão 2.0.9 do pacote simplejson, que inclui uma extensão C que torna a codificação e decodificação mais rápidas. (Contribuição de Bob Ippolito; bpo-4136.)

    Para oferecer suporte ao novo tipo collections.OrderedDict, json.load() agora tem um parâmetro opcional object_pairs_hook que será chamado com qualquer literal de objeto que decodifica para uma lista de pares. (Contribuição de Raymond Hettinger; bpo-5381.)

  • A classe Maildir do módulo mailbox agora registra o registro de data e hora nos diretórios que lê, e apenas os relê se o horário de modificação for alterado posteriormente. Isso melhora o desempenho, evitando varreduras de diretório desnecessárias. (Corrigido por AM Kuchling e Antoine Pitrou; bpo-1607951, bpo-6896.)

  • Novas funções: o módulo math ganhou erf() e erfc() para a função de erro e a função de erro complementar, expm1() que calcula e**x - 1 com mais precisão do que usar exp() e subtrair 1, gamma() para a função Gamma, e lgamma() para o log natural da função Gamma. (Contribuição de Mark Dickinson e nirinA raseliarison; bpo-3366.)

  • As classes Manager* do módulo multiprocessing agora podem receber um chamável que será chamado sempre que um subprocesso for iniciado, junto com um conjunto de argumentos que serão passados para o chamável. (Contribuição de lekma; bpo-5585.)

    A classe Pool, que controla um conjunto de processos de trabalho, agora possui um parâmetro opcional maxtasksperchild. Os processos de trabalho executarão o número especificado de tarefas e então sairão, fazendo com que Pool inicie um novo trabalhador. Isso é útil se as tarefas puderem vazar memória ou outros recursos, ou se algumas tarefas fizerem com que o trabalho fique muito grande. (Contribuição de Charles Cazabon; bpo-6963.)

  • The nntplib module now supports IPv6 addresses. (Contributed by Derek Morr; bpo-1664.)

  • Novas funções: o módulo os envolve as seguintes chamadas de sistema POSIX: getresgid() e getresuid(), que retornam os GIDs e UIDs reais, efetivos e salvos ; setresgid() e setresuid(), que definem GIDs e UIDs reais, efetivos e salvos para novos valores; initgroups(), que inicializa a lista de acesso do grupo para o processo atual. (Funções GID/UID foram contribuição de Travis H.; bpo-6508. Suporte para initgroups adicionado por Jean-Paul Calderone; bpo-7333.)

    A função os.fork() agora reinicializa o bloqueio de importação no processo filho; isso corrige problemas no Solaris quando fork() é chamado de um thread. (Correção de Zsolt Cserna; bpo-7242.)

  • No módulo os.path, as funções normpath() e abspath() agora preservam o Unicode; se o caminho de entrada for uma string Unicode, o valor de retorno também será uma string Unicode. (normpath() corrigido por Matt Giuca em bpo-5827; abspath() corrigido por Ezio Melotti em bpo-3426.)

  • O módulo pydoc agora tem ajuda para os vários símbolos que o Python usa. Agora você pode fazer help('<<') ou help('@'), por exemplo. (Contribuição de David Laban; bpo-4739.)

  • Os módulos re split(), sub() e subn() agora aceitam um argumento opcional flags, para consistência com as outras funções do módulo. (Adição de Gregory P. Smith.)

  • Nova função: run_path() no módulo runpy executará o código em um argumento path fornecido. path pode ser o caminho de um arquivo fonte Python (example.py), um arquivo de bytecode compilado (example.pyc), um diretório (./package/) ou um arquivo zip (example.zip). Se um diretório ou zip path for fornecido, ele será adicionado na frente de sys.path e o módulo __main__ será importado. É esperado que o diretório ou zip contenha um __main__.py; caso contrário, algum outro __main__.py poderá ser importado de um local posteriormente em sys.path. Isso torna mais o maquinário de runpy disponível para scripts que desejam imitar a maneira como a linha de comando do Python processa um nome de caminho explícito. (Adição de Nick Coghlan; bpo-6816.)

  • Nova função: no módulo shutil, make_archive() pega um nome de arquivo, tipo de arquivo (formato zip ou tar) e um caminho de diretório, e cria um arquivo contendo o conteúdo do diretório. (Adição de Tarek Ziadé.)

    As funções copyfile() e copytree() de shutil agora levantam uma exceção SpecialFileError quando solicitado a copiar um encadeamento nomeado. Anteriormente, o código trataria pipes nomeados como um arquivo normal, abrindo-os para leitura, e isso seria bloqueado indefinidamente. (Correção de Antoine Pitrou; bpo-3002.)

  • O módulo signal não reinstala mais o manipulador de sinal a menos que isso seja realmente necessário, o que corrige um bug que poderia tornar impossível capturar o sinal EINTR de forma robusta. (Correção de Charles-François Natali; bpo-8354.)

  • Novas funções: no módulo site, três novas funções retornam vários caminhos específicos do site e do usuário. getsitepackages() retorna uma lista contendo todos os diretórios globais de pacotes de sites, getusersitepackages() retorna o caminho do diretório de pacotes de sites do usuário e getuserbase() retorna o valor da variável de ambiente USER_BASE, fornecendo o caminho para um diretório que pode ser usado para armazenar dados. (Contribuição de Tarek Ziadé; bpo-6693.)

    O módulo site agora reporta exceções que ocorrem quando o módulo sitecustomize é importado, e não irá mais capturar e engolir a exceção KeyboardInterrupt. (Correção de Victor Stinner; bpo-3137.)

  • A função create_connection() ganhou um parâmetro source_address, uma tupla de 2 elementos (host, port) fornecendo o endereço de origem que será usado para a conexão. (Contribuição de Eldon Ziegler; bpo-3972.)

    Os métodos recv_into() e recvfrom_into() agora escreverão em objetos que oferecem suporte à API de buffer, mais utilmente objetos bytearray e memoryview. (Implementação de Antoine Pitrou; bpo-8104.)

  • A classe TCPServer do módulo SocketServer agora oferece suporte a limite de tempo de soquete e desativação do algoritmo Nagle. O atributo de classe disable_nagle_algorithm é padronizado como False; se substituído como verdadeiro, novas conexões de solicitação terão a opção TCP_NODELAY definida para evitar o armazenamento em buffer de muitos envios pequenos em um único pacote TCP. O atributo de classe timeout pode conter um tempo limite em segundos que será aplicado ao soquete de solicitação; se nenhuma solicitação for recebida dentro desse tempo, handle_timeout() será chamado e handle_request() retornará. (Contribuição de Kristján Valur Jónsson; bpo-6192 e bpo-6267.)

  • Módulo atualizado: o módulo sqlite3 foi atualizado para a versão 2.6.0 do pacote pysqlite. A versão 2.6.0 inclui uma série de correções de bugs e adiciona a capacidade de carregar extensões SQLite de bibliotecas compartilhadas. Chame o método enable_load_extension(True) para habilitar extensões, e então chame load_extension() para carregar uma biblioteca compartilhada específica. (Atualização de Gerhard Häring.)

