Funções embutidas

O interpretador do Python possui várias funções e tipos embutidos que sempre estão disponíveis. A seguir listamos todas as funções em ordem alfabética.

Funções embutidas

abs(x)

Retorna o valor absoluto de um número. O argumento pode ser um inteiro, um número de ponto flutuante ou um objeto implementando __abs__(). Se o argumento é um número complexo, sua magnitude é retornada.

aiter(async_iterable)

Retorna um iterador assíncrono para um iterável assíncrono. Equivalente a chamar x.__aiter__().

Nota: Ao contrário de iter(), aiter() não tem uma variante de 2 argumentos.

Adicionado na versão 3.10.

all(iterable)

Retorna True se todos os elementos de iterable são verdadeiros (ou se iterable estiver vazio). Equivalente a:

def all(iterable):
    for elemento in iterable:
        if not elemento:
            return False
    return True
awaitable anext(async_iterator)
awaitable anext(async_iterator, default)

Quando aguardado, retorna o próximo item do iterador assíncrono fornecido, ou default se fornecido e o iterador for esgotado.

Esta é a variante assíncrona do next() embutido, e se comporta de forma semelhante.

Isso chama o método __anext__() de async_iterator, retornando um aguardável. Ao aguardar isso, retorna o próximo valor do iterador. Se default for fornecido, ele será retornado se o iterador for esgotado, caso contrário, a exceção StopAsyncIteration será levantada.

Adicionado na versão 3.10.

any(iterable)

Retorna True se algum elemento de iterable for verdadeiro. Se iterable estiver vazio, retorna False. Equivalente a:

def any(iterable):
    for elemento in iterable:
        if elemento:
            return True
    return False
ascii(object)

Como repr(), retorna uma string contendo uma representação imprimível de um objeto, mas faz escape de caracteres não-ASCII na string retornada por repr() usando sequências de escapes \x, \u ou \U. Isto gera uma string similar ao que é retornado por repr() no Python 2.

bin(x)

Converte um número inteiro para uma string de binários prefixada com “0b”. O resultado é uma expressão Python válida. Se x não é um objeto Python int, ele tem que definir um método __index__() que devolve um inteiro. Alguns exemplos:

>>> bin(3)
'0b11'
>>> bin(-10)
'-0b1010'

Se o prefixo “0b” é desejado ou não, você pode usar uma das seguintes maneiras.

>>> format(14, '#b'), format(14, 'b')
('0b1110', '1110')
>>> f'{14:#b}', f'{14:b}'
('0b1110', '1110')

Veja também format() para mais informações.

class bool(object=False, /)

Retorna um valor Booleano, isto é, True ou False. O argumento é convertido usando o procedimento de teste de verdade padrão. Se o argumento for falso ou foi omitido, isso retorna False; senão True. A classe bool é uma subclasse de int (veja Tipos numéricos — int, float, complex). Ela não pode ser usada para criar outra subclasse. Suas únicas instâncias são False e True (veja Tipo booleano - bool).

Alterado na versão 3.7: O parâmetro agora é somente-posicional

breakpoint(*args, **kws)

Esta função coloca você no depurador no local da chamada. Especificamente, ela chama sys.breakpointhook(), passando args e kws diretamente. Por padrão, sys.breakpointhook() chama pdb.set_trace() não esperando nenhum argumento. Neste caso, isso é puramente uma função de conveniência para você não precisar importar pdb explicitamente ou digitar mais código para entrar no depurador. Contudo, sys.breakpointhook() pode ser configurado para alguma outra função e breakpoint() irá automaticamente chamá-la, permitindo você ir para o depurador de sua escolha. Se sys.breakpointhook() não estiver acessível, esta função vai levantar RuntimeError.

Por padrão, o comportamento de breakpoint() pode ser alterado com a variável de ambiente PYTHONBREAKPOINT. Veja sys.breakpointhook() para detalhes de uso.

Observe que isso não é garantido se sys.breakpointhook() tiver sido substituído.

Levanta um evento de auditoria builtins.breakpoint com o argumento breakpointhook.

Adicionado na versão 3.7.

class bytearray(source=b'')
class bytearray(source, encoding)
class bytearray(source, encoding, errors)

Retorna um novo vetor de bytes. A classe bytearray é uma sequência mutável de inteiros no intervalo 0 <= x < 256. Ela tem a maior parte dos métodos mais comuns de sequências mutáveis, descritas em Tipos sequências mutáveis, assim como a maior parte dos métodos que o tipo bytes tem, veja Operações com Bytes e Bytearray.

O parâmetro opcional source pode ser usado para inicializar o vetor de algumas maneiras diferentes:

  • Se é uma string, você deve informar o parâmetro encoding (e opcionalmente, errors); bytearray() então converte a string para bytes usando str.encode().

  • Se é um inteiro, o vetor terá esse tamanho e será inicializado com bytes nulos.

  • Se é um objeto em conformidade com a interface de buffer, um buffer somente leitura do objeto será usado para inicializar o vetor de bytes.

  • Se é um iterável, deve ser um iterável de inteiros no intervalo 0 <= x < 256, que serão usados como o conteúdo inicial do vetor.

Sem nenhum argumento, um vetor de tamanho 0 é criado.

Veja também Tipos de sequência binária — bytes, bytearray, memoryview e Objetos Bytearray.

class bytes(source=b'')
class bytes(source, encoding)
class bytes(source, encoding, errors)

Retorna um novo objeto “bytes” que é uma sequência imutável de inteiros no intervalo 0 <= x < 256. bytes é uma versão imutável de bytearray – tem os mesmos métodos de objetos imutáveis e o mesmo comportamento de índices e fatiamento.

Consequentemente, argumentos do construtor são interpretados como os de bytearray().

Objetos bytes também podem ser criados com literais, veja Literais de string e bytes.

Veja também Tipos de sequência binária — bytes, bytearray, memoryview, Objetos bytes, e Operações com Bytes e Bytearray.

callable(object)

Retorna True se o argumento object parece ser chamável, False caso contrário. Se retorna True, ainda é possível que a chamada falhe, mas se é False, chamar object nunca será bem sucedido. Note que classes são chamáveis (chamar uma classe devolve uma nova instância); instâncias são chamáveis se suas classes possuem um método __call__().

Adicionado na versão 3.2: Esta função foi removida na versão 3.0, mas retornou no Python 3.2.

chr(i)

Retorna o caractere que é apontado pelo inteiro i no código Unicode. Por exemplo, chr(97) retorna a string 'a', enquanto chr(8364) retorna a string '€'. É o inverso de ord().

O intervalo válido para o argumento vai de 0 até 1.114.111 (0x10FFFF na base 16). Será lançada uma exceção ValueError se i estiver fora desse intervalo.

@classmethod

Transforma um método em um método de classe.

Um método de classe recebe a classe como um primeiro argumento implícito, exatamente como um método de instância recebe a instância. Para declarar um método de classe, faça dessa forma:

class C:
    @classmethod
    def f(cls, arg1, arg2): ...

O termo @classmethod é uma função decoradora – veja Definições de função para detalhes.

Um método de classe pode ser chamado tanto da classe (como em C.f()) quanto da instância (como em C().f()). A instância é ignorada, exceto por sua classe. Se um método de classe é chamado por uma classe derivada, o objeto da classe derivada é passado como primeiro argumento implícito.

Métodos de classe são diferentes de métodos estáticos em C++ ou Java. Se você quer saber desses, veja staticmethod() nesta seção. Para mais informações sobre métodos de classe, consulte A hierarquia de tipos padrão.

Alterado na versão 3.9: Métodos de classe agora podem envolver outros descritores tal como property().

Alterado na versão 3.10: Métodos de classe agora herdam os atributos do método (__module__, __name__, __qualname__, __doc__ e __annotations__) e têm um novo atributo __wrapped__.

Deprecated since version 3.11, removed in version 3.13: Métodos de classe não podem mais envolver outros descritores tal como property().

compile(source, filename, mode, flags=0, dont_inherit=False, optimize=-1)

Compila o argumento source em código ou objeto AST. Objetos código podem ser executados por exec() ou eval(). source pode ser uma string normal, uma string byte, ou um objeto AST. Consulte a documentação do módulo ast para saber como trabalhar com objetos AST.

O argumento filename deve ser o arquivo de onde o código será lido; passe algum valor reconhecível se isso não foi lido de um arquivo ('<string>' é comumente usado).

O argumento mode especifica qual o tipo de código deve ser compilado; pode ser 'exec' se source consiste em uma sequência de instruções, 'eval' se consiste de uma única expressão, ou 'single' se consiste de uma única instrução interativa (neste último caso, instruções que são avaliadas para alguma coisa diferente de None serão exibidas).

Os argumentos opcionais flags e dont_inherit controlam quais opções do compilador devem ser ativadas e quais recursos futuros devem ser permitidos. Se nenhum estiver presente (ou ambos forem zero), o código é compilado com os mesmos sinalizadores que afetam o código que está chamando compile(). Se o argumento flags for fornecido e dont_inherit não for (ou for zero), as opções do compilador e as instruções futuras especificadas pelo argumento flags são usadas além daquelas que seriam usadas de qualquer maneira. Se dont_inherit for um inteiro diferente de zero, então o argumento flags é – os sinalizadores (recursos futuros e opções do compilador) no código circundante são ignorados.

Opções de compilador e instruções futuras são especificadas por bits, assim pode ocorrer uma operação OU bit a bit para especificar múltiplas instruções. O sinalizador necessário para especificar um dado recurso futuro pode ser encontrado no atributo compiler_flag na instância _Feature do módulo __future__. Sinalizadores de compilador podem ser encontrados no módulo ast, com o prefixo PyCF_.

O argumento optimize especifica o nível de otimização do compilador; o valor padrão de -1 seleciona o nível de otimização do interpretador dado pela opção -O. Níveis explícitos são 0 (nenhuma otimização; __debug__ é verdadeiro), 1 (instruções assert são removidas, __debug__ é falso) ou 2 (strings de documentação também são removidas).

