wsgiref — Implementação de referência e utilitários WSGI

Código-fonte: Lib/wsgiref


A Interface de Gateway para Servidor Web (em inglês, Web Server Gateway Interface - WSGI) é uma interface padrão localizada entre software de servidores web e aplicações web escritas em Python. Ter um interface padrão torna mais fácil a utilização de uma aplicação que suporta WSGI com inúmeros diferentes servidores web.

Apenas autores de servidores web e frameworks de programação necessitam saber todos os detalhes e especificidades do design WSGI. Você não precisa entender todos os detalhes do WSGI para apenas instalar uma aplicação WSGI ou para escrever uma aplicação web usando um framework existente.

wsgiref é uma implementação de referência da especificação WSGI que pode ser utilizada para adicionar suporte WSGI em um servidor web ou framework. Ele provê utilidades para manipulação de variáveis de ambiente WSGI e cabeçalhos de respostas, classes base para implementação de servidores WSGI, uma demo de um servidor HTTP que serve aplicações WSGI, tipos para verificação de tipos estáticos e uma ferramenta de validação que confere se servidores WSGI e aplicações estão de acordo com a especificação WSGI (PEP 3333).

Veja wsgi.readthedocs.io para mais informações sobre WSGI, além de links para tutoriais e outros recursos.

wsgiref.util – Utilidades do ambiente WSGI

Este módulo fornece uma variedade de funções de utilidade para trabalhar com ambientes WSGI. Um ambiente WSGI é um dicionário contendo variáveis de solicitação HTTP, conforme descrito na PEP 3333. Todas as funções que recebem um parâmetro environ esperam que um dicionário compatível com WSGI seja fornecido; consulte a PEP 3333 para uma especificação detalhada e WSGIEnvironment para um apelido de tipo que pode ser usado em anotações de tipos.

wsgiref.util.guess_scheme(environ)

Retorna uma sugestão sobre wsgi.url_scheme ser “http” ou “https” buscando por uma variável de ambiente HTTPS dentro do dicionário environ. O valor de retorno é uma string.

Esta função é útil ao criar um gateway que encapsula CGI ou um protocolo semelhante a CGI, como FastCGI. Normalmente, servidores que fornecem tais protocolos incluirão uma variável HTTPS com um valor de “1”, “yes” ou “on” quando uma solicitação é recebida via SSL. Então, esta função retorna “https” se tal valor for encontrado, e “http” caso contrário.

wsgiref.util.request_uri(environ, include_query=True)

Retorna o URI de solicitação completo, opcionalmente incluindo a string de consulta, usando o algoritmo encontrado na seção “URL Reconstruction” da PEP 3333. Se include_query for falso, a string de consulta não será incluída no URI resultante.

wsgiref.util.application_uri(environ)

Semelhante a request_uri(), exceto que as variáveis PATH_INFO e QUERY_STRING são ignoradas. O resultado é o URI base do objeto da aplicação endereçado pela solicitação.

wsgiref.util.shift_path_info(environ)

Desloca um único nome de PATH_INFO para SCRIPT_NAME e retorna o nome. O dicionário environ é modificado no local; use uma cópia se precisar manter o PATH_INFO ou SCRIPT_NAME original intacto.

Se não houver segmentos de caminho restantes em PATH_INFO, None será retornado.

Normalmente, essa rotina é usada para processar cada porção de um caminho de URI de solicitação, por exemplo, para tratar o caminho como uma série de chaves de dicionário. Essa rotina modifica o ambiente passado para torná-lo adequado para invocar outra aplicação WSGI localizada no URI de destino. Por exemplo, se houver uma aplicação WSGI em /foo, e o caminho de URI de solicitação for /foo/bar/baz, e a aplicação WSGI em /foo chamar shift_path_info(), ele receberá a string “bar”, e o ambiente será atualizado para ser adequado para passar para uma aplicação WSGI em /foo/bar. Ou seja, SCRIPT_NAME mudará de /foo para /foo/bar, e PATH_INFO mudará de /bar/baz para /baz.

Quando PATH_INFO é apenas um “/”, esta rotina retorna uma string vazia e acrescenta uma barra final a SCRIPT_NAME, embora segmentos de caminho vazios sejam normalmente ignorados, e SCRIPT_NAME normalmente não termine em uma barra. Este é um comportamento intencional, para garantir que uma aplicação possa diferenciar URIs terminando em /x daqueles terminando em /x/ ao usar esta rotina para fazer travessia de objetos.

wsgiref.util.setup_testing_defaults(environ)

Atualiza environ com padrões triviais para fins de teste.