  • Os objetos SSLSocket do módulo ssl agora oferecem suporte à API de buffer, que corrigiu uma falha na suíte de testes (correção de Antoine Pitrou; bpo-7133) e definiu automaticamente SSL_MODE_AUTO_RETRY do OpenSSL, que impedirá que um código de erro seja retornado de operações recv() que acionam uma renegociação SSL (correção por Antoine Pitrou; bpo-8222).

    A função construtora wrap_socket() agora recebe um argumento ciphers que é uma string listando os algoritmos de criptografia a serem permitidos; o formato da string é descrito na documentação do OpenSSL. (Adição de Antoine Pitrou; bpo-8322.)

    Outra mudança faz com que a extensão carregue todas as cifras e algoritmos de resumo do OpenSSL para que estejam todos disponíveis. Não foi possível verificar alguns certificados SSL, reportando um erro de “algoritmo desconhecido”. (Relato de Beda Kosata e correção de Antoine Pitrou; bpo-8484.)

    A versão do OpenSSL usada agora está disponível como os atributos do módulo ssl.OPENSSL_VERSION (uma string), ssl.OPENSSL_VERSION_INFO (uma tupla de 5) e ssl.OPENSSL_VERSION_NUMBER (um número inteiro). (Adição de Antoine Pitrou; bpo-8321.)

  • O módulo struct não irá mais ignorar silenciosamente erros de overflow quando um valor for muito grande para um código de formato inteiro específico (um de bBhHiIlLqQ); agora sempre levanta uma exceção struct.error. (Alteração de Mark Dickinson; bpo-1523.) A função pack() também tentará usar __index__() para converter e empacotar números não inteiros antes de tentar o método __int__() ou relatar um erro. (Alteração de Mark Dickinson; bpo-8300.)

  • Nova função: o check_output() do módulo subprocess executa um comando com um conjunto especificado de argumentos e retorna a saída do comando como uma string quando o comando é executado sem erros, ou levanta uma exceção CalledProcessError caso contrário.

    >>> subprocess.check_output(['df', '-h', '.'])
    'Filesystem     Size   Used  Avail Capacity  Mounted on\n
    /dev/disk0s2    52G    49G   3.0G    94%    /\n'
    
    >>> subprocess.check_output(['df', '-h', '/bogus'])
      ...
    subprocess.CalledProcessError: Command '['df', '-h', '/bogus']' returned non-zero exit status 1
    

    (Contribuição de Gregory P. Smith.)

    O módulo subprocess agora tentará novamente suas chamadas internas do sistema ao receber um sinal EINTR. (Relato por várias pessoas; patch final por Gregory P. Smith em bpo-1068268.)

  • Nova função: is_declared_global() no módulo symtable retorna verdadeiro para variáveis que são explicitamente declaradas como globais, falso para aquelas que são implicitamente globais. (Contribuição de Jeremy Hylton.)

  • O módulo syslog agora usará o valor de sys.argv[0] como identificador em vez do valor padrão anterior de 'python'. (Alteração de Sean Reifschneider; bpo-8451.)

  • O valor sys.version_info agora é uma tupla nomeada, com atributos chamados major, minor, micro, releaselevel e serial. (Contribuição de Ross Light; bpo-4285.)

    sys.getwindowsversion() também retorna uma tupla nomeada, com atributos chamados major, minor, build, platform, service_pack, service_pack_major, service_pack_minor, suite_mask e product_type. (Contribuição de Brian Curtin; bpo-7766.)

  • O tratamento de erros padrão do módulo tarfile foi alterado, para não mais suprimir erros fatais. O nível de erro padrão era anteriormente 0, o que significava que os erros resultariam apenas na gravação de uma mensagem no log de depuração, mas como o log de depuração não está ativado por padrão, esses erros passam despercebidos. O nível de erro padrão agora é 1, o que levanta uma exceção se houver um erro. (Alteração de Lars Gustäbel; bpo-7357.)

    tarfile agora oferece suporte à filtragem de objetos TarInfo sendo adicionados a um arquivo tar. Quando você chama add(), você pode fornecer um argumento filter opcional que é chamável. O chamável filter receberá o TarInfo para cada arquivo sendo adicionado, e pode modificá-lo e retorná-lo. Se o chamável retornar None, o arquivo será excluído do arquivo resultante. Isto é mais poderoso do que o argumento exclude existente, que foi, portanto, descontinuado. (Adição de Lars Gustäbel; bpo-6856.) A classe TarFile agora também oferece suporte ao protocolo de gerenciamento de contexto. (Adição de Lars Gustäbel; bpo-7232.)

  • O método wait() da classe threading.Event agora retorna o sinalizador interno na saída. Isso significa que o método geralmente retornará verdadeiro porque wait() deve ser bloqueado até que o sinalizador interno se torne verdadeiro. O valor de retorno só será falso se um tempo limite tiver sido fornecido e a operação tiver expirado. (Contribuição de Tim Lesher; bpo-1674032.)

  • O banco de dados Unicode fornecido pelo módulo unicodedata agora é usado internamente para determinar quais caracteres são numéricos, espaços em branco ou representam quebras de linha. O banco de dados também inclui informações do arquivo de dados Unihan.txt (patch de Anders Chrigström e Amaury Forgeot d’Arc; bpo-1571184) e foi atualizado para a versão 5.2.0 (atualização de Florent Xicluna; bpo-8024).

  • A função urlsplit() do módulo urlparse agora lida com esquemas de URL desconhecidos de uma forma compatível com RFC 3986: se a URL estiver no formato "<alguma_coisa>://...", o texto antes de :// é tratado como o esquema, mesmo que seja um esquema inventado que o módulo não conhece. Essa alteração pode quebrar o código que contornava o comportamento antigo. Por exemplo, Python 2.6.4 ou 2.5 retornará o seguinte:

    >>> import urlparse
    >>> urlparse.urlsplit('invented://host/filename?query')
    ('invented', '', '//host/filename?query', '', '')
    

    Python 2.7 (e Python 2.6.5) vai retornar:

    >>> import urlparse
    >>> urlparse.urlsplit('invented://host/filename?query')
    ('invented', 'host', '/filename?query', '', '')
    

    (Na verdade, o Python 2.7 produz uma saída ligeiramente diferente, pois retorna uma tupla nomeada em vez de uma tupla padrão.)

    O módulo urlparse também oferece suporte a endereços IPv6 literais conforme definido pelo RFC 2732 (contribuição de Senthil Kumaran; bpo-2987).

    >>> urlparse.urlparse('http://[1080::8:800:200C:417A]/foo')
    ParseResult(scheme='http', netloc='[1080::8:800:200C:417A]',
                path='/foo', params='', query='', fragment='')
    
  • Nova classe: a classe WeakSet no módulo weakref é um conjunto que contém apenas referências fracas aos seus elementos; os elementos serão removidos quando não houver referências apontando para eles. (Originalmente implementado em Python 3.x por Raymond Hettinger e portado para 2.7 por Michael Foord.)

  • A biblioteca xml.etree.ElementTree não escapa mais caracteres de E comercial e de sinal de maior e de menor ao gerar uma instrução de processamento XML (que se parece com <?xml-stylesheet href="#style1"?>) ou comentário (que se parece com <!-- comentário -->). (Patch de Neil Muller; bpo-2746.)