Essa função levanta SyntaxError se o código para compilar é inválido, e ValueError se o código contém bytes nulos.

Se você quer analisar código Python em sua representação AST, veja ast.parse().

Levanta um evento de auditoria compile com os argumentos source, filename. Esse evento pode também ser levantando por uma compilação implícita.

Nota

Quando compilando uma string com código multi-linhas em modo 'single' ou 'eval', entrada deve ser terminada por ao menos um caractere de nova linhas. Isso é para facilitar a detecção de instruções completas e incompletas no módulo code.

Aviso

É possível quebrar o interpretador Python com uma string suficientemente grande/complexa ao compilar para um objeto AST, devido limitações do tamanho da pilha no compilador AST do Python.

Alterado na versão 3.2: Permitido o uso de marcadores de novas linhas no estilo Windows e Mac. Além disso, em modo 'exec' a entrada não precisa mais terminar com uma nova linha. Também foi adicionado o parâmetro optimize.

Alterado na versão 3.5: Anteriormente, TypeError era levantada quando havia bytes nulos em source.

Adicionado na versão 3.8: ast.PyCF_ALLOW_TOP_LEVEL_AWAIT agora pode ser passado em flags para habilitar o suporte em nível superior a await, async for, e async with.

class complex(number=0, /)
class complex(string, /)
class complex(real=0, imag=0)

Converte uma única string ou número para um número complexo, ou cria um número complexo a partir de partes real e imaginária.

Exemplos:

>>> complex('+1.23')
(1.23+0j)
>>> complex('-4.5j')
-4.5j
>>> complex('-1.23+4.5j')
(-1.23+4.5j)
>>> complex('\t( -1.23+4.5J )\n')
(-1.23+4.5j)
>>> complex('-Infinity+NaNj')
(-inf+nanj)
>>> complex(1.23)
(1.23+0j)
>>> complex(imag=-4.5)
-4.5j
>>> complex(-1.23, 4.5)
(-1.23+4.5j)

Se o argumento for uma string, ele deve conter ou a parte real (com o mesmo formato usado em float()) ou uma parte imaginária (com o mesmo formato, mas com um sufixo 'j' ou 'J'), ou então ambas as partes real e imaginária (caso no qual o sinal da parte imaginária é obrigatório). A string pode opcionalmente ser cercada por espaços em branco e parênteses '(' e ')', que são ignorados. A string não deve conter espaços em branco entre os símbolos '+', '-', o sufixo 'j' ou 'J', e o número decimal. Por examplo, complex('1+2j') é ok, mas complex('1 + 2j') levanta ValueError. Mais precisamente, após descartar os parênteses e os espaços em branco do início e do final, a entrada deve ser conforme a regra de produção complexvalue da gramática a seguir:

complexvalue ::=  floatvalue |
                  floatvalue ("j" | "J") |
                  floatvalue sign absfloatvalue ("j" | "J")

Se o argumento for um número, o construtor serve como uma conversão numérica tal qual int e float. Para um objeto Python x qualquer, complex(x) delega para x.__complex__(). Se __complex__() não está definido então a chamada é repassada para __float__(). Se __float__() não está definido então a chamada é, novamente, repassada para __index__().

Se dois argumentos forem passados ou argumentos nomeados forem usados, cada argumento pode ser de qualquer tipo numérico (incluindo complexo). Se ambos argumentos forem números reais, é retornado um número complexo com real como parte real e imag como parte imaginária. Se ambos os argumentos forem números complexos, é retornado um número complexo com parte real real.real-imag.imag e parte imaginária real.imag+imag.real. Se um dos argumentos for um número real, somente a sua parte real é usada nas expressões anteriores.

See also complex.from_number() which only accepts a single numeric argument.

Se todos os argumentos forem omitidos, retorna 0j.

O tipo complexo está descrito em Tipos numéricos — int, float, complex.

Alterado na versão 3.6: Agrupar dígitos com sublinhados como em literais de código é permitido.

Alterado na versão 3.8: Chamadas para __index__() se __complex__() e __float__() não estão definidas.

Obsoleto desde a versão 3.14: Passing a complex number as the real or imag argument is now deprecated; it should only be passed as a single positional argument.

delattr(object, name)

Essa função está relacionada com setattr(). Os argumentos são um objeto e uma string. A string deve ser o nome de um dos atributos do objeto. A função remove o atributo indicado, desde que o objeto permita. Por exemplo, delattr(x, 'foobar') é equivalente a del x.foobar. name não precisa ser um identificador Python (veja setattr()).

class dict(**kwarg)
class dict(mapping, **kwarg)
class dict(iterable, **kwarg)

Cria um novo dicionário. O objeto dict é a classe do dicionário. Veja dict e Tipo mapeamento — dict para documentação sobre esta classe.

Para outros contêineres, consulte as classes embutidas list, set e tuple, bem como o módulo collections.

dir()
dir(object)

Sem argumentos, devolve a lista de nomes no escopo local atual. Com um argumento, tentará devolver uma lista de atributos válidos para esse objeto.

Se o objeto tiver um método chamado __dir__(), esse método será chamado e deve devolver a lista de atributos. Isso permite que objetos que implementam uma função personalizada __getattr__() ou __getattribute__() personalizem a maneira como dir() relata seus atributos.

Se o objeto não fornecer __dir__(), a função tentará o melhor possível para coletar informações do atributo __dict__ do objeto, se definido, e do seu objeto de tipo. A lista resultante não está necessariamente completa e pode ser imprecisa quando o objeto possui um __getattr__() personalizado.

O mecanismo padrão dir() se comporta de maneira diferente com diferentes tipos de objetos, pois tenta produzir as informações mais relevantes e não completas:

  • Se o objeto for um objeto de módulo, a lista conterá os nomes dos atributos do módulo.

  • Se o objeto for um objeto de tipo ou classe, a lista conterá os nomes de seus atributos e recursivamente os atributos de suas bases.

  • Caso contrário, a lista conterá os nomes dos atributos do objeto, os nomes dos atributos da classe e recursivamente os atributos das classes base da classe.

A lista resultante é alfabeticamente ordenada. Por exemplo:

>>> import struct
>>> dir()   # show the names in the module namespace  
['__builtins__', '__name__', 'struct']
>>> dir(struct)   # show the names in the struct module 
['Struct', '__all__', '__builtins__', '__cached__', '__doc__', '__file__',
 '__initializing__', '__loader__', '__name__', '__package__',
 '_clearcache', 'calcsize', 'error', 'pack', 'pack_into',
 'unpack', 'unpack_from']
>>> class Shape:
...     def __dir__(self):
...         return ['area', 'perimeter', 'location']
...
>>> s = Shape()
>>> dir(s)
['area', 'location', 'perimeter']

Nota

Como dir() é fornecido principalmente como uma conveniência para uso em um prompt interativo, ele tenta fornecer um conjunto interessante de nomes mais do que tenta fornecer um conjunto de nomes definido de forma rigorosa ou consistente, e seu comportamento detalhado pode mudar nos lançamentos. Por exemplo, os atributos de metaclasse não estão na lista de resultados quando o argumento é uma classe.

divmod(a, b)

Recebe dois números (não complexos) como argumentos e retorna um par de números que consiste em seu quociente e resto ao usar a divisão inteira. Com tipos de operandos mistos, as regras para operadores aritméticos binários se aplicam. Para números inteiros, o resultado é o mesmo que (a // b, a % b). Para números de ponto flutuante, o resultado é (q, a % b), onde q geralmente é math.floor(a / b), mas pode ser 1 a menos que isso. Em qualquer caso, q * b + a % b está muito próximo de a, se a % b é diferente de zero, tem o mesmo sinal que b e 0 <= abs(a % b) < abs(b).

enumerate(iterable, start=0)

Devolve um objeto enumerado. iterable deve ser uma sequência, um iterador ou algum outro objeto que suporte a iteração. O método __next__() do iterador retornado por enumerate() devolve uma tupla contendo uma contagem (a partir de start, cujo padrão é 0) e os valores obtidos na iteração sobre iterable.

>>> seasons = ['Spring', 'Summer', 'Fall', 'Winter']
>>> list(enumerate(seasons))
[(0, 'Spring'), (1, 'Summer'), (2, 'Fall'), (3, 'Winter')]
>>> list(enumerate(seasons, start=1))
[(1, 'Spring'), (2, 'Summer'), (3, 'Fall'), (4, 'Winter')]

Equivalente a:

def enumerate(iterable, start=0):
    n = start
    for elem in iterable:
        yield n, elem
        n += 1
eval(source, /, globals=None, locals=None)
Parâmetros:
  • source (str | code object) – Uma expressão Python.

  • globals (dict | None) – O espaço de nomes global (por padrão, None).

  • locals (mapping | None) – O espaço de nomes local (por padrão, None).

Retorna:

O resultado da expressão avaliada.

levanta:

Erros de sintaxe são reportados como exceções.

Aviso

Esta função executa código arbitrário. Chamá-la com entrada fornecida pelo usuário pode levar a vulnerabilidades de segurança.

O argumento expression é analisado e avaliado como uma expressão Python (tecnicamente falando, uma lista de condições) usando os mapeamentos globals e locals como espaços de nomes globais e locais. Se o dicionário globals estiver presente e não contiver um valor para a chave __builtins__, uma referência ao dicionário do módulo embutido builtins será inserida sob essa chave antes de expression ser analisado. Dessa forma, você pode controlar quais funções embutidas estão disponíveis para o código executado inserindo seu próprio dicionário __builtins__ em globals antes de passá-lo para eval(). Se o mapeamento locals for omitido, o padrão será o dicionário globals. Se os dois mapeamentos forem omitidos, a expressão será executada com os globals e locals no ambiente em que eval() é chamado. Observe que eval() terá acesso a escopos aninhados (não locais) no ambiente anexo somente se eles já forem referenciados pelo escopo que está chamando eval() (por exemplo, via uma instrução nonlocal).