Esta rotina adiciona vários parâmetros necessários para WSGI, incluindo HTTP_HOST, SERVER_NAME, SERVER_PORT, REQUEST_METHOD, SCRIPT_NAME, PATH_INFO e todas as variáveis wsgi.* definidas pela PEP 3333. Ela fornece apenas valores padrão e não substitui nenhuma configuração existente para essas variáveis.

Esta rotina tem como objetivo facilitar que testes unitários de servidores e aplicações WSGI configurem ambientes fictícios. Ela NÃO deve ser usada por servidores ou aplicações WSGI reais, pois os dados são falsos!

Exemplo de uso (veja também demo_app() para outro exemplo):

from wsgiref.util import setup_testing_defaults
from wsgiref.simple_server import make_server

# Uma aplicação WSGI relativamente simples. Vai exibir o dicionário
# do ambiente após ser atualizada por setup_testing_defaults
def simple_app(environ, start_response):
    setup_testing_defaults(environ)

    status = '200 OK'
    headers = [('Content-type', 'text/plain; charset=utf-8')]

    start_response(status, headers)

    ret = [("%s: %s\n" % (key, value)).encode("utf-8")
           for key, value in environ.items()]
    return ret

with make_server('', 8000, simple_app) as httpd:
    print("Serving on port 8000...")
    httpd.serve_forever()

Além das funções de ambiente acima, o módulo wsgiref.util também fornece estes utilitários diversos:

wsgiref.util.is_hop_by_hop(header_name)

Retorna True se ‘header_name’ for um cabeçalho HTTP/1.1 “Hop-by-Hop”, conforme definido por RFC 2616.

class wsgiref.util.FileWrapper(filelike, blksize=8192)

Uma implementação concreta do protocolo wsgiref.types.FileWrapper usado para converter um objeto arquivo ou similar em um iterador. Os objetos resultantes são iteráveis. Conforme o objeto é iterado, o parâmetro opcional blksize será repetidamente passado para o método read() do objeto filelike para obter bytestrings para produzir. Quando read() retorna uma bytestring vazia, a iteração é encerrada e não pode ser retomada.

Se filelike tiver um método close(), o objeto retornado também terá um método close() e invocará o método close() do objeto filelike quando chamado.

Exemplo de uso:

from io import StringIO
from wsgiref.util import FileWrapper

# Estamos usando um StringIO-buffer como objeto arquivo ou similar
filelike = StringIO("This is an example file-like object"*10)
wrapper = FileWrapper(filelike, blksize=5)

for chunk in wrapper:
    print(chunk)

Alterado na versão 3.11: O suporte para o método __getitem__() foi removido

wsgiref.headers – Ferramentas de cabeçalho de resposta WSGI

Este módulo fornece uma única classe, Headers, para manipulação conveniente de cabeçalhos de resposta WSGI usando uma interface semelhante a mapeamento.

class wsgiref.headers.Headers([headers])

Cria um objeto mapeamento envolvendo headers, que deve ser uma lista de tuplas de nome/valor de cabeçalho, conforme descrito na PEP 3333. O valor padrão de headers é uma lista vazia.

Os objetos Headers oferecem suporte a operações de mapeamento típicas, incluindo __getitem__(), get(), __setitem__(), setdefault(), __delitem__() e __contains__(). Para cada um desses métodos, a chave é o nome do cabeçalho (tratado sem distinção entre maiúsculas e minúsculas) e o valor é o primeiro valor associado a esse nome de cabeçalho. Definir um cabeçalho exclui quaisquer valores existentes para esse cabeçalho e, em seguida, adiciona um novo valor ao final da lista de cabeçalhos encapsulados. A ordem existente dos cabeçalhos geralmente é mantida, com novos cabeçalhos adicionados ao final da lista encapsulada.

Diferentemente de um dicionário, objetos Headers não levantam um erro quando você tenta obter ou excluir uma chave que não está na lista de cabeçalhos encapsulados. Obter um cabeçalho inexistente retorna apenas None, e excluir um cabeçalho inexistente não faz nada.