  • O cliente e servidor de XML-RPC, fornecidos pelos módulos xmlrpclib e SimpleXMLRPCServer, melhoraram o desempenho ao prover suporte a kep-alive do HTTP/1.1 e, opcionalmente, usando a codificação gzip para compactar o XML que está sendo trocado. A compactação gzip é controlada pelo atributo encode_threshold de SimpleXMLRPCRequestHandler, que contém um tamanho em bytes; respostas maiores que isso serão compactadas. (Contribuição de Kristján Valur Jónsson; bpo-6267.)

  • A classe ZipFile do módulo zipfile agora oferece suporte ao protocolo de gerenciamento de contexto, então você pode escrever with zipfile.ZipFile(...) as f:. (Contribuição de Brian Curtin; bpo-5511.)

    zipfile agora também oferece suporte ao arquivamento de diretórios vazios e os extrai corretamente. (Correção de Kuba Wieczorek; bpo-4710.) Ler arquivos de um arquivo é mais rápido e intercalar read() e readline() agora funciona corretamente. (Contribuição de Nir Aides; bpo-7610.)

    A função is_zipfile() agora aceita um objeto arquivo, além dos nomes de caminho aceitos em versões anteriores. (Contribuição de Gabriel Genellina; bpo-4756.)

    O método writestr() agora tem um parâmetro compress_type opcional que permite substituir o método de compactação padrão especificado no construtor de ZipFile. (Contribuição de Ronald Oussoren; bpo-6003.)

Novo módulo: importlib

Python 3.1 inclui o pacote importlib, uma reimplementação da lógica subjacente à instrução import do Python. importlib é útil para implementadores de interpretadores Python e para usuários que desejam escrever novos importadores que possam participar do processo de importação. Python 2.7 não contém o pacote importlib completo, mas em vez disso possui um pequeno subconjunto que contém uma única função, import_module().

import_module(name, package=None) importa um módulo. name é uma string contendo o nome do módulo ou pacote. É possível fazer importações relativas fornecendo uma string que começa com um caractere ., como ..utils.errors. Para importações relativas, o argumento package deve ser fornecido e é o nome do pacote que será usado como âncora para a importação relativa. import_module() insere o módulo importado em sys.modules e retorna o objeto do módulo.

Aqui estão alguns exemplos:

>>> from importlib import import_module
>>> anydbm = import_module('anydbm')  # Standard absolute import
>>> anydbm
<module 'anydbm' from '/p/python/Lib/anydbm.py'>
>>> # Relative import
>>> file_util = import_module('..file_util', 'distutils.command')
>>> file_util
<module 'distutils.file_util' from '/python/Lib/distutils/file_util.pyc'>

importlib foi implementado por Brett Cannon e introduzido no Python 3.1.

Novo módulo: sysconfig

O módulo sysconfig foi retirado do pacote Distutils, tornando-se um novo módulo de nível independente. sysconfig fornece funções para obter informações sobre o processo de construção do Python: opções do compilador, caminhos de instalação, o nome da plataforma e se o Python está sendo executado a partir de seu diretório de código-fonte.

Algumas das funções do módulo são:

  • get_config_var() retorna variáveis do Makefile do Python e do arquivo pyconfig.h.

  • get_config_vars() retorna um dicionário contendo todas as variáveis de configuração.

  • get_path() retorna o caminho configurado para um tipo específico de módulo: a biblioteca padrão, módulos específicos do site, módulos específicos da plataforma, etc.

  • is_python_build() retorna verdadeiro se você estiver executando um binário de uma árvore de código-fonte em Python, e falso caso contrário.

Consulte a documentação do sysconfig para mais detalhes e para uma lista completa de funções.

O pacote Distutils e sysconfig agora são mantidos por Tarek Ziadé, que também iniciou um pacote Distutils2 (repositório fonte em https://hg.python.org/distutils2/) para desenvolver uma versão de próxima geração do Distutils.

ttk: Widgets temáticos para Tk

O Tcl/Tk 8.5 inclui um conjunto de widgets temáticos que reimplementam widgets Tk básicos, mas têm uma aparência mais personalizável e podem, portanto, se assemelhar mais aos widgets da plataforma nativa. Este conjunto de widgets foi originalmente chamado de Tile, mas foi renomeado para Ttk (para “Tk temático”) ao ser adicionado ao Tcl/Tck versão 8.5.

Para saber mais, leia a documentação do módulo ttk. Você também pode ler a página de manual do Tcl/Tk que descreve o mecanismo do tema Ttk, disponível em https://www.tcl.tk/man/tcl8.5/TkCmd/ttk_intro.html. Algumas capturas de tela do código Python/Ttk em uso estão em https://code.google.com/archive/p/python-ttk/wikis/Screenshots.wiki.

O módulo tkinter.ttk foi escrito por Guilherme Polo e adicionado em bpo-2983. Uma versão alternativa chamada Tile.py, escrita por Martin Franklin e mantida por Kevin Walzer, foi proposta para inclusão em bpo-2618, mas os autores argumentaram que o trabalho de Guilherme Polo era mais abrangente.

Módulo atualizado: unittest

O módulo unittest foi bastante aprimorado; muitos novos recursos foram adicionados. A maioria desses recursos foi implementada por Michael Foord, salvo indicação em contrário. A versão aprimorada do módulo pode ser baixada separadamente para uso com as versões 2.4 a 2.6 do Python, empacotadas como o pacote unittest2, de unittest2.

Quando usado na linha de comando, o módulo pode descobrir testes automaticamente. Não é tão sofisticado quanto py.test ou nose, mas fornece uma maneira simples de executar testes mantidos dentro de um conjunto de diretórios de pacotes. Por exemplo, o comando a seguir irá pesquisar no subdiretório test/ por quaisquer arquivos de teste importáveis chamados test*.py:

python -m unittest discover -s test

Consulte a documentação do módulo unittest para mais detalhes. (Desenvolvido em bpo-6001.)

A função main() oferece suporte a algumas outras novas opções:

  • -b ou --buffer armazenará em buffer a saída padrão e os fluxos de erro padrão durante cada teste. Se o teste for aprovado, qualquer saída resultante será descartada; em caso de falha, a saída em buffer será exibida.

  • -c ou --catch fará com que a interrupção control-C seja tratada com mais elegância. Em vez de interromper imediatamente o processo de teste, o teste em execução será concluído e então os resultados parciais até a interrupção serão relatados. Se você estiver impaciente, um segundo toque no controle C causará uma interrupção imediata.

    Este manipulador de control-C tenta evitar causar problemas quando o código que está sendo testado ou os testes em execução definiram um manipulador de sinal próprio, percebendo que um manipulador de sinal já estava definido e chamando-o. Se isso não funcionar para você, existe um decorador removeHandler() que pode ser usado para marcar testes que devem ter o manuseio de control-C desabilitado.

  • -f ou --failfast faz com que a execução do teste pare imediatamente quando um teste falha, em vez de continuar a executar testes adicionais. (Sugerido por Cliff Dyer e implementado por Michael Foord; bpo-8074.)

As mensagens de progresso agora mostram ‘x’ para falhas esperadas e ‘u’ para sucessos inesperados quando executadas em modo detalhado. (Contribuição de Benjamin Peterson.)

Os casos de teste podem levantar a exceção SkipTest para pular um teste (bpo-1034053).