Exemplo:

>>> x = 1
>>> eval('x+1')
2

Esta função também pode ser usada para executar objetos código arbitrários (como os criados por compile()). Nesse caso, passe um objeto código em vez de uma string. Se o objeto código foi compilado com 'exec' como o argumento mode, o valor de retorno de eval() será None.

Dicas: a execução dinâmica de instruções é suportada pela função exec(). As funções globals() e locals() retornam o dicionário global e local atual, respectivamente, o que pode ser útil para ser usado por eval() ou exec().

Se a fonte fornecida for uma string, os espaços e tabulações à esquerda ou à direita serão removidos.

Veja ast.literal_eval() para uma função que pode avaliar com segurança strings com expressões contendo apenas literais.

Levanta um evento de auditoria exec com o código objeto como argumento. Eventos de compilação de código também podem ser levantados.

Alterado na versão 3.13: Os argumentos globals e locals podem agora ser passados como argumentos nomeados.

Alterado na versão 3.13: A forma de uso do espaço de nomes locals padrão foi ajustado conforme descrito na função embutida locals().

exec(source, /, globals=None, locals=None, *, closure=None)

Aviso

Esta função executa código arbitrário. Chamá-la com entrada fornecida pelo usuário pode levar a vulnerabilidades de segurança.

Esta função suporta a execução dinâmica de código Python. O parâmetro source deve ser ou uma string ou um objeto código. Se for uma string, a mesma é analisada como um conjunto de instruções Python, o qual é então executado (exceto caso um erro de sintaxe ocorra). [1] Se for um objeto código, ele é simplesmente executado. Em todos os casos, espera-se que o código a ser executado seja válido como um arquivo de entrada (veja a seção Entrada de arquivo no Manual de Referência). Tenha cuidado, pois as instruções nonlocal, yield e return não podem ser usadas fora das definições de funções mesmo dentro do contexto do código passado para a função exec() . O valor de retorno é sempre None.

Em todos os casos, se os parâmetros opcionais são omitidos, o código é executado no escopo atual. Se somente globals é fornecido, deve ser um dicionário (e não uma subclasse de dicionário), que será usado tanto para as variáveis globais quanto para locais. Se globals e locals são fornecidos, eles são usados para as variáveis globais e locais, respectivamente. Se fornecido, locals pode ser qualquer objeto de mapeamento. Lembre que no nível de módulo, globais e locais são o mesmo dicionário.

Nota

Quando or exec recebe dois objetos separados como globals and locals, o código será executado como se estivesse embutido em uma definição de classe. Isso significa que funções e classes definidas no código executado não poderão acessar variáveis que sofreram atribuições no escopo mais externo (pois, em uma definição de classe, tais variáveis seriam tratadas como variáveis de classe).

Se o dicionário globals não contém um valor para a chave __builtins__, a referência para o dicionário do módulo embutido builtins é inserido com essa chave. A maneira que você pode controlar quais embutidos estão disponíveis para o código executado é inserindo seu próprio __builtins__ dicionário em globals antes de passar para exec().

O argumento closure especifica uma clausura – uma tupla de cellvars. Só é válido quando o objeto é um objeto código contendo variáveis livres (de clausura). O comprimento da tupla deve corresponder exatamente ao comprimento do atributo co_freevars do objeto código.

Levanta um evento de auditoria exec com o código objeto como argumento. Eventos de compilação de código também podem ser levantados.

Nota

As funções embutidas globals() e locals() devolvem o espaço de nomes global e local, respectivamente, o que pode ser útil para passar adiante e usar como segundo ou terceiro argumento para exec().

Nota

locals padrão atua como descrito pela função locals() abaixo. Se você precisa ver efeitos do código em locals depois da função exec() retornar passe um dicionário locals explícito.

Alterado na versão 3.11: Adicionado o parâmetro closure.

Alterado na versão 3.13: Os argumentos globals e locals podem agora ser passados como argumentos nomeados.

Alterado na versão 3.13: A forma de uso do espaço de nomes locals padrão foi ajustado conforme descrito na função embutida locals().

filter(function, iterable)

Constrói um iterador a partir dos elementos de iterable para os quais function é verdadeiro. iterable pode ser uma sequência, um contêiner que com suporte a iteração, ou um iterador. Se function for None, a função identidade será usada, isto é, todos os elementos de iterable que são falsos são removidos.

Note que filter(function, iterable) é equivalente a expressão geradora (item for item in iterable if function(item)) se function não for None e (item for item in iterable if item) se function for None.

Veja itertools.filterfalse() para a função complementar que devolve elementos de iterable para os quais function é falso.

class float(number=0.0, /)
class float(string, /)

Retorna um número de ponto flutuante construído a partir de um número ou string.

Exemplos:

>>> float('+1.23')
1.23
>>> float('   -12345\n')
-12345.0
>>> float('1e-003')
0.001
>>> float('+1E6')
1000000.0
>>> float('-Infinity')
-inf

Se o argumento for uma string, ele deve conter um número decimal, opcionalmente precedido por um sinal e opcionalmente embutido em um espaço em branco. O sinal opcional pode ser '+' ou '-'; um sinal '+' não tem efeito no valor produzido. O argumento também pode ser uma string representando um NaN (não um número) ou infinito positivo ou negativo. Mais precisamente, a entrada deve estar de acordo com a regra de produção floatvalue na seguinte gramática, depois que os espaços em branco iniciais e finais forem removidos:

sign          ::=  "+" | "-"
infinity      ::=  "Infinity" | "inf"
nan           ::=  "nan"
digit         ::=  <a Unicode decimal digit, i.e. characters in Unicode general category Nd>
digitpart     ::=  digit (["_"] digit)*
number        ::=  [digitpart] "." digitpart | digitpart ["."]
exponent      ::=  ("e" | "E") [sign] digitpart
floatnumber   ::=  number [exponent]
absfloatvalue ::=  floatnumber | infinity | nan
floatvalue    ::=  [sign] absfloatvalue

O caso não é significativo, então, por exemplo, “inf”, “Inf”, “INFINITY” e “iNfINity” são todas grafias aceitáveis para o infinito positivo.

Caso contrário, se o argumento é um inteiro ou um número de ponto flutuante, um número de ponto flutuante com o mesmo valor (com a precisão de ponto flutuante de Python) é retornado. Se o argumento está fora do intervalo de um ponto flutuante Python, uma exceção OverflowError será lançada.

Para um objeto Python genérico x, float(x) delega para o método x.__float__(). Se __float__() não estiver definido, então ele delega para o método __index__().

See also float.from_number() which only accepts a numeric argument.

Se nenhum argumento for fornecido, será retornado 0.0.

O tipo float é descrito em Tipos numéricos — int, float, complex.

Alterado na versão 3.6: Agrupar dígitos com sublinhados como em literais de código é permitido.

Alterado na versão 3.7: O parâmetro agora é somente-posicional

Alterado na versão 3.8: Chamada para __index__() se __float__() não está definido.

format(value, format_spec='')

Converte um valor value em uma representação “formatada”, controlado por format_spec. A interpretação de format_spec dependerá do tipo do argumento value; no entanto há uma sintaxe de formatação padrão usada pela maioria dos tipos embutidos: Minilinguagem de especificação de formato.

O format_spec padrão é uma string vazia que geralmente produz o mesmo efeito que chamar str(value).

Uma chamada de format(value, format_spec) é convertida em type(value).__format__(value, format_spec), que ignora o dicionário da instância ao pesquisar o método __format__() de value. Uma exceção TypeError é levantada se a pesquisa do método atingir object e o format_spec não estiver vazio, ou se o format_spec ou o valor de retorno não forem strings.

Alterado na versão 3.4: object().__format__(format_spec) levanta um TypeError se format_spec não for uma string vazia.

class frozenset(iterable=set())

Devolve um novo objeto frozenset, opcionalmente com elementos obtidos de iterable. frozenset é uma classe embutida. Veja frozenset e Tipo conjuntos — set, frozenset para documentação sobre essas classes.

Para outros contêineres veja as classes embutidas set, list, tuple, e dict, assim como o módulo collections.

getattr(object, name)
getattr(object, name, default)

Devolve o valor do atributo name de object. name deve ser uma string. Se a string é o nome de um dos atributos do objeto, o resultado é o valor de tal atributo. Por exemplo, getattr(x, 'foobar') é equivalente a x.foobar. Se o atributo não existir, default é devolvido se tiver sido fornecido, caso contrário a exceção AttributeError é levantada. name não precisa ser um identificador Python (veja setattr()).

Nota

Uma vez que desfiguração de nome privado acontece em tempo de compilação, deve-se manualmente mutilar o nome de um atributo privado (atributos com dois sublinhados à esquerda) para recuperá-lo com getattr().

globals()

Retorna o dicionário implementando o espaço de nomes do módulo atual. Para código dentro de funções, isso é definido quando a função é definida e permanece o mesmo, independentemente de onde a função é chamada.

hasattr(object, name)

Os argumentos são um objeto e uma string. O resultado é True se a string é o nome de um dos atributos do objeto, e False se ela não for. (Isto é implementado chamando getattr(object, name) e vendo se levanta um AttributeError ou não.)

hash(object)

Retorna o valor hash de um objeto (se houver um). Valores hash são números inteiros. Eles são usados para rapidamente comparar chaves de dicionários durante uma pesquisa em um dicionário. Valores numéricos que ao serem comparados são iguais, possuem o mesmo valor hash (mesmo que eles sejam de tipos diferentes, como é o caso de 1 e 1.0).

Nota

Para objetos com métodos __hash__() personalizados, fique atento que hash() trunca o valor devolvido baseado no comprimento de bits da máquina hospedeira.

help()
help(request)

Invoca o sistema de ajuda embutido. (Esta função é destinada para uso interativo.) Se nenhum argumento é passado, o sistema interativo de ajuda inicia no interpretador do console. Se o argumento é uma string, então a string é pesquisada como o nome de um módulo, função, classe, método, palavra-chave, ou tópico de documentação, e a página de ajuda é exibida no console. Se o argumento é qualquer outro tipo de objeto, uma página de ajuda para o objeto é gerada.