Os objetos Headers também oferecem suporte aos métodos keys(), values() e items(). As listas retornadas por keys() e items() podem incluir a mesma chave mais de uma vez se houver um cabeçalho multivalorado. O len() de um objeto Headers é o mesmo que o comprimento de seus items(), que é o mesmo que o comprimento da lista de cabeçalhos encapsulados. Na verdade, o método items() apenas retorna uma cópia da lista de cabeçalhos encapsulados.

Chamar bytes() em um objeto Headers retorna uma bytestring formatada adequada para transmissão como cabeçalhos de resposta HTTP. Cada cabeçalho é colocado em uma linha com seu valor, separado por dois pontos e um espaço. Cada linha é terminada por um retorno de carro e uma quebra de linha, e a bytestring é terminada com uma linha em branco.

Além de sua interface de mapeamento e recursos de formatação, os objetos Headers também têm os seguintes métodos para consultar e adicionar cabeçalhos multivalorados e para adicionar cabeçalhos com parâmetros MIME:

get_all(name)

Retorna uma lista de todos os valores para o cabeçalho nomeado.

A lista retornada será classificada na ordem em que apareceu na lista de cabeçalho original ou foi adicionada a esta instância, e pode conter duplicatas. Quaisquer campos excluídos e reinseridos são sempre anexados à lista de cabeçalho. Se não houver campos com o nome fornecido, retorna uma lista vazia.

add_header(name, value, **_params)

Adiciona um cabeçalho (possivelmente multivalorado), com parâmetros MIME opcionais especificados por meio de argumentos nomeados.

name é o campo de cabeçalho a ser adicionado. Argumentos nomeados podem ser usados para definir parâmetros MIME para o campo de cabeçalho. Cada parâmetro deve ser uma string ou None. Sublinhados em nomes de parâmetros são convertidos em traços, já que traços são ilegais em identificadores Python, mas muitos nomes de parâmetros MIME incluem traços. Se o valor do parâmetro for uma string, ele será adicionado aos parâmetros de valor do cabeçalho no formato name="value". Se for None, somente o nome do parâmetro será adicionado. (Isso é usado para parâmetros MIME sem um valor.) Exemplo de uso:

h.add_header('content-disposition', 'attachment', filename='bud.gif')

O exemplo acima adicionará um cabeçalho parecido com este:

Content-Disposition: attachment; filename="bud.gif"

Alterado na versão 3.5: o parâmetro headers é opcional.

wsgiref.simple_server – um servidor HTTP WSGI simples

Este módulo implementa um servidor HTTP simples (com base em http.server) que serve aplicações WSGI. Cada instância de servidor serve uma única aplicação WSGI em um host e porta fornecidos. Se você quiser servir várias aplicações em um único host e porta, você deve criar uma aplicação WSGI que analise PATH_INFO para selecionar qual aplicação invocar para cada solicitação. (Por exemplo, usando a função shift_path_info() de wsgiref.util.)

wsgiref.simple_server.make_server(host, port, app, server_class=WSGIServer, handler_class=WSGIRequestHandler)

Cria um novo servidor WSGI escutando em host e port, aceitando conexões para app. O valor de retorno é uma instância da server_class fornecida e processará solicitações usando a handler_class especificada. app deve ser um objeto de aplicação WSGI, conforme definido pela PEP 3333.

Exemplo de uso:

from wsgiref.simple_server import make_server, demo_app

with make_server('', 8000, demo_app) as httpd:
    print("Serving HTTP on port 8000...")

    # Responde a solicitações até o processo ser encerrado
    httpd.serve_forever()

    # Alternativa: serve uma solicitação e então sai
    httpd.handle_request()
wsgiref.simple_server.demo_app(environ, start_response)

Esta função é uma aplicação WSGI pequeno, mas completo, que retorna uma página de texto contendo a mensagem “Hello world!” e uma lista dos pares chave/valor fornecidos no parâmetro environ. É útil para verificar se um servidor WSGI (como wsgiref.simple_server) é capaz de executar uma aplicação WSGI simples corretamente.

O chamável start_response deve seguir o protocolo StartResponse.

class wsgiref.simple_server.WSGIServer(server_address, RequestHandlerClass)

Cria uma instância WSGIServer. server_address deve ser uma tupla (host,port) e RequestHandlerClass deve ser a subclasse de http.server.BaseHTTPRequestHandler que será usada para processar solicitações.