As mensagens de erro para falhas assertEqual(), assertTrue() e assertFalse() agora fornecem mais informações. Se você definir o atributo longMessage de suas classes TestCase como true, tanto a mensagem de erro padrão quanto qualquer mensagem adicional que você fornecer serão impressas para falhas. (Adição de Michael Foord; bpo-5663.)

O método assertRaises() agora retorna um manipulador de contexto quando chamado sem fornecer um objeto chamável para ser executado. Por exemplo, você pode escrever isto:

with self.assertRaises(KeyError):
    {}['foo']

(implementação de Antoine Pitrou; bpo-4444.)

Correções de desmontagem e configuração em nível de módulo e classe agora são suportados. Os módulos podem conter funções setUpModule() e tearDownModule(). As classes podem ter métodos setUpClass() e tearDownClass() que devem ser definidos como métodos de classe (usando @classmethod ou equivalente). Essas funções e métodos são invocados quando o executor de teste alterna para um caso de teste em um módulo ou classe diferente.

Os métodos addCleanup() e doCleanups() foram adicionados. addCleanup() permite adicionar funções de limpeza que serão chamadas incondicionalmente (após setUp() se setUp() falhar, caso contrário, após tearDown()). Isso permite uma alocação e desalocação de recursos muito mais simples durante os testes (bpo-5679).

Foram adicionados vários novos métodos que fornecem testes mais especializados. Muitos desses métodos foram escritos por engenheiros do Google para uso em seus conjuntos de testes; Gregory P. Smith, Michael Foord e GvR trabalharam na fusão deles na versão Python de unittest.

  • assertIsNone() e assertIsNotNone() pegam uma expressão e verificam se o resultado é ou não None.

  • assertIs() e assertIsNot() pegam dois valores e verificam se os dois valores são avaliados como o mesmo objeto ou não. (Adicionado por Michael Foord; bpo-2578.)

  • assertIsInstance() e assertNotIsInstance() verificam se o objeto resultante é uma instância de uma classe específica ou de uma tupla de classes. (Adicionado por Georg Brandl; bpo-7031.)

  • assertGreater(), assertGreaterEqual(), assertLess(), e assertLessEqual() comparam duas quantidades.

  • assertMultiLineEqual() compara duas strings e, se não forem iguais, exibe uma comparação útil que destaca as diferenças nas duas strings. Esta comparação agora é usada por padrão quando strings Unicode são comparadas com assertEqual().

  • assertRegexpMatches() e assertNotRegexpMatches() verificam se o primeiro argumento é uma string que corresponde ou não à expressão regular fornecida como o segundo argumento (bpo-8038).

  • assertRaisesRegexp() verifica se uma exceção específica foi levantada e também verifica se a representação da string da exceção corresponde à expressão regular fornecida.

  • assertIn() e assertNotIn() testa se primeiro está ou não em segundo.

  • assertItemsEqual() testa se duas sequências fornecidas contêm os mesmos elementos.

  • assertSetEqual() compara se dois conjuntos são iguais e apenas relata as diferenças entre os conjuntos em caso de erro.

  • Da mesma forma, assertListEqual() e assertTupleEqual() comparam os tipos especificados e explicam quaisquer diferenças sem necessariamente imprimir seus valores completos; esses métodos agora são usados por padrão ao comparar listas e tuplas usando assertEqual(). De forma mais geral, assertSequenceEqual() compara duas sequências e pode opcionalmente verificar se ambas as sequências são de um tipo específico.

  • assertDictEqual() compara dois dicionários e relata as diferenças; agora é usado por padrão quando você compara dois dicionários usando assertEqual(). assertDictContainsSubset() verifica se todos os pares chave/valor em first são encontrados em second.

  • assertAlmostEqual() e assertNotAlmostEqual() testam se first e second são aproximadamente iguais. Este método pode arredondar a diferença para um número opcionalmente especificado de places (o padrão é 7) e compará-lo com zero, ou exigir que a diferença seja menor que um valor delta fornecido.

  • loadTestsFromName() respeita corretamente o atributo suiteClass do TestLoader. (Correção de Mark Roddy; bpo-6866.)

  • Um novo gancho permite estender o método assertEqual() para lidar com novos tipos de dados. O método addTypeEqualityFunc() leva um objeto de tipo e uma função. A função será usada quando ambos os objetos comparados forem do tipo especificado. Esta função deve comparar os dois objetos e gerar uma exceção se eles não corresponderem; é uma boa ideia que a função forneça informações adicionais sobre por que os dois objetos não correspondem, assim como fazem os novos métodos de comparação de sequências.

unittest.main() agora recebe um argumento exit opcional. Se for falso, main() não chama sys.exit(), permitindo que main() seja usado a partir do interpretador interativo. (Contribuição de J. Pablo Fernández; bpo-3379.)

TestResult tem novos métodos startTestRun() e stopTestRun() que são chamados imediatamente antes e depois de uma execução de teste. (Contribuição de Robert Collins; bpo-5728.)

Com todas essas mudanças, o unittest.py estava ficando estranhamente grande, então o módulo foi transformado em um pacote e o código dividido em vários arquivos (por Benjamin Peterson). Isso não afeta como o módulo é importado ou usado.

Ver também

https://web.archive.org/web/20210619163128/http://www.voidspace.org.uk/python/articles/unittest2.shtml

Descreve os novos recursos, como usá-los e a justificativa para diversas decisões de design. (Por Michael Foord.)

Módulo atualizado: ElementTree 1.3

A versão da biblioteca ElementTree incluída no Python foi atualizada para a versão 1.3. Alguns dos novos recursos são:

  • As várias funções de análise agora recebem um argumento nomeado parser fornecendo uma instância XMLParser que será usada. Isso torna possível substituir a codificação interna do arquivo:

    p = ET.XMLParser(encoding='utf-8')
    t = ET.XML("""<root/>""", parser=p)
    

    Erros na análise de XML agora levantam uma exceção ParseError, cujas instâncias possuem um atributo position contendo uma tupla (linha, coluna) fornecendo a localização do problema.

  • O código do ElementTree para converter árvores em strings foi significativamente reformulado, tornando-o aproximadamente duas vezes mais rápido em muitos casos. Os métodos ElementTree.write() e Element.write() agora possuem um parâmetro method que pode ser “xml” (o padrão), “html” ou “text”. O modo HTML produzirá elementos vazios como <empty></empty> em vez de <empty/>, e o modo texto irá pular os elementos e exibir apenas os pedaços de texto. Se você definir o atributo tag de um elemento como None mas deixar seus filhos no lugar, o elemento será omitido quando a árvore for escrita, então você não precisa fazer um rearranjo mais extenso para remover um único elemento.

    O tratamento de espaço de nomes também foi melhorado. Todas as declarações xmlns:<alguma_coisa> agora são geradas no elemento raiz, não espalhadas pelo XML resultante. Você pode definir o espaço de nomes padrão para uma árvore definindo o atributo default_namespace e pode registrar novos prefixos com register_namespace(). No modo XML, você pode usar o parâmetro verdadeiro/falso xml_declaration para suprimir a declaração XML.