Note que se uma barra(/) aparecer na lista de parâmetros de uma função, quando invocando help(), significa que os parâmetros anteriores a barra são apenas posicionais. Para mais informações, veja a entrada no FAQ sobre parâmetros somente-posicionais.

Esta função é adicionada ao espaço de nomes embutido pelo módulo site.

Alterado na versão 3.4: Mudanças em pydoc e inspect significam que as assinaturas reportadas para chamáveis agora são mais compreensíveis e consistentes.

hex(x)

Converte um número inteiro para uma string hexadecimal em letras minúsculas pré-fixada com “0x”. Se x não é um objeto int do Python, ele tem que definir um método __index__() que retorne um inteiro. Alguns exemplos:

>>> hex(255)
'0xff'
>>> hex(-42)
'-0x2a'

Se você quer converter um número inteiro para uma string hexadecimal em letras maiúsculas ou minúsculas, com prefixo ou sem, você pode usar qualquer uma das seguintes maneiras:

>>> '%#x' % 255, '%x' % 255, '%X' % 255
('0xff', 'ff', 'FF')
>>> format(255, '#x'), format(255, 'x'), format(255, 'X')
('0xff', 'ff', 'FF')
>>> f'{255:#x}', f'{255:x}', f'{255:X}'
('0xff', 'ff', 'FF')

Veja também format() para mais informações.

Veja também int() para converter uma string hexadecimal para um inteiro usando a base 16.

Nota

Para obter uma string hexadecimal de um ponto flutuante, use o método float.hex().

id(object)

Devolve a “identidade” de um objeto. Ele é um inteiro, o qual é garantido que será único e constante para este objeto durante todo o seu ciclo de vida. Dois objetos com ciclos de vida não sobrepostos podem ter o mesmo valor para id().

Detalhes da implementação do CPython: Este é o endereço do objeto na memória.

Levanta um evento de auditoria builtins.id com o argumento id.

input()
input(prompt)

Se o argumento prompt estiver presente, escreve na saída padrão sem uma nova linha ao final. A função então lê uma linha da fonte de entrada, converte a mesma para uma string (removendo o caractere de nova linha ao final), e devolve isso. Quando o final do arquivo (EOF / end-of-file) é encontrado, um erro EOFError é levantado. Exemplo:

>>> s = input('--> ')  
--> Monty Python's Flying Circus
>>> s  
"Monty Python's Flying Circus"

Se o módulo readline foi carregado, então input() usará ele para prover edição de linhas elaboradas e funcionalidades de histórico.

Levanta um evento de auditoria builtins.input com argumento prompt antes de ler a entrada.

Levanta um evento de auditoria builtins.input/result com o resultado depois de ler a entrada com sucesso.

class int(number=0, /)
class int(string, /, base=10)

Retorna um objeto do tipo inteiro construído a partir de um número ou string, ou retorna 0 caso nenhum argumento seja passado.

Exemplos:

>>> int(123.45)
123
>>> int('123')
123
>>> int('   -12_345\n')
-12345
>>> int('FACE', 16)
64206
>>> int('0xface', 0)
64206
>>> int('01110011', base=2)
115

If the argument defines __int__(), int(x) returns x.__int__(). If the argument defines __index__(), it returns x.__index__(). For floating-point numbers, this truncates towards zero.

Se o argumento não for um número ou se base for fornecido, então o argumento deve ser uma instância de string, bytes ou bytearray representando um inteiro na base base. Opcionalmente, a string pode ser precedida por + ou - (sem espaço entre eles), ter zeros à esquerda, estar entre espaços em branco e ter sublinhados simples intercalados entre os dígitos.

Uma string de inteiro de base n contém dígitos, cada um representando um valor de 0 a n-1. Os valores 0–9 podem ser representados por qualquer dígito decimal Unicode. Os valores 10–35 podem ser representados por a a z (ou A a Z). A base padrão é 10. As bases permitidas são 0 e 2–36. As strings base-2, -8 e -16 podem ser opcionalmente prefixadas com 0b/0B, 0o/0O ou 0x/0X, como acontece com literais inteiros no código. Para a base 0, a string é interpretada de maneira semelhante a um literal inteiro no código, em que a base real é 2, 8, 10 ou 16 conforme determinado pelo prefixo. A base 0 também não permite zeros à esquerda: int('010', 0) não é válido, enquanto int('010') e int('010', 8) são.

O tipo inteiro está descrito em Tipos numéricos — int, float, complex.

Alterado na versão 3.4: Se base não é uma instância de int e o objeto base tem um método base.__index__, então esse método é chamado para obter um inteiro para a base. Versões anteriores usavam base.__int__ ao invés de base.__index__.

Alterado na versão 3.6: Agrupar dígitos com sublinhados como em literais de código é permitido.

Alterado na versão 3.7: O primeiro parâmetro agora é somente-posicional.

Alterado na versão 3.8: Chamada para __index__() se __int__() não está definido.

Alterado na versão 3.11: Entradas de strings para int e representações em strings podem ser limitadas para ajudar a evitar ataques de negação de serviço. Uma exceção ValueError é levantada quando o limite é excedido durante a conversão de uma string em um int ou quando a conversão de um int em uma string excede o limite. Consulte a documentação sobre limitação de comprimento de conversão de string em inteiro.

Alterado na versão 3.14: int() no longer delegates to the __trunc__() method.

isinstance(object, classinfo)

Retorna True se o argumento object é uma instância do argumento classinfo, ou de uma subclasse dele (direta, indireta ou virtual). Se object não é um objeto do tipo dado, a função sempre devolve False. Se classinfo é uma tupla de tipos de objetos (ou recursivamente, como outras tuplas) ou um Tipo União de vários tipos, retorna True se object é uma instância de qualquer um dos tipos. Se classinfo não é um tipo ou tupla de tipos ou outras tuplas, é levantada uma exceção TypeError. TypeError pode não ser levantada por um tipo inválido se uma verificação anterior for bem-sucedida.

Alterado na versão 3.10: classinfo pode ser um Tipo União.

issubclass(class, classinfo)

Retorna True se class for uma subclasse (direta, indireta ou virtual) de classinfo. Uma classe é considerada uma subclasse de si mesma. classinfo pode ser uma tupla de objetos de classe (ou recursivamente, outras tuplas) ou um Tipo União, caso em que retorna True se class for uma subclasse de qualquer entrada em classinfo. Em qualquer outro caso, é levantada uma exceção TypeError.

Alterado na versão 3.10: classinfo pode ser um Tipo União.

iter(object)
iter(object, sentinel)

Retorna um objeto iterador. O primeiro argumento é interpretado muito diferentemente dependendo da presença do segundo argumento. Sem um segundo argumento, object deve ser uma coleção de objetos com suporte ao protocolo iterável (o método __iter__()), ou ele deve ter suporte ao protocolo de sequência (o método __getitem__() com argumentos inteiros começando em 0). Se ele não tem suporte nenhum desses protocolos, uma TypeError é levantada. Se o segundo argumento, sentinel, é fornecido, então object deve ser um objeto chamável. O iterador criado neste caso irá chamar object sem nenhum argumento para cada chamada para o seu método __next__(); se o valor devolvido é igual a sentinel, então StopIteration será levantado, caso contrário o valor será devolvido.

Veja também Tipos iteradores.

Uma aplicação útil da segunda forma de iter() é para construir um bloco de leitura. Por exemplo, ler blocos de comprimento fixo de um arquivo binário de banco de dados até que o final do arquivo seja atingido:

from functools import partial
with open('meusdados.db', 'rb') as f:
    for bloco in iter(partial(f.read, 64), b''):
        process_block(bloco)
len(s)

Devolve o comprimento (o número de itens) de um objeto. O argumento pode ser uma sequência (tal como uma string, bytes, tupla, lista, ou um intervalo) ou uma coleção (tal como um dicionário, conjunto, ou conjunto imutável).

Detalhes da implementação do CPython: len levanta OverflowError em tamanhos maiores que sys.maxsize, tal como range(2 ** 100).

class list
class list(iterable)

Ao invés de ser uma função, list é na verdade um tipo de sequência mutável, conforme documentado em Listas e Tipos sequências — list, tuple, range.

locals()

Retorna um objeto de mapeamento representando a tabela de símbolos atual, com nomes de variáveis como as chaves, e as referências às quais cada variável está atrelada no momento como os valores.

Em um escopo de módulo, assim como quando usando exec() ou eval() com um único espaço de nomes, esta função retorna o mesmo espaço de nomes que globals().

Em um escopo de classe, ela retorna o espaço de nomes que será passado para o construtor da metaclasse.

Quando usando exec() ou eval() com argumentos de espaço local e global distintos, ela retorna o espaço de nomes local passado na chamada.

Em todos os casos acima, cada chamada a locals() em um dado quadro de execução vai retornar o mesmo objeto de mapeamento. Mudanças feitas através do objeto de mapeamento retornado por locals() serão visíveis tal qual variáveis locais atribuídas, reatribuídas ou deletadas, e atribuir, reatribuir ou deletar variáveis locais afetará imediatamente o conteúdo do objeto de mapeamento retornado.

Em contraste aos casos acima, em um escopo otimizado (incluindo funções, geradores e corrotinas), cada chamada a locals() retorna um dicionário novo contendo as ligações atuais das variáveis locais da função e de quaisquer células com referências não-locais. Nesse caso, mudanças em ligações de nomes feitas através do dicionário retornado não são escritas de volta nas variáveis locais correspondentes nem nas células com referências não-locais, e atribuir, reatribuir ou deletar variáveis locais e células com referências não-locais não afeta o conteúdo dos dicionários que já foram retornados.

Chamar a função locals() como parte de uma compreensão em uma função, gerador ou corrotina é equivalente a chamá-la no escopo que contém a compreensão, exceto que as variáveis de iteração inicializadas da compreensão serão incluídas. Em outros escopos, essa função se comporta como se a compreensão estivesse executando como uma função aninhada.