Normalmente você não precisa chamar esse construtor, pois a função make_server() pode cuidar de todos os detalhes para você.

WSGIServer é uma subclasse de http.server.HTTPServer, então todos os seus métodos (como serve_forever() e handle_request()) estão disponíveis. WSGIServer também fornece estes métodos específicos do WSGI:

set_app(application)

Define o chamável application como a aplicação WSGI que receberá solicitações.

get_app()

Retorna o chamável da aplicação definido atualmente.

Normalmente, no entanto, você não precisa usar esses métodos adicionais, pois set_app() é normalmente chamado por make_server(), e get_app() existe principalmente para o benefício de instâncias do manipulador de solicitações.

class wsgiref.simple_server.WSGIRequestHandler(request, client_address, server)

Cria um manipulador HTTP para request fornecido (isto é, um soquete), client_address (uma tupla (host,port)) e server (instância WSGIServer).

Você não precisa criar instâncias desta classe diretamente; elas são criadas automaticamente conforme necessário pelos objetos WSGIServer. Você pode, no entanto, estender esta classe e fornecê-la como uma handler_class para a função make_server(). Alguns métodos possivelmente relevantes para substituir em subclasses:

get_environ()

Retorna um dicionário WSGIEnvironment para uma solicitação. A implementação padrão copia o conteúdo do atributo de dicionário base_environ do objeto WSGIServer e então adiciona vários cabeçalhos derivados da solicitação HTTP. Cada chamada para esse método deve retornar um novo dicionário contendo todas as variáveis ​​de ambiente CGI relevantes conforme especificado na PEP 3333.

get_stderr()

Retorna o objeto que deve ser usado como o fluxo wsgi.errors. A implementação padrão retorna apenas sys.stderr.

handle()

Processa a solicitação HTTP. A implementação padrão cria uma instância manipuladora usando uma classe wsgiref.handlers para implementar a interface da aplicação WSGI.

wsgiref.validate — Verificador de conformidade WSGI

Ao criar novos objetos de aplicação WSGI, frameworks, servidores ou middleware, pode ser útil validar a conformidade do novo código usando wsgiref.validate. Este módulo fornece uma função que cria objetos de aplicação WSGI que validam comunicações entre um servidor ou gateway WSGI e um objeto de aplicação WSGI, para verificar ambos os lados quanto à conformidade do protocolo.

Note que este utilitário não garante a conformidade completa com PEP 3333; uma ausência de erros deste módulo não significa necessariamente que os erros não existam. No entanto, se este módulo produzir um erro, então é virtualmente certo que o servidor ou a aplicação não está 100% em conformidade.

Este módulo é baseado no módulo paste.lint da biblioteca “Python Paste” de Ian Bicking.

wsgiref.validate.validator(application)

Encapsula application e retorna um novo objeto de aplicação WSGI. A aplicação retornada encaminhará todas as solicitações para a application original e verificará se tanto a application quanto o servidor que o invoca estão em conformidade com a especificação WSGI e com RFC 2616.

Qualquer falta de conformidade detectada resulta em uma AssertionError sendo levantado; note, entretanto, que a forma como esses erros são manipulados depende do servidor. Por exemplo, wsgiref.simple_server e outros servidores baseados em wsgiref.handlers (que não substituem os métodos de manipulação de erros para fazer outra coisa) simplesmente emitirão uma mensagem de que ocorreu um erro e despejarão o traceback para sys.stderr ou algum outro fluxo de erro.

Este invólucro também pode gerar saída usando o módulo warnings para indicar comportamentos que são questionáveis, mas que podem não ser realmente proibidos por PEP 3333. A menos que sejam suprimidos usando opções de linha de comando do Python ou a API warnings, quaisquer avisos serão gravados em sys.stderr (não wsgi.errors, a menos que sejam o mesmo objeto).