  • Novo método Element: extend() anexa os itens de uma sequência aos filhos do elemento. Os próprios elementos se comportam como sequências, por isso é fácil mover os filhos de um elemento para outro:

    from xml.etree import ElementTree as ET
    
    t = ET.XML("""<list>
      <item>1</item> <item>2</item>  <item>3</item>
    </list>""")
    new = ET.XML('<root/>')
    new.extend(t)
    
    # Outputs <root><item>1</item>...</root>
    print ET.tostring(new)
    
  • Novo método Element: iter() produz os filhos do elemento como um gerador. Também é possível escrever for child in elem: para percorrer os filhos de um elemento. O método existente getiterator() agora está descontinuado, assim como getchildren() que constrói e retorna uma lista de filhos.

  • Novo método Element: itertext() produz todos os pedaços de texto que são descendentes do elemento. Por exemplo:

    t = ET.XML("""<list>
      <item>1</item> <item>2</item>  <item>3</item>
    </list>""")
    
    # Outputs ['\n  ', '1', ' ', '2', '  ', '3', '\n']
    print list(t.itertext())
    
  • Descontinuado: usar um elemento como booleano (ou seja, if elem:) retornaria verdadeiro se o elemento tivesse algum filho, ou falso se não houvesse nenhum filho. Este comportamento é confuso – None é falso, mas um elemento sem filhos também o é? – então agora irá acionar um FutureWarning. Em seu código, você deve ser explícito: escreva len(elem) != 0 se estiver interessado no número de filhos, ou elem is not None.

Fredrik Lundh desenvolve ElementTree e produziu a versão 1.3; você pode ler o artigo dele descrevendo 1.3 em https://web.archive.org/web/20200703234532/http://effbot.org/zone/elementtree-13-intro.htm. Florent Xicluna atualizou a versão incluída no Python, após discussões em python-dev e em bpo-6472.)

Alterações à construção e à API C

As alterações no processo de construção do Python e na API C incluem:

  • O uso da versão mais recente do GNU Debugger, GDB 7, pode ser programado usando Python. Quando você começa a depurar um programa executável P, o GDB irá procurar por um arquivo chamado P-gdb.py e lê-lo automaticamente. Dave Malcolm contribuiu com um python-gdb.py que adiciona vários comandos úteis ao depurar o próprio Python. Por exemplo, py-up e py-down sobem ou descem um quadro de pilha Python, que geralmente corresponde a vários quadros de pilha C. py-print imprime o valor de uma variável Python e py-bt imprime o stack trace do Python. (Adicionado como resultado de bpo-8032.)

  • Se você usar o arquivo .gdbinit fornecido com Python, a macro “pyo” na versão 2.7 agora funciona corretamente quando o thread que está sendo depurado não contém o GIL; a macro agora o adquire antes de imprimir. (Contribuição de Victor Stinner; bpo-3632.)

  • Py_AddPendingCall() agora é segura para thread, permitindo que qualquer thread de trabalho envie notificações para o thread principal do Python. Isto é particularmente útil para operações de E/S assíncronas. (Contribuição de Kristján Valur Jónsson; bpo-4293.)

  • Nova função: PyCode_NewEmpty() cria um objeto código vazio; apenas o nome do arquivo, o nome da função e o número da primeira linha são necessários. Isto é útil para módulos de extensão que estão tentando construir uma pilha de traceback mais útil. Anteriormente, essas extensões precisavam chamar PyCode_New(), que tinha muito mais argumentos. (Adição de Jeffrey Yasskin.)

  • Nova função: PyErr_NewExceptionWithDoc() cria uma nova classe de exceção, assim como a PyErr_NewException() existente faz, mas recebe um argumento char * extra contendo a docstring para a nova classe de exceção . (Adição de ‘lekma’ no rastreador de bugs do Python; bpo-7033.)

  • Nova função: PyFrame_GetLineNumber() pega um objeto quadro e retorna o número da linha que o frame está executando atualmente. Anteriormente, o código precisaria obter o índice da instrução de bytecode atualmente em execução e, em seguida, procurar o número da linha correspondente a esse endereço. (Adição de Jeffrey Yasskin.)

  • Novas funções: PyLong_AsLongAndOverflow() e PyLong_AsLongLongAndOverflow() aproxima um inteiro longo do Python como um long ou long long do C. Se o número for muito grande para caber no tipo de saída, um sinalizador overflow será definido e retornado ao chamador. (Contribuição de Case Van Horsen; bpo-7528 e bpo-7767.)

  • Nova função: decorrente da reescrita da conversão string-para-float, uma nova função PyOS_string_to_double() foi adicionada. As antigas funções PyOS_ascii_strtod() e PyOS_ascii_atof() agora foram descontinuadas.

  • New function: PySys_SetArgvEx() sets the value of sys.argv and can optionally update sys.path to include the directory containing the script named by sys.argv[0] depending on the value of an updatepath parameter.

    This function was added to close a security hole for applications that embed Python. The old function, PySys_SetArgv(), would always update sys.path, and sometimes it would add the current directory. This meant that, if you ran an application embedding Python in a directory controlled by someone else, attackers could put a Trojan-horse module in the directory (say, a file named os.py) that your application would then import and run.

    If you maintain a C/C++ application that embeds Python, check whether you’re calling PySys_SetArgv() and carefully consider whether the application should be using PySys_SetArgvEx() with updatepath set to false.

    Problema de segurança relatado como CVE-2008-5983; discutido em bpo-5753, e corrigido por Antoine Pitrou.

  • Novas macros: os arquivos de cabeçalho do Python agora definem as seguintes macros: Py_ISALNUM, Py_ISALPHA, Py_ISDIGIT, Py_ISLOWER, Py_ISSPACE, Py_ISUPPER, Py_ISXDIGIT, Py_TOLOWER e Py_TOUPPER. Todas essas funções são análogas às macros padrão C para classificação de caracteres, mas ignoram a configuração de localidade atual, porque em vários lugares o Python precisa analisar caracteres de maneira independente de localidade. (Adição de Eric Smith; bpo-5793.)

  • Função removida: PyEval_CallObject() agora está disponível apenas como uma macro. Uma versão de função estava sendo mantida para preservar a compatibilidade de links ABI, mas isso foi em 1997; certamente pode ser excluído agora. (Remoção de Antoine Pitrou; bpo-8276.)

  • Novos códigos de formato: as funções PyString_FromFormat(), PyString_FromFormatV() e PyErr_Format() agora aceitam %lld e %llu códigos de formato para exibir os tipos long long de C. (Contribuição de Mark Dickinson; bpo-7228.)

  • A complicada interação entre threads e forks de processos foi alterada. Anteriormente, o processo filho criado por os.fork() pode falhar porque o filho é criado com apenas um único thread em execução, a thread executando os.fork(). Se outros threads estivessem mantendo um bloqueio, como o bloqueio de importação do Python, quando o fork fosse executado, o bloqueio ainda seria marcado como “retido” no novo processo. Mas no processo filho nada liberaria o bloqueio, pois os outros threads não foram replicados e o processo filho não seria mais capaz de realizar importações.

    Python 2.7 adquire o bloqueio de importação antes de executar um os.fork(), e também limpará quaisquer bloqueios criados usando o módulo threading. Módulos de extensão C que possuem bloqueios internos, ou que chamam fork() eles próprios, não se beneficiarão desta limpeza.

    (Correção de Thomas Wouters; bpo-1590864.)

  • A função Py_Finalize() agora chama a função interna threading._shutdown(); isso evita que algumas exceções sejam levantadas quando um interpretador é encerrado. (Patch de Adam Olsen; bpo-1722344.)