Chamar a função locals() como parte de uma expressão geradora é equivalente a chamá-la em uma função geradora aninhada.

Alterado na versão 3.12: O comportamento de locals() em uma compreensão foi atualizado conforme descrito na PEP 709.

Alterado na versão 3.13: Como parte da PEP 667, o que acontece após a mutação de objetos de mapeamento retornados desta função está agora definido. O comportamento em escopos otimizados agora é o descrito acima. Além de estar definido, o comportamento em outros escopos não foi modificado em relação aos comportamentos em versões passadas.

map(function, iterable, /, *iterables, strict=False)

Return an iterator that applies function to every item of iterable, yielding the results. If additional iterables arguments are passed, function must take that many arguments and is applied to the items from all iterables in parallel. With multiple iterables, the iterator stops when the shortest iterable is exhausted. If strict is True and one of the iterables is exhausted before the others, a ValueError is raised. For cases where the function inputs are already arranged into argument tuples, see itertools.starmap().

Alterado na versão 3.14: Added the strict parameter.

max(iterable, *, key=None)
max(iterable, *, default, key=None)
max(arg1, arg2, *args, key=None)

Devolve o maior item em um iterável ou o maior de dois ou mais argumentos.

Se um argumento posicional é fornecido, ele deve ser um iterável. O maior item no iterável é retornado. Se dois ou mais argumentos posicionais são fornecidos, o maior dos argumentos posicionais é devolvido.

Existem dois parâmetros somente-nomeados opcionais. O parâmetro key especifica uma função de ordenamento de um argumento, como aquelas usadas por list.sort(). O parâmetro default especifica um objeto a ser devolvido se o iterável fornecido estiver vazio. Se o iterável estiver vazio, e default não foi fornecido, uma exceção ValueError é levantada.

Se múltiplos itens são máximos, a função devolve o primeiro encontrado. Isto é consistente com outras ferramentas de ordenamento que preservam a estabilidade, tais como sorted(iterable, key=keyfunc, reverse=True)[0] e heapq.nlargest(1, iterable, key=keyfunc).

Alterado na versão 3.4: Adicionado o parâmetro default somente-nomeado.

Alterado na versão 3.8: O valor de key pode ser None.

class memoryview(object)

Devolve um objeto de “visão da memória” criado a partir do argumento fornecido. Veja Memory Views para mais informações.

min(iterable, *, key=None)
min(iterable, *, default, key=None)
min(arg1, arg2, *args, key=None)

Devolve o menor item de um iterável ou o menor de dois ou mais argumentos.

Se um argumento posicional é fornecido, ele deve ser um iterável. O menor item no iterável é devolvido. Se dois ou mais argumentos posicionais são fornecidos, o menor dos argumentos posicionais é devolvido.

Existem dois parâmetros somente-nomeados opcionais. O parâmetro key especifica uma função de ordenamento de um argumento, como aquelas usadas por list.sort(). O parâmetro default especifica um objeto a ser devolvido se o iterável fornecido estiver vazio. Se o iterável estiver vazio, e default não foi fornecido, uma exceção ValueError é levantada.

Se múltiplos itens são mínimos, a função devolve o primeiro encontrado. Isto é consistente com outras ferramentas de ordenamento que preservam a estabilidade, tais como sorted(iterable, key=keyfunc)[0] e heapq.nsmallest(1, iterable, key=keyfunc).

Alterado na versão 3.4: Adicionado o parâmetro default somente-nomeado.

Alterado na versão 3.8: O valor de key pode ser None.

next(iterator)
next(iterator, default)

Recupera o próximo item do iterador chamando o seu método __next__(). Se default foi fornecido, ele é devolvido caso o iterável tenha sido percorrido por completo, caso contrário StopIteration é levantada.

class object

Esta é a classe base definitiva de todas as outras classes. Ela tem métodos que são comuns a todas as instâncias de classes Python. Quando o construtor é chamado, ele retorna um novo objeto sem características. O construtor não aceita nenhum argumento.

Nota

Instâncias de object não têm atributos __dict__, então você não pode atribuir atributos arbitrários a uma instância de object.

oct(x)

Converte um número inteiro para uma string em base octal, pré-fixada com “0o”. O resultado é uma expressão Python válida. Se x não for um objeto int Python, ele tem que definir um método __index__() que devolve um inteiro. Por exemplo:

>>> oct(8)
'0o10'
>>> oct(-56)
'-0o70'

Se você quiser converter um número inteiro para uma string octal, com o prefixo “0o” ou não, você pode usar qualquer uma das formas a seguir.

>>> '%#o' % 10, '%o' % 10
('0o12', '12')
>>> format(10, '#o'), format(10, 'o')
('0o12', '12')
>>> f'{10:#o}', f'{10:o}'
('0o12', '12')

Veja também format() para mais informações.

open(file, mode='r', buffering=-1, encoding=None, errors=None, newline=None, closefd=True, opener=None)

Abre file e retorna um objeto arquivo correspondente. Se o arquivo não puder ser aberto, uma OSError é levantada. Veja Leitura e escrita de arquivos para mais exemplos de como usar esta função.

file é um objeto caminho ou similar fornecendo o caminho (absoluto ou relativo ao diretório de trabalho atual) do arquivo que será aberto, ou de um inteiro descritor de arquivo a ser manipulado (Se um descritor de arquivo é fornecido, ele é fechado quando o objeto de I/O retornado é fechado, a não ser que closefd esteja marcado como False).

mode é uma string opcional que especifica o modo no qual o arquivo é aberto. O valor padrão é 'r', o qual significa abrir para leitura em modo texto. Outros valores comuns são 'w' para escrever (truncando o arquivo se ele já existe), 'x' para criação exclusiva e 'a' para anexar (o qual em alguns sistemas Unix, significa que todas as escritas anexam ao final do arquivo independentemente da posição de busca atual). No modo texto, se encoding não for especificada, a codificação usada depende da plataforma: locale.getencoding() é chamada para obter a codificação da localidade atual (Para ler e escrever bytes diretamente, use o modo binário e não especifique encoding). Os modos disponíveis são:

Caractere

Significado

'r'

abre para leitura (padrão)

'w'

abre para escrita, truncando o arquivo primeiro (removendo tudo o que estiver contido no mesmo)

'x'

abre para criação exclusiva, falhando caso o arquivo exista

'a'

abre para escrita, anexando ao final do arquivo caso o mesmo exista

'b'

modo binário

't'

modo texto (padrão)

'+'

aberto para atualização (leitura e escrita)

O modo padrão é 'r' (abre para leitura de texto, um sinônimo de 'rt'). Modos 'w+' e 'w+b' abrem e truncam o arquivo. Modos 'r+' e 'r+b' abrem o arquivo sem truncar o mesmo.

Conforme mencionado em Visão Geral, Python diferencia entre entrada/saída binária e de texto. Arquivos abertos em modo binário (incluindo 'b' no parâmetro mode) retornam o conteúdo como objetos bytes sem usar nenhuma decodificação. No modo texto (o padrão, ou quando 't' é incluído no parâmetro mode), o conteúdo do arquivo é retornado como str, sendo os bytes primeiramente decodificados usando uma codificação dependente da plataforma, ou usando a codificação definida em encoding se fornecida.

Nota

Python não depende da noção básica do sistema operacional sobre arquivos de texto; todo processamento é feito pelo próprio Python, e é então independente de plataforma.

buffering é um número inteiro opcional usado para definir a política de buffering. Passe 0 para desativar o buffer (permitido apenas no modo binário), 1 para selecionar o buffer de linha (usável apenas ao gravar no modo de texto) e um inteiro > 1 para indicar o tamanho em bytes de um buffer de bloco de tamanho fixo. Observe que especificar um tamanho de buffer dessa maneira se aplica a E/S com buffer binário, mas TextIOWrapper (ou seja, arquivos abertos com mode='r+') teriam outro buffer. Para desabilitar o buffer em TextIOWrapper, considere usar o sinalizador write_through para io.TextIOWrapper.reconfigure(). Quando nenhum argumento buffering é fornecido, a política de buffering padrão funciona da seguinte forma:

  • Arquivos binários são armazenados em pedaços de tamanho fixo; o tamanho do buffer é escolhido usando uma heurística que tenta determinar o “tamanho de bloco” subjacente do dispositivo, e usa io.DEFAULT_BUFFER_SIZE caso não consiga. Em muitos sistemas, o buffer possuirá tipicamente 4096 ou 8192 bytes de comprimento.

  • Arquivos de texto “interativos” (arquivos para os quais isatty() retornam True) usam buffering de linha. Outros arquivos de texto usam a política descrita acima para arquivos binários.

encoding é o nome da codificação usada para codificar ou decodificar o arquivo. Isto deve ser usado apenas no modo texto. A codificação padrão depende da plataforma (seja qual valor locale.getencoding() retornar), mas qualquer codificador de texto suportado pelo Python pode ser usada. Veja o módulo codecs para a lista de codificações suportadas.

errors é uma string opcional que especifica como erros de codificação e de decodificação devem ser tratados — isso não pode ser utilizado no modo binário. Uma variedade de tratadores de erro padrão estão disponíveis (listados em Error Handlers), apesar que qualquer nome para tratamento de erro registrado com codecs.register_error() também é válido. Os nomes padrões incluem:

  • 'strict' para levantar uma exceção ValueError se existir um erro de codificação. O valor padrão None tem o mesmo efeito.

  • 'ignore' ignora erros. Note que ignorar erros de código pode levar à perda de dados.

  • 'replace' faz um marcador de substituição (tal como '?') ser inserido onde existem dados malformados.

  • representará quaisquer bytes incorretos como unidades de código substituto baixo variando de U + DC80 a U + DCFF. Essas unidades de código substituto serão então transformadas de volta nos mesmos bytes quando o manipulador de erros for usado ao gravar dados. Isso é útil para processar arquivos em uma codificação desconhecida.