Exemplo de uso:

from wsgiref.validate import validator
from wsgiref.simple_server import make_server

# Nosso objeto chamável que intencionalmente não está em
# conformidade com o padrão, então o validador irá quebrar
def simple_app(environ, start_response):
    status = '200 OK'  # HTTP Status
    headers = [('Content-type', 'text/plain')]  # HTTP Headers
    start_response(status, headers)

    # Isso vai quebrar porque precisamos retornar uma lista,
    # e o validador vai nos informar
    return b"Hello World"

# Este é a aplicação encapsulada em um validador
validator_app = validator(simple_app)

with make_server('', 8000, validator_app) as httpd:
    print("Listening on port 8000....")
    httpd.serve_forever()

wsgiref.handlers – classes base de servidor/gateway

Este módulo fornece classes de manipulador base para implementar servidores e gateways WSGI. Essas classes base lidam com a maior parte do trabalho de comunicação com uma aplicação WSGI, desde que recebam um ambiente semelhante ao CGI, junto com fluxos de entrada, saída e erro.

class wsgiref.handlers.CGIHandler

Invocação baseada em CGI via sys.stdin, sys.stdout, sys.stderr e os.environ. Isso é útil quando você tem uma aplicação WSGI e quer executá-lo como um script CGI. Basta invocar CGIHandler().run(app), onde app é o objeto da aplicação WSGI que você deseja invocar.

Esta classe é uma subclasse de BaseCGIHandler que define wsgi.run_once como true, wsgi.multithread como false e wsgi.multiprocess como true, e sempre usa sys e os para obter os fluxos CGI e o ambiente necessários.

class wsgiref.handlers.IISCGIHandler

Uma alternativa especializada para CGIHandler, para uso ao implantar no servidor web IIS da Microsoft, sem ter definido a opção de configuração allowPathInfo (IIS>=7) ou metabase allowPathInfoForScriptMappings (IIS<7).

Por padrão, o IIS fornece um PATH_INFO que duplica o SCRIPT_NAME na frente, causando problemas para aplicações WSGI que desejam implementar roteamento. Este manipulador remove qualquer caminho duplicado.

O IIS pode ser configurado para passar o PATH_INFO correto, mas isso causa outro bug onde PATH_TRANSLATED está errado. Felizmente, essa variável raramente é usada e não é garantida pelo WSGI. No IIS<7, no entanto, a configuração só pode ser feita em um nível de vhost, afetando todos os outros mapeamentos de script, muitos dos quais quebram quando expostos ao bug PATH_TRANSLATED. Por esse motivo, o IIS<7 quase nunca é implantado com a correção (mesmo o IIS7 raramente a usa porque ainda não há uma UI para ela).

Não há como o código CGI dizer se a opção foi definida, então uma classe de manipulador separada é fornecida. Ela é usada da mesma forma que CGIHandler, ou seja, chamando IISCGIHandler().run(app), onde app é o objeto de aplicação WSGI que você deseja invocar.

Adicionado na versão 3.2.

class wsgiref.handlers.BaseCGIHandler(stdin, stdout, stderr, environ, multithread=True, multiprocess=False)

Similar to CGIHandler, but instead of using the sys and os modules, the CGI environment and I/O streams are specified explicitly. The multithread and multiprocess values are used to set the wsgi.multithread and wsgi.multiprocess flags for any applications run by the handler instance.

This class is a subclass of SimpleHandler intended for use with software other than HTTP “origin servers”. If you are writing a gateway protocol implementation (such as CGI, FastCGI, SCGI, etc.) that uses a Status: header to send an HTTP status, you probably want to subclass this instead of SimpleHandler.

class wsgiref.handlers.SimpleHandler(stdin, stdout, stderr, environ, multithread=True, multiprocess=False)

Similar to BaseCGIHandler, but designed for use with HTTP origin servers. If you are writing an HTTP server implementation, you will probably want to subclass this instead of BaseCGIHandler.

This class is a subclass of BaseHandler. It overrides the __init__(), get_stdin(), get_stderr(), add_cgi_vars(), _write(), and _flush() methods to support explicitly setting the environment and streams via the constructor. The supplied environment and streams are stored in the stdin, stdout, stderr, and environ attributes.

The write() method of stdout should write each chunk in full, like io.BufferedIOBase.

class wsgiref.handlers.BaseHandler

This is an abstract base class for running WSGI applications. Each instance will handle a single HTTP request, although in principle you could create a subclass that was reusable for multiple requests.

BaseHandler instances have only one method intended for external use:

run(app)

Run the specified WSGI application, app.

All of the other BaseHandler methods are invoked by this method in the process of running the application, and thus exist primarily to allow customizing the process.

The following methods MUST be overridden in a subclass:

_write(data)

Buffer the bytes data for transmission to the client. It’s okay if this method actually transmits the data; BaseHandler just separates write and flush operations for greater efficiency when the underlying system actually has such a distinction.