  • Ao usar a estrutura PyMemberDef para definir atributos de um tipo, o Python não permitirá mais que você tente excluir ou definir um atributo T_STRING_INPLACE.

  • Símbolos globais definidos pelo módulo ctypes agora são prefixados com Py, ou com _ctypes. (Implementado por Thomas Heller; bpo-3102.)

  • Nova opção de configuração: a opção --with-system-expat permite construir o módulo pyexpat para usar a biblioteca Expat do sistema. (Contribuição de Arfrever Frehtes Taifersar Arahesis; bpo-7609.)

  • Nova opção de configuração: a opção --with-valgrind agora desativará o alocador pymalloc, o que é difícil para o detector de erros de memória Valgrind analisar corretamente. Valgrind será, portanto, melhor na detecção de vazamentos e sobrecargas de memória. (Contribuição de James Henstridge; bpo-2422.)

  • Nova opção de configuração: agora você pode fornecer uma string vazia para --with-dbmliborder= para desabilitar todos os vários módulos DBM. (Adição de Arfrever Frehtes Taifersar Arahesis; bpo-6491.)

  • O script configure agora verifica erros de arredondamento de ponto flutuante em certos chips Intel de 32 bits e define uma definição de preprocessador X87_DOUBLE_ROUNDING. Nenhum código atualmente usa esta definição, mas ela está disponível se alguém desejar usá-la. (Adicionado por Mark Dickinson; bpo-2937.)

    configure agora também define uma variável Makefile LDCXXSHARED para prover suporte à vinculação C++. (Contribuição de Arfrever Frehtes Taifersar Arahesis; bpo-1222585.)

  • O processo de construção agora cria os arquivos necessários para suporte ao pkg-config. (Contribuição de Clinton Roy; bpo-3585.)

  • O processo de construção agora prover suporte ao Subversion 1.7. (Contribuição de Arfrever Frehtes Taifersar Arahesis; bpo-6094.)

Capsules

Python 3.1 adiciona um novo tipo de dados C, PyCapsule, para fornecer uma API C para um módulo de extensão. Uma cápsula é essencialmente o detentor de um ponteiro C void * e é disponibilizada como um atributo de módulo; por exemplo, a API do módulo socket é exposta como socket.CAPI, e unicodedata expõe ucnhash_CAPI. Outras extensões podem importar o módulo, acessar seu dicionário para obter o objeto cápsula e então obter o ponteiro void *, que normalmente apontará para uma matriz de ponteiros para as diversas funções da API do módulo.

Já existe um tipo de dados usado para isso, PyCObject, mas ele não fornece segurança de tipo. Código maligno escrito em Python puro pode causar uma falha de segmentação pegando um PyCObject do módulo A e de alguma forma substituindo-o por PyCObject no módulo B. As cápsulas sabem seu próprio nome , e para obter o ponteiro é necessário fornecer o nome:

void *vtable;

if (!PyCapsule_IsValid(capsule, "mymodule.CAPI") {
        PyErr_SetString(PyExc_ValueError, "argument type invalid");
        return NULL;
}

vtable = PyCapsule_GetPointer(capsule, "mymodule.CAPI");

Você tem certeza de que vtable aponta para o que você espera. Se uma cápsula diferente fosse passada, PyCapsule_IsValid() detectaria o nome incompatível e retornaria falso. Consulte Providing a C API for an Extension Module para mais informações sobre como usar esses objetos.

Python 2.7 agora usa cápsulas internamente para fornecer várias APIs de módulo de extensão, mas o PyCObject_AsVoidPtr() foi modificado para lidar com cápsulas, preservando a compatibilidade em tempo de compilação com a interface PyCObject. O uso de PyCObject_AsVoidPtr() sinalizará uma exceção PendingDeprecationWarning, que é silencioso por padrão.

Implementado em Python 3.1 e portado para 2.7 por Larry Hastings; discutido em bpo-5630.

Alterações específicas da porta: Windows

Alterações específicas da porta: Mac OS X

  • O caminho /Library/Python/2.7/site-packages agora é anexado a sys.path, para compartilhar pacotes adicionados entre a instalação do sistema e uma cópia da mesma versão instalada pelo usuário. (Alteração de Ronald Oussoren; bpo-4865.)

    Alterado na versão 2.7.13: A partir da versão 2.7.13, esta alteração foi removida. /Library/Python/2.7/site-packages, o diretório site-packages usado pelo sistema Python 2.7 fornecido pela Apple não é mais anexado a sys.path para Pythons instalados pelo usuário, como do Instaladores do python.org. A partir do macOS 10.12, a Apple mudou a forma como o diretório site-packages do sistema é configurado, o que pode causar falha na instalação de componentes pip, como setuptools. Os pacotes instalados para o sistema Python não serão mais compartilhados com Pythons instalados pelo usuário. ( bpo-28440)

Alterações específicas da porta: FreeBSD

  • Constante SO_SETFIB do FreeBSD 7.1, usada com os métodos getsockopt() e setsockopt() do socket() para selecionar uma tabela de roteamento alternativa, agora está disponível no módulo socket. (Adição de Kyle VanderBeek; bpo-8235.)

Outras alterações e correções

  • Dois scripts de benchmark, iobench e ccbench, foram adicionados ao diretório Tools. iobench mede a velocidade dos objetos embutidos de E/S de arquivo retornados por open() durante a execução de várias operações, e ccbench é um benchmark de simultaneidade que tenta medir o rendimento da computação, latência de comutação de threads e largura de banda de processamento de E/S ao executar diversas tarefas usando um número variável de threads.

  • O script Tools/i18n/msgfmt.py agora entende formas plurais em arquivos .po. (Correção de Martin von Löwis; bpo-5464.)

  • Ao importar um módulo de um arquivo .pyc ou .pyo com uma contraparte .py existente, os atributos co_filename dos objetos código resultantes são substituídos quando o nome do arquivo original fica obsoleto. Isso pode acontecer se o arquivo tiver sido renomeado, movido ou acessado por caminhos diferentes. (Patch de Ziga Seilnacht e Jean-Paul Calderone; bpo-1180193.)

  • O script regrtest.py agora usa uma opção --randseed= que recebe um número inteiro que será usado como semente aleatória para a opção -r que executa testes em ordem aleatória. A opção -r também informa a semente que foi usada (Adição de Collin Winter.)

  • Outra opção regrtest.py é -j, que recebe um número inteiro especificando quantos testes são executados em paralelo. Isto permite reduzir o tempo total de execução em máquinas com vários núcleos. Esta opção é compatível com várias outras opções, incluindo a opção -R que é conhecida por produzir longos tempos de execução. (Adicionado por Antoine Pitrou, bpo-6152.) Isso também pode ser usado com uma nova opção -F que executa testes selecionados em um loop até que eles falhem. (Adição de Antoine Pitrou; bpo-7312.)

  • Quando executado como um script, o módulo py_compile.py agora aceita '-' como argumento, que lerá a entrada padrão para a lista de nomes de arquivos a serem compilados. (Contribuição de Piotr Ożarowski; bpo-8233.)

Portando para Python 2.7

Esta seção lista as alterações descritas anteriormente e outras correções de bugs que podem exigir alterações em seu código:

  • A função range() processa seus argumentos de forma mais consistente; agora ele chamará __int__() em argumentos que não são ponto flutuantes nem inteiros que são fornecidos a ele. (Correção de Alexander Belopolsky; bpo-1533.)