  • 'xmlcharrefreplace' é suportado apenas ao gravar em um arquivo. Os caracteres não suportados pela codificação são substituídos pela referência de caracteres XML apropriada &#nnn;.

  • 'backslashreplace' substitui dados malformados pela sequência de escape utilizando contrabarra do Python.

  • 'namereplace' (também é suportado somente quando estiver escrevendo) substitui caractere não suportados com sequências de escape \N{...}.

newline determina como analisar caracteres de nova linha do fluxo. Ele pode ser None, '', '\n', '\r' e '\r\n'. Ele funciona da seguinte forma:

  • Ao ler a entrada do fluxo, se newline for None, o modo universal de novas linhas será ativado. As linhas na entrada podem terminar em '\n', '\r' ou '\r\n', e são traduzidas para '\n' antes de retornar ao chamador. Se for '', o modo de novas linhas universais será ativado, mas as terminações de linha serão retornadas ao chamador sem tradução. Se houver algum dos outros valores legais, as linhas de entrada são finalizadas apenas pela string especificada e a finalização da linha é retornada ao chamador sem tradução.

  • Ao gravar a saída no fluxo, se newline for None, quaisquer caracteres '\n' gravados serão traduzidos para o separador de linhas padrão do sistema, os.linesep. Se newline for '' ou '\n', nenhuma tradução ocorrerá. Se newline for um dos outros valores legais, qualquer caractere '\n' escrito será traduzido para a string especificada.

Se closefd for False e um descritor de arquivo em vez de um nome de arquivo for fornecido, o descritor de arquivo subjacente será mantido aberto quando o arquivo for fechado. Se um nome de arquivo for fornecido closefd deve ser True (o padrão), caso contrário, um erro será levantado.

Um abridor personalizado pode ser usado passando um chamável como opener. O descritor de arquivo subjacente para o objeto arquivo é obtido chamando opener com (file, flags). opener deve retornar um descritor de arquivo aberto (passando os.open como opener resulta em funcionalidade semelhante à passagem de None).

O arquivo recém-criado é não-herdável.

O exemplo a seguir usa o parâmetro dir_fd da função os.open() para abrir um arquivo relativo a um determinado diretório:

>>> import os
>>> dir_fd = os.open('algum_dir', os.O_RDONLY)
>>> def opener(path, flags):
...     return os.open(path, flags, dir_fd=dir_fd)
...
>>> with open('spamspam.txt', 'w', opener=opener) as f:
...     print('Isso será escrito para algum_dir/spamspam.txt', file=f)
...
>>> os.close(dir_fd)  # não deixe vazar um descritor de arquivo

O tipo de objeto arquivo retornado pela função open() depende do modo. Quando open() é usado para abrir um arquivo no modo texto ('w', 'r', 'wt', 'rt', etc.), retorna uma subclasse de io.TextIOBase (especificamente io.TextIOWrapper). Quando usada para abrir um arquivo em modo binário com buffer, a classe retornada é uma subclasse de io.BufferedIOBase. A classe exata varia: no modo binário de leitura, ele retorna uma io.BufferedReader; nos modos binário de gravação e binário anexado, ele retorna um io.BufferedWriter e, no modo leitura/gravação, retorna um io.BufferedRandom. Quando o buffer está desativado, o fluxo bruto, uma subclasse de io.RawIOBase, io.FileIO, é retornado.

Veja também os módulos de para lidar com arquivos, tais como fileinput, io (onde open() é declarado), os, os.path, tempfile e shutil.

Levanta um evento de auditoria open com os argumentos path, mode, flags.

Os argumentos mode e flags podem ter sido modificados ou inferidos a partir da chamada original.

Alterado na versão 3.3:

  • O parâmetro opener foi adicionado.

  • O modo 'x' foi adicionado.

  • IOError costumava ser levantado, agora ele é um codinome para OSError.

  • FileExistsError agora é levantado se o arquivo aberto no modo de criação exclusivo ('x') já existir.

Alterado na versão 3.4:

  • O arquivo agora é não herdável.

Alterado na versão 3.5:

  • Se a chamada de sistema é interrompida e o tratador de sinal não levanta uma exceção, a função agora tenta novamente a chamada de sistema em vez de levantar uma exceção InterruptedError (consulte PEP 475 para entender a justificativa).

  • O tratador de erros 'namereplace' foi adicionado.

Alterado na versão 3.6:

  • Suporte adicionado para aceitar objetos implementados os.PathLike.

  • No Windows, a abertura de um buffer do console pode retornar uma subclasse de io.RawIOBase que não seja io.FileIO.

Alterado na versão 3.11: O modo 'U' foi removido.

ord(c)

Dada uma string que representa um caractere Unicode, retorna um número inteiro representando o ponto de código Unicode desse caractere. Por exemplo, ord('a') retorna o número inteiro 97 e ord('€') (sinal do Euro) retorna 8364. Este é o inverso de chr().

pow(base, exp, mod=None)

Retorna base à potência de exp; se mod estiver presente, retorna base à potência exp, módulo mod (calculado com mais eficiência do que pow(base, exp) % mod). A forma de dois argumentos pow(base, exp) é equivalente a usar o operador de potência: base**exp.

Os argumentos devem ter tipos numéricos. Com tipos de operandos mistos, aplicam-se as regras de coerção para operadores aritméticos binários. Para operandos int, o resultado tem o mesmo tipo que os operandos (após coerção), a menos que o segundo argumento seja negativo; nesse caso, todos os argumentos são convertidos em ponto flutuante e um resultado ponto flutuante é entregue. Por exemplo, pow(10, 2) retorna 100, mas pow(10, -2) retorna 0.01. Para uma base negativa do tipo int ou float e um expoente não integral, um resultado complexo é entregue. Por exemplo, pow(-9, 0.5) retorna um valor próximo a 3j. Enquanto isso, para uma base negativa do tipo int ou float com um expoente integral, um resultado de ponto flutuante é retornado. Por exemplo, pow(-9, 2.0) retorna 81.0.

Para operandos int base e exp, se mod estiver presente, mod também deve ser do tipo inteiro e mod deve ser diferente de zero. Se mod estiver presente e exp for negativo, base deve ser relativamente primo para mod. Nesse caso, pow(inv_base, -exp, mod) é retornado, onde inv_base é um inverso ao base módulo mod.

Aqui está um exemplo de computação de um inverso para 38 módulo 97:

>>> pow(38, -1, mod=97)
23
>>> 23 * 38 % 97 == 1
True

Alterado na versão 3.8: Para operandos int, a forma de três argumentos de pow agora permite que o segundo argumento seja negativo, permitindo o cálculo de inversos modulares.

Alterado na versão 3.8: Permite argumentos de palavra reservada. Anteriormente, apenas argumentos posicionais eram suportados.

print(*objects, sep=' ', end='\n', file=None, flush=False)

Exibe objects no fluxo de texto arquivo, separado por sep e seguido por end. sep, end, file e flush, se houver, devem ser fornecidos como argumentos nomeados.

Todos os argumentos que não são nomeados são convertidos em strings como str() faz e gravados no fluxo, separados por sep e seguidos por end. sep e end devem ser strings; eles também podem ser None, o que significa usar os valores padrão. Se nenhum object for fornecido, print() escreverá apenas end.

O argumento file deve ser um objeto com um método write(string); se ele não estiver presente ou None, então sys.stdout será usado. Como argumentos exibidos no console são convertidos para strings de texto, print() não pode ser usado com objetos de arquivo em modo binário. Para esses casos, use file.write(...) ao invés.

O buffer de saída geralmente é determinado por arquivo. No entanto, se flush for verdadeiro, o fluxo será descarregado à força.

Alterado na versão 3.3: Adicionado o argumento nomeado flush.

class property(fget=None, fset=None, fdel=None, doc=None)

Retorna um atributo de propriedade.

fget é uma função para obter o valor de um atributo. fset é uma função para definir um valor para um atributo. fdel é uma função para deletar um valor de um atributo. E doc cria um docstring para um atributo.

Um uso comum é para definir um atributo gerenciável x:

class C:
    def __init__(self):
        self._x = None

    def getx(self):
        return self._x

    def setx(self, valor):
        self._x = valor

    def delx(self):
        del self._x

    x = property(getx, setx, delx, "Eu sou a propriedade de 'x'.")

Se c é uma instância de C, c.x irá invocar o método getter, c.x = valor irá invocar o método setter, e del c.x o método deleter.

Se fornecido, doc será a docstring do atributo definido por property. Caso contrário, a property copiará a docstring de fget (se ela existir). Isso torna possível criar facilmente propriedades apenas para leitura usando property() como um decorador:

class Parrot:
    def __init__(self):
        self._voltagem = 100000

    @property
    def voltagem(self):
        """Obtém a voltagem atual."""
        return self._voltagem

O decorador @property transforma o método voltage() em um “getter” para um atributo somente leitura com o mesmo nome, e define a docstring de voltage para “Get the current voltage.”

@getter
@setter
@deleter

Um objeto property possui métodos getter, setter e deleter usáveis como decoradores, que criam uma cópia da property com o assessor correspondente a função definida para a função com decorador. Isso é explicado melhor com um exemplo:

class C:
    def __init__(self):
        self._x = None

    @property
    def x(self):
        """Sou a propriedade de 'x'."""
        return self._x

    @x.setter
    def x(self, value):
        self._x = value

    @x.deleter
    def x(self):
        del self._x

Esse código é exatamente equivalente ao primeiro exemplo. Tenha certeza de nas funções adicionais usar o mesmo nome que a property original (x neste caso).

O objeto property retornado também tem os atributos fget, fset, e fdel correspondendo aos argumentos do construtor.

Alterado na versão 3.5: Agora é possível escrever nas docstrings de objetos property.

__name__

Atributo que contém o nome da propriedade. O nome da propriedade pode ser alterado em tempo de execução.