_flush()

Force buffered data to be transmitted to the client. It’s okay if this method is a no-op (i.e., if _write() actually sends the data).

get_stdin()

Return an object compatible with InputStream suitable for use as the wsgi.input of the request currently being processed.

get_stderr()

Return an object compatible with ErrorStream suitable for use as the wsgi.errors of the request currently being processed.

add_cgi_vars()

Insert CGI variables for the current request into the environ attribute.

Here are some other methods and attributes you may wish to override. This list is only a summary, however, and does not include every method that can be overridden. You should consult the docstrings and source code for additional information before attempting to create a customized BaseHandler subclass.

Attributes and methods for customizing the WSGI environment:

wsgi_multithread

The value to be used for the wsgi.multithread environment variable. It defaults to true in BaseHandler, but may have a different default (or be set by the constructor) in the other subclasses.

wsgi_multiprocess

The value to be used for the wsgi.multiprocess environment variable. It defaults to true in BaseHandler, but may have a different default (or be set by the constructor) in the other subclasses.

wsgi_run_once

The value to be used for the wsgi.run_once environment variable. It defaults to false in BaseHandler, but CGIHandler sets it to true by default.

os_environ

The default environment variables to be included in every request’s WSGI environment. By default, this is a copy of os.environ at the time that wsgiref.handlers was imported, but subclasses can either create their own at the class or instance level. Note that the dictionary should be considered read-only, since the default value is shared between multiple classes and instances.

server_software

If the origin_server attribute is set, this attribute’s value is used to set the default SERVER_SOFTWARE WSGI environment variable, and also to set a default Server: header in HTTP responses. It is ignored for handlers (such as BaseCGIHandler and CGIHandler) that are not HTTP origin servers.

Alterado na versão 3.3: The term “Python” is replaced with implementation specific term like “CPython”, “Jython” etc.

get_scheme()

Return the URL scheme being used for the current request. The default implementation uses the guess_scheme() function from wsgiref.util to guess whether the scheme should be “http” or “https”, based on the current request’s environ variables.

setup_environ()

Set the environ attribute to a fully populated WSGI environment. The default implementation uses all of the above methods and attributes, plus the get_stdin(), get_stderr(), and add_cgi_vars() methods and the wsgi_file_wrapper attribute. It also inserts a SERVER_SOFTWARE key if not present, as long as the origin_server attribute is a true value and the server_software attribute is set.

Methods and attributes for customizing exception handling:

log_exception(exc_info)

Log the exc_info tuple in the server log. exc_info is a (type, value, traceback) tuple. The default implementation simply writes the traceback to the request’s wsgi.errors stream and flushes it. Subclasses can override this method to change the format or retarget the output, mail the traceback to an administrator, or whatever other action may be deemed suitable.

traceback_limit

The maximum number of frames to include in tracebacks output by the default log_exception() method. If None, all frames are included.

error_output(environ, start_response)

This method is a WSGI application to generate an error page for the user. It is only invoked if an error occurs before headers are sent to the client.

This method can access the current error using sys.exception(), and should pass that information to start_response when calling it (as described in the “Error Handling” section of PEP 3333). In particular, the start_response callable should follow the StartResponse protocol.

The default implementation just uses the error_status, error_headers, and error_body attributes to generate an output page. Subclasses can override this to produce more dynamic error output.

Note, however, that it’s not recommended from a security perspective to spit out diagnostics to any old user; ideally, you should have to do something special to enable diagnostic output, which is why the default implementation doesn’t include any.

error_status

The HTTP status used for error responses. This should be a status string as defined in PEP 3333; it defaults to a 500 code and message.

error_headers

The HTTP headers used for error responses. This should be a list of WSGI response headers ((name, value) tuples), as described in PEP 3333. The default list just sets the content type to text/plain.

error_body

The error response body. This should be an HTTP response body bytestring. It defaults to the plain text, “A server error occurred. Please contact the administrator.”

Methods and attributes for PEP 3333’s “Optional Platform-Specific File Handling” feature:

wsgi_file_wrapper

A wsgi.file_wrapper factory, compatible with wsgiref.types.FileWrapper, or None. The default value of this attribute is the wsgiref.util.FileWrapper class.

sendfile()

Override to implement platform-specific file transmission. This method is called only if the application’s return value is an instance of the class specified by the wsgi_file_wrapper attribute. It should return a true value if it was able to successfully transmit the file, so that the default transmission code will not be executed. The default implementation of this method just returns a false value.