  • O método string format() alterou a precisão padrão usada para números de ponto flutuante e complexos de 6 casas decimais para 12, o que corresponde à precisão usada por str(). (Alteração de Eric Smith; bpo-5920.)

  • Por causa de uma otimização para a instrução with, os métodos especiais __enter__() e __exit__() devem pertencer ao tipo do objeto e não podem ser diretamente anexados ao instância do objeto. Isto afeta classes de novo estilo (derivadas de object) e tipos de extensão C. (bpo-6101.)

  • Devido a um bug no Python 2.6, o parâmetro exc_value para os métodos __exit__() era frequentemente a representação de string da exceção, não uma instância. Isso foi corrigido na versão 2.7, então exc_value será uma instância conforme esperado. (Correção de Florent Xicluna; bpo-7853.)

  • Quando um conjunto restrito de atributos foi definido usando __slots__, excluir um atributo não definido não levantaria AttributeError como seria de esperar. Correção de Benjamin Peterson; bpo-7604.)

Na biblioteca padrão:

  • Operações com instâncias datetime que resultaram em um ano fora do intervalo suportado nem sempre levantam OverflowError. Esses erros agora são verificados com mais cuidado e irão levantar a exceção. (Relato de Mark Leander, patch de Anand B. Pillai e Alexander Belopolsky; bpo-7150.)

  • Ao usar instâncias Decimal com o método format() de uma string, o alinhamento padrão era anteriormente o alinhamento à esquerda. Isso foi alterado para alinhamento à direita, o que pode alterar a saída dos seus programas. (Alteração de Mark Dickinson; bpo-6857.)

    Comparações envolvendo um valor NaN de sinalização (ou sNAN) agora sinalizam InvalidOperation em vez de retornar silenciosamente um valor verdadeiro ou falso dependendo do operador de comparação. Valores silenciosos de NaN (ou NaN) agora são hasheáveis. (Corrigido por Mark Dickinson; bpo-7279.)

  • A biblioteca xml.etree.ElementTree não escapa mais os caracteres de e-comercial e colchetes angulares ao gerar uma instrução de processamento XML (que se parece com <?xml-stylesheet href="#style1"?>) ou comentário ( que se parece com <!-- comment -->). (Patch de Neil Muller; bpo-2746.)

  • O método readline() dos objetos StringIO agora não faz nada quando um comprimento negativo é solicitado, como fazem outros objetos arquivo ou similar. (bpo-7348).

  • O módulo syslog agora usará o valor de sys.argv[0] como identificador em vez do valor padrão anterior de 'python'. (Alteração de Sean Reifschneider; bpo-8451.)

  • O tratamento de erros padrão do módulo tarfile foi alterado, para não mais suprimir erros fatais. O nível de erro padrão era anteriormente 0, o que significava que os erros resultariam apenas na gravação de uma mensagem no log de depuração, mas como o log de depuração não está ativado por padrão, esses erros passam despercebidos. O nível de erro padrão agora é 1, o que levanta uma exceção se houver um erro. (Alteração de Lars Gustäbel; bpo-7357.)

  • A função urlsplit() do módulo urlparse agora lida com esquemas de URL desconhecidos de uma forma compatível com RFC 3986: se a URL estiver no formato "<alguma_coisa>://...", o texto antes de :// é tratado como o esquema, mesmo que seja um esquema inventado que o módulo não conhece. Essa alteração pode quebrar o código que contornava o comportamento antigo. Por exemplo, Python 2.6.4 ou 2.5 retornará o seguinte:

    >>> import urlparse
    >>> urlparse.urlsplit('invented://host/filename?query')
    ('invented', '', '//host/filename?query', '', '')
    

    Python 2.7 (e Python 2.6.5) vai retornar:

    >>> import urlparse
    >>> urlparse.urlsplit('invented://host/filename?query')
    ('invented', 'host', '/filename?query', '', '')
    

    (Na verdade, o Python 2.7 produz uma saída ligeiramente diferente, pois retorna uma tupla nomeada em vez de uma tupla padrão.)

Para extensões C:

  • Extensões C que usam códigos de formato inteiro com a família de funções PyArg_Parse* agora levantarão uma exceção TypeError em vez de disparar uma DeprecationWarning (bpo-5080).

  • Use a nova função PyOS_string_to_double() em vez das antigas funções PyOS_ascii_strtod() e PyOS_ascii_atof(), que agora estão descontinuadas.

Para aplicações que incorporam Python:

  • The PySys_SetArgvEx() function was added, letting applications close a security hole when the existing PySys_SetArgv() function was used. Check whether you’re calling PySys_SetArgv() and carefully consider whether the application should be using PySys_SetArgvEx() with updatepath set to false.

Novos recursos adicionados às versões de manutenção do Python 2.7

Novos recursos podem ser adicionados às versões de manutenção do Python 2.7 quando a situação realmente exigir. Quaisquer adições devem passar pelo processo de proposta de melhoria do Python, ou em inglês Python Enhancement Proposal – PEP, e apresentar um argumento convincente sobre por que não podem ser abordadas adequadamente adicionando o novo recurso apenas ao Python 3 ou publicando-o no Python Package Index.

Além das propostas específicas listadas abaixo, há uma isenção geral que permite que novos avisos -3 sejam adicionados em qualquer versão de manutenção do Python 2.7.

Duas novas variáveis de ambiente para modo de depuração

No modo de depuração, a estatística [xxx refs] não é escrita por padrão, a variável de ambiente PYTHONSHOWREFCOUNT agora também deve ser definida. (Contribuição de Victor Stinner; bpo-31733.)

Quando Python é compilado com COUNT_ALLOC definido, as contagens de alocação não são mais despejadas por padrão: a variável de ambiente PYTHONSHOWALLOCCOUNT agora também deve ser definida. Além disso, as contagens de alocação agora são despejadas no stderr, em vez do stdout. (Contribuição de Victor Stinner; bpo-31692.)

Adicionado na versão 2.7.15.

PEP 434: Exceção de aprimoramento do IDLE para todos os branches

PEP 434 descreve uma isenção geral para alterações feitas no ambiente de desenvolvimento IDLE enviado junto com o Python. Esta isenção permite que os desenvolvedores de IDLE forneçam uma experiência de usuário mais consistente em todas as versões suportadas do Python 2 e 3.

Para obter detalhes sobre quaisquer alterações do IDLE, consulte o arquivo NEWS da versão específica.

PEP 466: Aprimoramentos de segurança de rede do Python 2.7

PEP 466 descreve uma série de propostas de melhoria de segurança de rede que foram aprovadas para inclusão nas versões de manutenção do Python 2.7, com a primeira dessas mudanças aparecendo na versão Python 2.7.7.

Recursos relacionados a PEP 466 adicionados no Python 2.7.7:

  • hmac.compare_digest() foi portado do Python 3 para disponibilizar uma operação de comparação resistente a ataques de tempo para aplicações em Python 2. (Contribuição de Alex Gaynor; bpo-21306.)

  • OpenSSL 1.0.1g foi atualizado nos instaladores oficiais do Windows publicados em python.org. (Contribuição de Zachary Ware; bpo-21462.)