Adicionado na versão 3.13.

class range(stop)
class range(start, stop, step=1)

Em vez de ser uma função, range é realmente um tipo de sequência imutável, conforme documentado em Intervalos e Tipos sequências — list, tuple, range.

repr(object)

Retorna uma string contendo uma representação imprimível de um objeto. Para muitos tipos, essa função tenta retornar uma string que produziria um objeto com o mesmo valor quando passado para eval(), caso contrário, a representação é uma string entre colchetes angulares que contém o nome do tipo do objeto juntamente com informações adicionais, geralmente incluindo o nome e o endereço do objeto. Uma classe pode controlar o que essa função retorna para suas instâncias, definindo um método __repr__(). Se sys.displayhook() não estiver acessível, esta função vai levantar RuntimeError.

Esta classe possui uma representação personalizada que pode ser executada:

class Pessoa:
   def __init__(self, nome, idade):
      self.name = nome
      self.age = idade

   def __repr__(self):
      return f"Pessoa('{self.nome}', {self.idade})"
reversed(seq)

Retorna um iterador reverso. seq deve ser um objeto que possui o método __reversed__() ou suporta o protocolo de sequência (o método __len__() e o método __getitem__() com argumentos inteiros começando em 0).

round(number, ndigits=None)

Retorna number arredondado para ndigits precisão após o ponto decimal. Se ndigits for omitido ou for None, ele retornará o número inteiro mais próximo de sua entrada.

Para os tipos embutidos com suporte a round(), os valores são arredondados para o múltiplo mais próximo de 10 para a potência de menos ndigit; se dois múltiplos são igualmente próximos, o arredondamento é feito para a opção par (por exemplo, round(0.5) e round(-0.5) são 0 e round(1.5) é 2). Qualquer valor inteiro é válido para ndigits (positivo, zero ou negativo). O valor de retorno é um número inteiro se ndigits for omitido ou None. Caso contrário, o valor de retorno tem o mesmo tipo que number.

Para um objeto Python geral number, round delega para number.__round__.

Nota

O comportamento de round() para pontos flutuantes pode ser surpreendente: por exemplo, round(2.675, 2) fornece 2.67 em vez do esperado 2.68. Isso não é um bug: é resultado do fato de que a maioria das frações decimais não pode ser representada exatamente como um ponto flutuante. Veja Aritmética de ponto flutuante: problemas e limitações para mais informações.

class set
class set(iterable)

Retorna um novo objeto set, opcionalmente com elementos retirados de iterable. set é uma classe embutida. Veja set e Tipo conjuntos — set, frozenset para documentação sobre esta classe.

Para outros contêineres, consulte as classes embutidas frozenset, list, tuple e dict, bem como o módulo collections.

setattr(object, name, value)

Esta é a contrapartida de getattr(). Os argumentos são um objeto, uma string e um valor arbitrário. A string pode nomear um atributo existente ou um novo atributo. A função atribui o valor ao atributo, desde que o objeto permita. Por exemplo, setattr(x, 'foobar', 123) é equivalente a x.foobar = 123.

name não precisa ser um identificador do Python conforme definido em Identificadores e palavras-chave a menos que o objeto opte por impor isso, por exemplo, em um __getattribute__() personalizado ou via __slots__. Um atributo cujo nome não é um identificador não será acessível usando a notação de ponto, mas pode ser acessado através de getattr() etc.

Nota

Uma vez que desfiguração de nome privado acontece em tempo de compilação, deve-se manualmente mutilar o nome de um atributo privado (atributos com dois sublinhados à esquerda) para defini-lo com setattr().

class slice(stop)
class slice(start, stop, step=None)

Retorna um objeto fatia representando o conjunto de índices especificados por range(start, stop, step). Os argumentos start e step têm o padrão None.

start
stop
step

Objetos fatia têm atributos de dados somente leitura start, stop e step que simplesmente retornam os valores dos argumentos (ou seus padrões). Eles não possuem outra funcionalidade explícita; no entanto, eles são usados pelo NumPy e outros pacotes de terceiros.

Objetos fatia também são gerados quando a sintaxe de indexação estendida é usada. Por exemplo: a[start:stop:step] ou a[start:stop, i]. Veja itertools.islice() para uma versão alternativa que retorna um iterador.

Alterado na versão 3.12: Os objetos slice agora são hasheáveis (desde que start, stop e step sejam hasheáveis).

sorted(iterable, /, *, key=None, reverse=False)

Retorna uma nova lista classificada dos itens em iterable.

Possui dois argumentos opcionais que devem ser especificados como argumentos nomeados.

key especifica a função de um argumento usado para extrair uma chave de comparação de cada elemento em iterable (por exemplo, key=str.lower). O valor padrão é None (compara os elementos diretamente).

reverse é um valor booleano. Se definido igual a True, então os elementos da lista são classificados como se cada comparação estivesse invertida.

Usa functools.cmp_to_key() para converter a função das antigas cmp para uma função key.

A função embutida sorted() é garantida como estável. Uma ordenação é estável se garantir não alterar a ordem relativa dos elementos que se comparam da mesma forma — isso é útil para ordenar em várias passagens (por exemplo, ordenar por departamento e depois por nível de salário).

O algoritmo de classificação usa apenas comparações < entre itens. Embora definir um método __lt__() seja suficiente para ordenação, PEP 8 recomenda que todas as seis comparações ricas sejam implementadas. Isso ajudará a evitar erros ao usar os mesmos dados com outras ferramentas de ordenação, como max(), que dependem de um método subjacente diferente. Implementar todas as seis comparações também ajuda a evitar confusão para comparações de tipo misto que podem chamar refletido o método __gt__().

Para exemplos de classificação e um breve tutorial de classificação, veja Técnicas de ordenação.

@staticmethod

Transforma um método em método estático.

Um método estático não recebe um primeiro argumento implícito. Para declarar um método estático, use este idioma:

class C:
    @staticmethod
    def f(arg1, arg2, argN): ...

A forma @staticmethod é uma função de decorador – veja Definições de função para detalhes.

Um método estático pode ser chamado na classe (tal como C.f()) ou em uma instância (tal como C().f()). Além disso, o descritor de método estático também é um chamável, então ele pode ser usado na definição de classe (como f()).

Métodos estáticos em Python são similares àqueles encontrados em Java ou C++. Veja também classmethod() para uma variante útil na criação de construtores de classe alternativos.

Como todos os decoradores, também é possível chamar staticmethod como uma função regular e fazer algo com seu resultado. Isso é necessário em alguns casos em que você precisa de uma referência para uma função de um corpo de classe e deseja evitar a transformação automática em método de instância. Para esses casos, use este idioma:

def função_comum():
    ...

class C:
    método = staticmethod(função_comum)

Para mais informações sobre métodos estáticos, consulte A hierarquia de tipos padrão.

Alterado na versão 3.10: Métodos estáticos agora herdam os atributos do método (__module__, __name__, __qualname__, __doc__ e __annotations__), têm um novo atributo __wrapped__ e são agora chamáveis como funções regulares.

class str(object='')
class str(object=b'', encoding='utf-8', errors='strict')

Retorna uma versão str de object. Consulte str() para detalhes.

str é uma classe de string embutida. Para informações gerais sobre strings, consulte Tipo sequência de texto — str.

sum(iterable, /, start=0)

Soma start e os itens de um iterable da esquerda para a direita e retornam o total. Os itens do iterable são normalmente números e o valor inicial não pode ser uma string.

Para alguns casos de uso, existem boas alternativas para sum(). A maneira rápida e preferida de concatenar uma sequência de strings é chamando ''.join(sequence). Para adicionar valores de ponto flutuante com precisão estendida, consulte math.fsum(). Para concatenar uma série de iteráveis, considere usar itertools.chain().

Alterado na versão 3.8: O parâmetro start pode ser especificado como um argumento nomeado.

Alterado na versão 3.12: A soma dos pontos flutuantes foi alterada para um algoritmo que oferece maior precisão e melhor comutatividade na maioria das compilações.

Alterado na versão 3.14: Added specialization for summation of complexes, using same algorithm as for summation of floats.

class super
class super(type, object_or_type=None)

Retorna um objeto proxy que delega chamadas de método a uma classe pai ou irmão do type. Isso é útil para acessar métodos herdados que foram substituídos em uma classe.

O object_or_type determina a ordem de resolução de métodos a ser pesquisada. A pesquisa inicia a partir da classe logo após o type.

Por exemplo, se __mro__ de object_or_type é D -> B -> C -> A -> object e o valor de type é B, então super() procura por C -> A -> object.

O atributo __mro__ da classe correspondente ao object_or_type lista a ordem de pesquisa de resolução de método usada por getattr() e super(). O atributo é dinâmico e pode mudar sempre que a hierarquia da herança é atualizada.

Se o segundo argumento for omitido, o objeto super retornado é desacoplado. Se o segundo argumento é um objeto, isinstance(obj, type) deve ser verdadeiro. Se o segundo argumento é um tipo, issubclass(type2, type) deve ser verdadeiro (isto é útil para classmethods).

Quando chamado diretamente de dentro de um método comum de uma classe, pode-se omitir ambos os argumentos (”super() de zero argumentos”). Neste caso, type será a classe em questão, e obj será o primeiro argumento da função que imediatamente chamou super() (geralmente o self). (Isso significa que o super() de zero argumentos não vai funcionar como esperado em funções aninhadas, incluindo expressões geradoras, que criam funções aninhadas implicitamente.)

Existem dois casos de uso típicos para super. Em uma hierarquia de classes com herança única, super pode ser usado para se referir a classes base sem nomeá-las explicitamente, tornando o código mais sustentável. Esse uso é paralelo ao uso de super em outras linguagens de programação.

O segundo caso de uso é oferecer suporte à herança múltipla cooperativa em um ambiente de execução dinâmica. Esse caso de uso é exclusivo do Python e não é encontrado em idiomas ou linguagens compiladas estaticamente que suportam apenas herança única. Isso torna possível implementar “diagramas em losango”, onde várias classes base implementam o mesmo método. Um bom design exige que tais implementações tenham a mesma assinatura de chamada em todos os casos (porque a ordem das chamadas é determinada em tempo de execução, porque essa ordem se adapta às alterações na hierarquia de classes e porque essa ordem pode incluir classes de irmãos desconhecidas antes do tempo de execução).