Miscellaneous methods and attributes:

origin_server

This attribute should be set to a true value if the handler’s _write() and _flush() are being used to communicate directly to the client, rather than via a CGI-like gateway protocol that wants the HTTP status in a special Status: header.

This attribute’s default value is true in BaseHandler, but false in BaseCGIHandler and CGIHandler.

http_version

If origin_server is true, this string attribute is used to set the HTTP version of the response set to the client. It defaults to "1.0".

wsgiref.handlers.read_environ()

Transcode CGI variables from os.environ to PEP 3333 “bytes in unicode” strings, returning a new dictionary. This function is used by CGIHandler and IISCGIHandler in place of directly using os.environ, which is not necessarily WSGI-compliant on all platforms and web servers using Python 3 – specifically, ones where the OS’s actual environment is Unicode (i.e. Windows), or ones where the environment is bytes, but the system encoding used by Python to decode it is anything other than ISO-8859-1 (e.g. Unix systems using UTF-8).

If you are implementing a CGI-based handler of your own, you probably want to use this routine instead of just copying values out of os.environ directly.

Adicionado na versão 3.2.

wsgiref.types – WSGI types for static type checking

This module provides various types for static type checking as described in PEP 3333.

Adicionado na versão 3.11.

class wsgiref.types.StartResponse

A typing.Protocol describing start_response() callables (PEP 3333).

wsgiref.types.WSGIEnvironment

A type alias describing a WSGI environment dictionary.

wsgiref.types.WSGIApplication

A type alias describing a WSGI application callable.

class wsgiref.types.InputStream

A typing.Protocol describing a WSGI Input Stream.

class wsgiref.types.ErrorStream

A typing.Protocol describing a WSGI Error Stream.

class wsgiref.types.FileWrapper

A typing.Protocol describing a file wrapper. See wsgiref.util.FileWrapper for a concrete implementation of this protocol.

Exemplos

This is a working “Hello World” WSGI application, where the start_response callable should follow the StartResponse protocol:

"""
Every WSGI application must have an application object - a callable
object that accepts two arguments. For that purpose, we're going to
use a function (note that you're not limited to a function, you can
use a class for example). The first argument passed to the function
is a dictionary containing CGI-style environment variables and the
second variable is the callable object.
"""
from wsgiref.simple_server import make_server


def hello_world_app(environ, start_response):
    status = "200 OK"  # HTTP Status
    headers = [("Content-type", "text/plain; charset=utf-8")]  # HTTP Headers
    start_response(status, headers)

    # The returned object is going to be printed
    return [b"Hello World"]

with make_server("", 8000, hello_world_app) as httpd:
    print("Serving on port 8000...")

    # Serve until process is killed
    httpd.serve_forever()

Example of a WSGI application serving the current directory, accept optional directory and port number (default: 8000) on the command line:

"""
Small wsgiref based web server. Takes a path to serve from and an
optional port number (defaults to 8000), then tries to serve files.
MIME types are guessed from the file names, 404 errors are raised
if the file is not found.
"""
import mimetypes
import os
import sys
from wsgiref import simple_server, util


def app(environ, respond):
    # Get the file name and MIME type
    fn = os.path.join(path, environ["PATH_INFO"][1:])
    if "." not in fn.split(os.path.sep)[-1]:
        fn = os.path.join(fn, "index.html")
    mime_type = mimetypes.guess_file_type(fn)[0]

    # Return 200 OK if file exists, otherwise 404 Not Found
    if os.path.exists(fn):
        respond("200 OK", [("Content-Type", mime_type)])
        return util.FileWrapper(open(fn, "rb"))
    else:
        respond("404 Not Found", [("Content-Type", "text/plain")])
        return [b"not found"]


if __name__ == "__main__":
    # Get the path and port from command-line arguments
    path = sys.argv[1] if len(sys.argv) > 1 else os.getcwd()
    port = int(sys.argv[2]) if len(sys.argv) > 2 else 8000

    # Make and start the server until control-c
    httpd = simple_server.make_server("", port, app)
    print(f"Serving {path} on port {port}, control-C to stop")
    try:
        httpd.serve_forever()
    except KeyboardInterrupt:
        print("Shutting down.")
        httpd.server_close()