Recursos relacionados a PEP 466 adicionados no Python 2.7.8:

  • hashlib.pbkdf2_hmac() foi portado do Python 3 para tornar um algoritmo de hash adequado para armazenamento seguro de senhas amplamente disponível para aplicações Python 2. (Contribuição de Alex Gaynor; bpo-21304.)

  • OpenSSL 1.0.1h foi atualizado para os instaladores oficiais do Windows publicados em python.org. (Contribuição de Zachary Ware em bpo-21671 para CVE-2014-0224.)

Recursos relacionados a PEP 466 adicionados no Python 2.7.9:

  • A maior parte do módulo ssl do Python 3.4 foi portada. Isso significa que ssl agora provê suporte a indicar de nome de servidor, configurações TLS1.x, acesso ao armazenamento de certificados da plataforma, a classe SSLContext e outros recursos. (Contribuição de Alex Gaynor e David Reid; bpo-21308.)

    Consulte as notas “Versão adicionada: 2.7.9” na documentação do módulo para obter detalhes específicos.

  • os.urandom() foi alterado para armazenar em cache um descritor de arquivo para /dev/urandom em vez de reabrir /dev/urandom em cada chamada. (Contribuição de Alex Gaynor; bpo-21305.)

  • hashlib.algorithms_guaranteed e hashlib.algorithms_available foram portados do Python 3 para tornar mais fácil para os aplicações Python 2 selecionarem o algoritmo de hash mais forte disponível. (Contribuição de Alex Gaynor em bpo-21307)

PEP 477: Backport do ensurepip (PEP 453) para o Python 2.7

A PEP 477 aprova a inclusão do módulo ensurepip do PEP 453 e da documentação aprimorada que foi habilitada por ele nas versões de manutenção do Python 2.7, aparecendo primeiro na versão Python 2.7.9.

Inicializando pip por padrão

O novo módulo ensurepip (definido em PEP 453) fornece um mecanismo padrão de plataforma cruzada para inicializar o instalador pip em instalações Python. A versão do pip incluída no Python 2.7.9 é pip 1.5.6, e futuras versões de manutenção 2.7.x atualizarão a versão empacotada para a versão mais recente do pip que está disponível em o momento da criação do candidato a lançamento.

Por padrão, os comandos pip, pipX e pipX.Y serão instalados em todas as plataformas (onde X.Y representa a versão da instalação do Python), junto com o pacote Python via pip e suas dependências.

Para construções de fontes do CPython em sistemas POSIX, os comandos make install e make altinstall não inicializam pip por padrão. Este comportamento pode ser controlado através de opções de configuração e substituído através de opções do Makefile.

No Windows e Mac OS X, os instaladores do CPython agora instalam o pip junto com o próprio CPython (os usuários podem optar por não instalá-lo durante o processo de instalação). Os usuários do Windows precisarão optar pelas modificações automáticas do PATH para ter o pip disponível na linha de comando por padrão, caso contrário ele ainda poderá ser acessado através do iniciador Python para Windows como py -m pip.

Como discutido na PEP, os empacotadores de plataforma podem optar por não instalar estes comandos por padrão, desde que, quando invocados, forneçam instruções claras e simples sobre como instalá-los naquela plataforma (geralmente usando o gerenciador de pacotes do sistema). .

Mudanças na documentação

Como parte desta mudança, as seções Instalando módulos Python e Distribuindo módulos Python da documentação foram completamente redesenhadas como breves documentos de introdução e FAQ. A maior parte da documentação de empacotamento agora foi transferida para o Python Packaging Authority, mantido no Guia de Usuário para Empacotamento de Python e na documentação dos projetos individuais.

No entanto, como esta migração ainda está incompleta, as versões legadas desses guias permanecem disponíveis como Construindo extensões C e C ++ com setuptools e Construindo extensões C e C ++ com setuptools.

Ver também

PEP 453 – Inicialização explícita do pip em instalações Python

PEP escrita por Donald Stufft e Nick Coghlan, implementada por Donald Stufft, Nick Coghlan, Martin von Löwis e Ned Deily.

PEP 476: Habilitando verificação de certificado por padrão para clientes http stdlib

PEP 476 atualizou httplib e módulos que o utilizam, como urllib2 e xmlrpclib, para agora verificar se o servidor apresenta um certificado que é assinado por uma Autoridade Certificadora no armazenamento confiável da plataforma e cujo nome de host corresponde ao nome de host solicitado por padrão, melhorando significativamente a segurança para muitas aplicações. Essa alteração foi feita na versão 2.7.9 do Python.

Para aplicações que exigem o antigo comportamento anterior, eles podem passar um contexto alternativo:

import urllib2
import ssl

# This disables all verification
context = ssl._create_unverified_context()

# This allows using a specific certificate for the host, which doesn't need
# to be in the trust store
context = ssl.create_default_context(cafile="/path/to/file.crt")

urllib2.urlopen("https://invalid-cert", context=context)

PEP 493: Ferramentas de migração de verificação HTTPS para Python 2.7

PEP 493 fornece ferramentas de migração adicionais para provê um processo de atualização de infraestrutura mais incremental para ambientes contendo aplicações e serviços que dependem do processamento historicamente permissivo de certificados de servidor ao estabelecer conexões HTTPS de clientes. Essas adições foram feitas na versão 2.7.12 do Python.

Estas ferramentas destinam-se a ser utilizadas em casos em que as aplicações e serviços afetados não podem ser modificados para passar explicitamente um contexto SSL mais permissivo ao estabelecer a ligação.

Para aplicações e serviços que não podem ser modificados, a nova variável de ambiente PYTHONHTTPSVERIFY pode ser definida como 0 para reverter todo um processo Python de volta ao comportamento permissivo padrão do Python 2.7.8 e anteriores.

Para casos em que o código de estabelecimento da conexão não pode ser modificado, mas a aplicação geral pode, a nova função ssl._https_verify_certificates() pode ser usada para ajustar o comportamento padrão em tempo de execução.

Novo alvo de construção make regen-all

Para simplificar a compilação cruzada e garantir que o CPython possa ser compilado de forma confiável sem exigir que uma versão existente do Python já esteja disponível, o sistema de construção baseado em autotools não tenta mais recompilar implicitamente os arquivos gerados com base nos tempos de modificação dos arquivos.

Em vez disso, um novo comando make regen-all foi adicionado para forçar a regeneração desses arquivos quando desejado (por exemplo, após uma versão inicial do Python já ter sido construída com base nas versões pré-geradas).

Alvos de regeneração mais seletivos também são definidos – veja Makefile.pre.in para detalhes.

(Contribuição de Victor Stinner em bpo-23404.)

Adicionado na versão 2.7.14.

Remoção do alvo de construção make touch

O alvo de construção make touch usado anteriormente para solicitar regeneração implícita de arquivos gerados atualizando seus tempos de modificação foi removido.

Ele foi substituído pelo novo alvo make regen-all.

(Contribuição de Victor Stinner em bpo-23404.)

Alterado na versão 2.7.14.

Reconhecimentos

O autor gostaria de agradecer às seguintes pessoas por oferecerem sugestões, correções e assistência com vários rascunhos deste artigo: Nick Coghlan, Philip Jenvey, Ryan Lovett, R. David Murray, Hugh Secker-Walker.