Nos dois casos de uso, uma chamada típica de superclasse se parece com isso:

class C(B):
    def método(self, arg):
        super().método(arg)    # Isso faz o mesmo que:
                               # super(C, self).método(arg)

Além das pesquisas de método, super() também funciona para pesquisas de atributo. Um possível caso de uso para isso é chamar descritores em uma classe pai ou irmã.

Observe que super() é implementada como parte do processo de vinculação para procura explícita de atributos com ponto, tal como super().__getitem__(nome). Ela faz isso implementando seu próprio método __getattribute__() para pesquisar classes em uma ordem predizível que possui suporte a herança múltipla cooperativa. Logo, super() não é definida para procuras implícitas usando instruções ou operadores como super()[name].

Observe também que, além da forma de argumento zero, super() não se limita ao uso de métodos internos. O formulário de dois argumentos especifica exatamente os argumentos e faz as referências apropriadas. O formulário de argumento zero funciona apenas dentro de uma definição de classe, pois o compilador preenche os detalhes necessários para recuperar corretamente a classe que está sendo definida, além de acessar a instância atual para métodos comuns.

Para sugestões práticas sobre como projetar classes cooperativas usando super(), consulte o guia para uso de super().

Alterado na versão 3.14: super objects are now pickleable and copyable.

class tuple
class tuple(iterable)

Ao invés de ser uma função, tuple é na verdade um tipo de sequência imutável, conforme documentado em Tuplas e Tipos sequências — list, tuple, range.

class type(object)
class type(name, bases, dict, **kwds)

Com um argumento, retorna o tipo de um object. O valor de retorno é um tipo de objeto e geralmente o mesmo objeto retornado por object.__class__.

A função embutida isinstance() é recomendada para testar o tipo de um objeto, porque ela leva sub-classes em consideração.

Com três argumentos, retorna um novo objeto type. Esta é essencialmente a forma dinâmica da instrução class. A string name é o nome da classe e se torna o atributo __name__. A tupla bases contém as classes bases e se torna o atributo __bases__; se vazio, object, a base final de todas as classes é adicionada. O dicionário dict contém definições de atributo e método para o corpo da classe; ele pode ser copiado ou envolto antes de se tornar o atributo __dict__. As duas instruções a seguir criam objetos type idênticos:

>>> class X:
...     a = 1
...
>>> X = type('X', (), dict(a=1))

Veja também:

Argumentos nomeados fornecidos para a forma de três argumentos são passados para a máquina metaclasse apropriada (geralmente __init_subclass__()) da mesma forma que palavras-chave em uma definição de classe (além de metaclasse) fariam.

Veja também Personalizando a criação de classe.

Alterado na versão 3.6: Subclasses de type que não substituem type.__new__ não podem mais usar a forma com apenas um argumento para obter o tipo de um objeto.

vars()
vars(object)

Retorna o atributo __dict__ para um módulo, classe, instância, or qualquer outro objeto com um atributo __dict__.

Objetos como modelos e instâncias têm um atributo atualizável __dict__; porém, outros projetos podem ter restrições de escrita em seus atributos __dict__ (por exemplo, classes usam um types.MappingProxyType para prevenir atualizações diretas a dicionário).

Sem nenhum argumento, vars() age como locals().

Uma exceção TypeError é levantada se um objeto é especificado, mas ela não tem um atributo __dict__ (por exemplo, se sua classe define o atributo __slots__).

Alterado na versão 3.13: O resultado de chamar esta função sem um argumento foi atualizado conforme descrito na embutida locals().

zip(*iterables, strict=False)

Itera sobre vários iteráveis em paralelo, produzindo tuplas com um item de cada um.

Exemplo:

>>> for item in zip([1, 2, 3], ['açúcar', 'tempero', 'tudo que há de bom']):
...     print(item)
...
(1, 'açúcar')
(2, 'tempero')
(3, 'tudo que há de bom')

Mais formalmente: zip() retorna um iterador de tuplas, onde a i-ésima tupla contém o i-ésimo elemento de cada um dos iteráveis do argumento.

Outra maneira de pensar em zip() é que ela transforma linhas em colunas e colunas em linhas. Isso é semelhante a transpor uma matriz.

zip() é preguiçoso: Os elementos não serão processados até que o iterável seja iterado. Por exemplo, por um loop for ou por um list.

Uma coisa a considerar é que os iteráveis passados para zip() podem ter comprimentos diferentes; às vezes por design e às vezes por causa de um bug no código que preparou esses iteráveis. Python oferece três abordagens diferentes para lidar com esse problema:

  • Por padrão, zip() para quando o iterável mais curto se esgota. Ele irá ignorar os itens restantes nos iteráveis mais longos, cortando o resultado para o comprimento do iterável mais curto:

    >>> list(zip(range(3), ['fi', 'fa', 'fo', 'fum']))
    [(0, 'fi'), (1, 'fa'), (2, 'fo')]
    
  • zip() é frequentemente usado em casos onde os iteráveis são considerados de tamanho igual. Nesses casos, é recomendado usar a opção strict=True. Sua saída é a mesma do zip():: normal

    >>> list(zip(('a', 'b', 'c'), (1, 2, 3), strict=True))
    [('a', 1), ('b', 2), ('c', 3)]
    

    Ao contrário do comportamento padrão, ele levanta uma exceção ValueError se um iterável for esgotado antes dos outros:

    >>> for item in zip(range(3), ['fee', 'fi', 'fo', 'fum'], strict=True):  
    ...     print(item)
    ...
    (0, 'fee')
    (1, 'fi')
    (2, 'fo')
    Traceback (most recent call last):
      ...
    ValueError: zip() argument 2 is longer than argument 1
    

    Sem o argumento strict=True, qualquer bug que resulte em iteráveis de diferentes comprimentos será silenciado, possivelmente se manifestando como um bug difícil de encontrar em outra parte do programa.

  • Iteráveis mais curtos podem ser preenchidos com um valor constante para fazer com que todos os iteráveis tenham o mesmo comprimento. Isso é feito por itertools.zip_longest().

Casos extremos: Com um único argumento iterável, zip() retorna um iterador de tuplas de um elemento. Sem argumentos, retorna um iterador vazio.

Dicas e truques:

  • A ordem de avaliação da esquerda para a direita dos iteráveis é garantida. Isso torna possível um idioma para agrupar uma série de dados em grupos de comprimento n usando zip(*[iter(s)]*n, strict=True). Isso repete o mesmo iterador n vezes para que cada tupla de saída tenha o resultado de chamadas n para o iterador. Isso tem o efeito de dividir a entrada em pedaços de n comprimentos.

  • zip() em conjunto com o operador * pode ser usado para descompactar uma lista:

    >>> x = [1, 2, 3]
    >>> y = [4, 5, 6]
    >>> list(zip(x, y))
    [(1, 4), (2, 5), (3, 6)]
    >>> x2, y2 = zip(*zip(x, y))
    >>> x == list(x2) and y == list(y2)
    True
    

Alterado na versão 3.10: Adicionado o argumento strict.

__import__(name, globals=None, locals=None, fromlist=(), level=0)

Nota

Esta é uma função avançada que não é necessária na programação diária do Python, ao contrário de importlib.import_module().

Esta função é chamada pela instrução import. Ela pode ser substituída (importando o módulo builtins e atribuindo a builtins.__import__) para alterar a semântica da instrução import, mas isso é fortemente desencorajado, pois geralmente é mais simples usar ganchos de importação (consulte PEP 302) para atingir os mesmos objetivos e não causa problemas com o código que pressupõe que a implementação de importação padrão esteja em uso. O uso direto de __import__() também é desencorajado em favor de importlib.import_module().

A função importa o módulo name, potencialmente usando os dados globals e locals para determinar como interpretar o nome em um contexto de pacote. O fromlist fornece os nomes de objetos ou submódulos que devem ser importados do módulo, fornecidos por name. A implementação padrão não usa seu argumento locals e usa seus globals apenas para determinar o contexto do pacote da instrução import.

level especifica se é necessário usar importações absolutas ou relativas. 0 (o padrão) significa apenas realizar importações absolutas. Valores positivos para level indicam o número de diretórios pai a serem pesquisados em relação ao diretório do módulo que chama __import__() (consulte PEP 328 para obter detalhes).

Quando a variável name está no formato pacote.módulo, normalmente, o pacote de nível superior (o nome até o primeiro ponto) é retornado, não o módulo nomeado por name. No entanto, quando um argumento fromlist não vazio é fornecido, o módulo nomeado por name é retornado.

Por exemplo, a instrução import spam resulta em bytecode semelhante ao seguinte código:

spam = __import__('spam', globals(), locals(), [], 0)

A instrução import spam.presunto resulta nesta chamada:

spam = __import__('spam.presunto', globals(), locals(), [], 0)

Observe como __import__() retorna o módulo de nível superior aqui, porque este é o objeto vinculado a um nome pela instrução import.

Por outro lado, a instrução from spam.presunto import ovos, salsicha as sals resulta em

_temp = __import__('spam.presunto', globals(), locals(), ['ovos', 'salsicha'], 0)
ovos = _temp.ovos
sals = _temp.salsicha

Aqui, o módulo spam.ham é retornado de __import__(). A partir desse objeto, os nomes a serem importados são recuperados e atribuídos aos seus respectivos nomes.

Se você simplesmente deseja importar um módulo (potencialmente dentro de um pacote) pelo nome, use importlib.import_module().

Alterado na versão 3.3: Valores negativos para level não são mais suportados (o que também altera o valor padrão para 0).

Alterado na versão 3.9: Quando as opções de linha de comando -E ou -I estão sendo usadas, a variável de ambiente PYTHONCASEOK é agora ignorada.

Notas de rodapé